. Não desgrudei de Paige um minuto se quer, eu não poderia me perdoar se eu a perdesse nem que fosse perder pelo Pierre, eu estava uma pilha de nervos, a minha campainha tocava sem parar, só podia ser ele . Disse à Crystal que não queria que ela entregasse a neném pro Pierre a partir do momento que ele entrasse aqui, expliquei o motivo da minha revolta e ela ficou boquiaberta, surpresa. Quando deu 18h00min horas, minha campainha tocou, Paige dormia e depois de muito tempo consegui coloca-la no berço, sem me preocupar.
- Já vai. – eu disse e fui abrir a porta.
. Quando abri a porta, percebi que era Pierre.
- O que você quer? – eu disse grossa.
- Ver minha filha. – ele disse.
- Ela está dormindo. – eu disse.
- Aceito ver a mãe dela também. – ele sorriu sacana.
- Sai daqui. - eu disse grossa.
- Deixe-me entrar, vamos ter uma conversa civilizada. – ele disse.
- Não quero falar com você não entendeu ainda?- eu disse.
- Mas eu quero. – ele tirou minhas mãos do batente da porta e entrou sem ser convidado, reviro os olhos.
- Diz logo o que você quer. – eu falo.
- Entrar em um acordo. – ele disse.
- Não tem acordo nenhum, satisfeito vai embora agora. – falei abrindo a porta e ele se aproximou de mim, parecia que ia me beijar.
-Tem acordo sim. – ele disse.
- Não tem! – eu afastei e dei uma bundada na porta sem querer, não tinha escapatória.
- Você não pode me impedir de ver minha filha. – ele disse.
- Você não pode simplesmente seqüestra-la. – eu disse seca.
- Para de drama, foi só um passeio. – ele disse.
- A partir do momento que ela viver embaixo do meu teto Pierre, ela é minha e não é qualquer um que vai entrar e pega-la de mim sem ao menos, eu saber! – eu disse.
- Eu não sou qualquer um. – ele disse.
- Passou a ser pelo menos, pra mim. - eu disse.
- Eu sei que você ainda me ama. – ele disse.
- Dos meus sentimentos, da minha vida particular, não te devo informações a única coisa que nos liga é Paige, somos pais e meros desconhecidos um pro outro, simples. – eu disse.
- Você não é uma desconhecida pra mim. – ele disse.
- Mas você é, pra mim! – falei e a campainha tocou, dou um pulo me afasto e abro a porta é minha advogada.
- Olá Heloíse, prazer Ana Paula sou sua advogada que irá te acompanhar no tribunal, posso entrar? – ela diz.
- Claro. – sorri fraco.
- Desculpe, eu não queria atrapalhar volto outra hora se quiser. – ela diz olhando pra Pierre.
- Não precisa, fique!Estávamos realmente falando de Paige, ele é o pai dela. – falo.
- A sim, sente-se vou te falar algumas informações. – ela disse e eu sentei.
- Como assim advogada, você levou esse papo a sério. – Pierre me olha desconcertado.
- E você não?- digo seca.
- Não. - ele disse.
- Só lamento. – eu falei.
- Bom Heloíse. Vim te falar que já dei entrada aos papeis e já falei com o juiz, sim foi um pouco rápido, mas ele disse que o seu caso é meio com urgência e marcou a audiência pra daqui duas semanas. – ela diz atenta e eu arregalo os olhos.
- Duas semanas, vocês estão de palhaçada com a minha cara, não é possível. – Pierre diz irritado.
- Tudo bem, Ana Paula. – eu digo.
- Bom eu tenho que ir, acha que já tomei seu tempinho. – ela sorri me dando um beijo no rosto.
- Que isso, você nunca toma meu tempo. – sorri e a acompanhei até a porta, ela saiu e eu fechei Pierre me olhava desconcertado.
- Eu não acredito que vai fazer isso comigo. – ele disse.
- Não só como vou como já estou fazendo Pierre. – falei.
- Não era pra você ter levado a sério, eu estava de cabeça quente. – ele disse.
- Mas eu levei e vou levar até o fim, então se vire com um advogado dentro de duas semanas. – eu falei.
- Você me paga Heloíse. – ele diz.
- Em cheque ou cartão?- eu digo irônica e ele sai batendo portas.
. Meu coração acelerou, daqui duas semanas enfrentaria um juiz , Pierre, e um advogado a insegurança bateu, tenho medo do que pode acontecer, tenho medo de perder a guarda de Paige, ela é tudo que tenho , eu não deveria ter levado isso tão a serio mas agora, é tarde. Fui preparar algo pra comer e Paige acordou, dei um banho na mesma e coloquei uma roupinha fresca, recebi e a mensagem de Ana Paula dizendo o dia, a hora e o local que teria que estar daqui duas semanas, já era.
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A garota do 169
RomanceCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...