Capitulo Dez - Parte II

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   . Não desgrudei de Paige um minuto se quer, eu não poderia me perdoar se eu a perdesse nem que fosse perder pelo Pierre, eu estava uma pilha de nervos, a minha campainha tocava sem parar, só podia ser ele . Disse à Crystal que não queria que ela entregasse a neném pro Pierre a partir do momento que ele entrasse aqui, expliquei o motivo da minha revolta e ela ficou boquiaberta, surpresa. Quando deu 18h00min horas, minha campainha tocou, Paige dormia e depois de muito tempo consegui coloca-la no berço, sem me preocupar.

- Já vai. – eu disse e fui abrir a porta.

  . Quando abri a porta, percebi que era Pierre.

- O que você quer? – eu disse grossa.

- Ver minha filha. – ele disse.

- Ela está dormindo. – eu disse.

- Aceito ver a mãe dela também. – ele sorriu sacana.

- Sai daqui. - eu disse grossa.

- Deixe-me entrar, vamos ter uma conversa civilizada. – ele disse.

- Não quero falar com você não entendeu ainda?- eu disse.

- Mas eu quero. – ele tirou minhas mãos do batente da porta e entrou sem ser convidado, reviro os olhos.

- Diz logo o que você quer. – eu falo.

- Entrar em um acordo. – ele disse.

- Não tem acordo nenhum, satisfeito vai embora agora. – falei abrindo a porta e ele se aproximou de mim, parecia que ia me beijar.

-Tem acordo sim. – ele disse.

- Não tem! – eu afastei e dei uma bundada na porta sem querer, não tinha escapatória.

- Você não pode me impedir de ver minha filha. – ele disse.

- Você não pode simplesmente seqüestra-la. – eu disse seca.

- Para de drama, foi só um passeio. – ele disse.

- A partir do momento que ela viver embaixo do meu teto Pierre, ela é minha e não é qualquer um que vai entrar e pega-la de mim sem ao menos, eu saber! – eu disse.

- Eu não sou qualquer um. – ele disse.

- Passou a ser pelo menos, pra mim. - eu disse.

- Eu sei que você ainda me ama. – ele disse.

- Dos meus sentimentos, da minha vida particular, não te devo informações a única coisa que nos liga é Paige, somos pais e meros desconhecidos um pro outro, simples. – eu disse.

- Você não é uma desconhecida pra mim. – ele disse.

- Mas você é, pra mim! – falei e a campainha tocou, dou um pulo me afasto e abro a porta é minha advogada.

- Olá Heloíse, prazer Ana Paula sou sua advogada que irá te acompanhar no tribunal, posso entrar? – ela diz.

- Claro. – sorri fraco.

- Desculpe, eu não queria atrapalhar volto outra hora se quiser. – ela diz olhando pra Pierre.

- Não precisa, fique!Estávamos realmente falando de Paige, ele é o pai dela. – falo.

- A sim, sente-se vou te falar algumas informações. – ela disse e eu sentei.

- Como assim advogada, você levou esse papo a sério. – Pierre me olha desconcertado.

- E você não?- digo seca.

- Não. - ele disse.

- Só lamento. – eu falei.

- Bom Heloíse. Vim te falar que já dei entrada aos papeis e já falei com o juiz, sim foi um pouco rápido, mas ele disse que o seu caso é meio com urgência e marcou a audiência pra daqui duas semanas. – ela diz atenta e eu arregalo os olhos.

 - Duas semanas, vocês estão de palhaçada com a minha cara, não é possível. – Pierre diz irritado.

- Tudo bem, Ana Paula. – eu digo.

- Bom eu tenho que ir, acha que já tomei seu tempinho. – ela sorri me dando um beijo no rosto.

- Que isso, você nunca toma meu tempo. – sorri e a acompanhei até a porta, ela saiu e eu fechei Pierre me olhava desconcertado.

- Eu não acredito que vai fazer isso comigo. – ele disse.

- Não só como vou como já estou fazendo Pierre. – falei.

- Não era pra você ter levado a sério, eu estava de cabeça quente. – ele disse.

- Mas eu levei e vou levar até o fim, então se vire com um advogado dentro de duas semanas. – eu falei.

- Você me paga Heloíse. – ele diz.

- Em cheque ou cartão?- eu digo irônica e ele sai batendo portas.

   . Meu coração acelerou, daqui duas semanas enfrentaria um juiz , Pierre, e um advogado a insegurança bateu, tenho medo do que pode acontecer, tenho medo de perder a guarda de Paige, ela é tudo que tenho , eu não deveria ter levado isso tão a serio mas agora, é tarde. Fui preparar algo pra comer e Paige acordou, dei um banho na mesma e coloquei uma roupinha fresca, recebi e a mensagem de Ana Paula dizendo o dia, a hora e o local que teria que estar daqui duas semanas, já era.

A garota do 169Onde histórias criam vida. Descubra agora