Capitulo Dezenove - Parte III

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- O que foi filhote de cruz credo? – digo seca.

- Podemos conversar? – ele disse.

- Deveríamos? – eu digo.

- Sim. – ele diz.

- Não deveríamos, não! – eu falo e saio andando ele segura meu braço.

- Por favor, uma conversa. – ele quase implora.

- Me dê um motivo, pra conversar com você. – eu falo cruzando os braços.

- Você me ama. – ele disse.

- Me deixa. – eu digo seca.

- Heloíse, vamos ser civilizados é uma conversa e não um convite pra te comer. – ele perdeu a paciência.

- Eu não quero falar com você, civilizado ou não civilizado, você não é nem louco de pedir pra me comer. – eu reviro os olhos.

- Deixa eu te comer? – ele faz piada.

- Vai se ferrar. – eu quase gritei, ele me arrastou até o meu quarto, e me jogou na parede.

-Sai daqui. – eu gritei.

- Me ouve. – ele disse.

- Eu vou gritar. – eu disse.

- Eu te beijo. – ele disse.

- Pierre, sai daqui. – eu disse.

- Eu passei todo esse tempo pensando em você, todo esse tempo querendo te ter ao meu lado, eu chorei por você uma semana seguida porque eu te amava e ainda te amo, só estou namorando pra curar minha carência, mas eu te amo!- ele disse deixando suas lágrimas, caírem.

- Você me parece feliz. – dou de ombros.

- Porra, eu não estou feliz, você não está vendo?- ele disse apontando pros seus olhos que caiam lágrimas.

- Eu só vejo lágrimas. – eu disse.

- Qual é o teu problema? – ele disse tirando suas mãos da parede.

- Eu é que pergunto, qual é o teu problema. Uma hora você está feliz com a outra, outra hora você está triste porque sente minha falta, uma hora você é todo fofo, outra caramba, você parece um gelo de tão frio. O que quer fazer comigo, o que quer de mim? – eu disse segurando as lágrimas.

- O teu coração!- ele diz.

- O meu coração você já tem, por pouco tempo. – eu digo fria.

- Porque, seu coração vai ser de outro? – ele disse.

- Todos nós temos a chance de tentar ser feliz outra vez. – eu digo

- Mas eu sou a sua felicidade, você é a minha felicidade Heloíse. – ele fala.

- Você não é a minha felicidade, Pierre. – digo de cabeça baixa.

- Olha nos meus olhos e diga que eu não sou a tua felicidade e vice-versa. – ele me faz encará-lo.

- Você não é a minha felicidade, Pierre. – eu minto.

- Mentirosa!- ele diz.

- Faz sentido. – eu digo.

- Sabe o que acontece?Acontece é que estou cansada Pierre. – eu digo.

- Cansada, do quê? – ele pergunta.

- Cansada de eu te dar o meu amor e você simplesmente joga-lo no lixo, cansada de receber juras, promessas que saem da sua boca e você não cumprir nenhuma, uma hora é que você vai voltar e vamos ser felizes para sempre e o que acontece?Você não volta você me engana, me deixa sofrendo ai quando resolve voltar, tem uma namorada. Acha que eu sou uma criança?Eu tenho quase vinte anos nas costas Pierre e sei o que é certo e o que é errado, e se tem uma coisa que eu não faço , são promessas! Eu estou cansada de você vir, dizer que me ama me fazer acreditar olha que você consegue fazer a idiota aqui acreditar e voltar pra outra, ir com ela, sério Pierre isso cansa, mas eu não acredito mais, eu cansei de dar chances e nunca ser valorizada. – eu tentei sair dali, e ele segurou meu rosto.

- Me perdoa. – ele diz.

- Nosso assunto, é Paige apenas. – eu disse ,passei por debaixo de seu braço e saí andando, deixando-o sozinho.

A garota do 169Onde histórias criam vida. Descubra agora