Capitulo Onze - Parte II

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. Entrei naquele negócio e as únicas coisas que vi foi muitas portas e muitos policiais fardados que além do mais eram lindos. Senti uma insegurança tomar conta de mim, não sei do que eu temia sendo que tinha a faca e o queijo na mão, talvez seja o amor que sinto pelo Pierre que me deixa assim tão desconcertada, mas ele merece um castigo por ter me feito entrar em desespero.

     .  Ao chegar à recepção eu ia perguntar pra secretária se ela havia visto a minha advogada, mas nem deu tempo porque quando ia abrir minha boca ela chegou.

- Olá. – ela sorri.

- Oi. – eu digo meio tenso.

- Relaxe, isso não é um bicho de sete cabeças. – ela tenta me acalmar, mais piora.

- Estou meio desconcertada. – eu digo abaixando a cabeça.

- Posso te fazer uma pergunta? – ela diz.

- Claro. – eu falo.

- Você gosta do pai da sua filha?- ela diz e foi como um soco na boca do estômago. Fiquei sem ar e nem soube o que dizer, resolvo, dizer a verdade.

- Sim. – foi somente o que eu disse.

- Então é normal mesmo o que você está passando, estranho seria se você não gostasse dele e estaria ai toda desconcertada. – ela tenta me fazer sorrir.

- É, faz sentido. -  eu digo e ele aparece por outra parte , estava sóbrio dessa vez, gelei e seu advogado me encarou.

- Oi. – Pierre disse seco.

- Oi. – respondi seca também.

- Boa sorte. – ele disse.

- Eu já tenho a sorte. – eu digo com ar de vitória.

- Hum... Quero que saiba que não estou aqui pra uma disputa, eu sei que errei em tudo que fiz, mas eu adoraria que você não tivesse levado tão a sério. –ele diz parecia realmente arrependido.

- Pierre você seqüestrou a minha filha!- eu disse.

- Que é minha também. – ele disse acrescentando.

- Vem Heloíse, você não pode se estressar. – a advogada me tira dali.

- Nos vemos, lá dentro. – Pierre diz e eu só assento com a cabeça que sim.

      . Ana Paula me leva pra tomar uma água e já consigo notar que meus olhos estão cheios de lágrimas, ela me abraça.

- Calma. – ela faz carinho na minha cabeça.

- É tudo muito complicado. – eu seco uma lágrima que ia molhar sua camiseta.

- Eu sei, é amor... Tem certeza que quer ir à diante com tudo isso Helô? – ela diz.

- Eu não sei. – suspiro e volto a chorar.

- Se estiver disposta a desistir, rasgamos aquele papel e saímos porta a fora sem olhar pra trás. – ela diz.

- Pierre merece um castigo Ana Paula, não posso voltar atrás com minhas decisões, sim... Eu quero por isso a diante. – eu agora estava mais confiante, uma secretária chega.

- O juiz as espera na sala dele. – ela diz, eu gelo.

- Obrigada. – Ana Paula sorri amigável.

- É agora ou nunca! – ela me diz.

- Socorro!- falei fitando o teto.

- Vou te fazer mais uma vez a pergunta: Tem certeza que quer levar isso à diante? – ela diz paciente.

A garota do 169Onde histórias criam vida. Descubra agora