Supostas Revelações.
. Depois de termos conversado com o diretor eu já estava matriculada, começaria na segunda feira no período na manhã e talvez caísse na mesma sala que o filho do Guilherme, que ótimo poderia tentar muda-lo, eu nunca tive um irmão nem mais velho e nem mais novo, e até hoje eu não sei por que meus pais preferiram em me ter como filha única, talvez fosse opção. Ao chegar no carro encontro Caio, tragando um cigarro.
- Você sabia que isso faz mal? –pergunto.
- E desde quando você é medica? – ele pergunta seco.
- Desde que torço pra você acordar e ver que está se matando com essa droga. – tiro o cigarro da mão dele e jogo longe.
- Você é louca garota?Eu nem te conheço, e você vem pegando meu cigarro e dando uma de mandona? – ele grita.
- Abaixa o tom de voz comigo, se você não quer ser ajudado, se você quer fumar fume longe de mim, longe do seu pai e longe do meu carro. – digo grossa também e ele desce, bate a porta com tudo, e Guilherme vem vindo.
- Aonde você vai meu filho? – o escuto dizendo.
- Vai se ferrar. – ele chuta um lixo, coloca a bolsa nas costas e sai andando, Guilherme percebe que eu estou vendo aquela cena, abaixa a cabeça e fica super sem graça, saio do carro e vou ao seu encontro.
- Calma Gui. – o abraço e ele me abraça forte.
- Me sinto um, trapo. – ele diz.
- Não fala isso, vem vamos embora. – digo pegando em seu braço.
. Ele entra no carro e eu entro logo em seguida, vamos quietos pela primeira vez ele quem não queria muito assunto, pelo retrovisor vi que chorava queria consolá-lo, Guilherme me chamava atenção pra mim era como se ele fosse a minha família, agora.
. Chegamos em casa, ele desceu com os olhos vermelhos abriu a porta pra mim, eu desço.
- Vai ficar tudo bem, Gui. – o abraço e dou um beijo em seu rosto ele se afasta um pouco.
- Eu espero Helô. – ele dá um sorriso fraco e eu saio dali.
. Vou em direção a minha casa, preocupada com o Guilherme ele não merecia sofrer tanto, entro cabisbaixa e Crystal está brincando com Paige no chão da sala.
- Olá, mulheres. – digo.
- Olá linda. – Crystal diz.
- Oi mamãe. – Paige vem engatinhando até a mim, a pego no colo e a encho de beijos.
- Aconteceu alguma coisa? – Crystal pergunta.
- Estou preocupada com o Guilherme. – digo.
- O que tem o Guilherme. – ela arregala os olhos.
- O filho dele o trata muito mal, Crys. – digo.
- A o Caio?É normal. – ela diz.
- Não pode ser normal, eu daria tudo pra ter o meu pai comigo e ele simplesmente desperdiça todo o amor que o Gui dá. – digo.
- Seu pai pode estar mais perto do que imagina Helô. – ela diz um pouco baixo.
- O que? – pergunto.
- Não nada, eu falei coisa a mais, quer comer? – ela desconversa.
- Tudo bem, quero miojo faz pra mim? – faço cara de bebê pidão.
- Ok. – ela sorri e vai pra cozinha, me deixando sozinha com Paige na sala.
- Esse povo é doido, filha. – dou um beijo em sua testa
- Mamãe, te amo. – ela me dá um beijo.
- Eu também te amo meu amor. – jogo ela pra cima e ela cai na gargalhada.
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A garota do 169
RomanceCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...