Capitulo Vinte e Sete - Parte I

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   Supostas Revelações.

. Depois de termos conversado com o diretor eu já estava matriculada, começaria na segunda feira no período na manhã e talvez caísse na mesma sala que o filho do Guilherme, que ótimo poderia tentar muda-lo, eu nunca tive um irmão nem mais velho e nem mais novo, e até hoje eu não sei por que meus pais preferiram em me ter como filha única, talvez fosse opção. Ao chegar no carro encontro Caio, tragando um cigarro.

- Você sabia que isso faz mal? –pergunto.

- E desde quando você é medica? – ele pergunta seco.

- Desde que torço pra você acordar e ver que está se matando com essa droga. – tiro o cigarro da mão dele e jogo longe.

- Você é louca garota?Eu nem te conheço, e você vem pegando meu cigarro e dando uma de mandona? – ele grita.

- Abaixa o tom de voz comigo, se você não quer ser ajudado, se você quer fumar fume longe de mim, longe do seu pai e longe do meu carro. – digo grossa também e ele desce, bate a porta com tudo, e Guilherme vem vindo.

- Aonde você vai meu filho? – o escuto dizendo.

- Vai se ferrar. – ele chuta um lixo, coloca a bolsa nas costas e sai andando, Guilherme percebe que eu estou vendo aquela cena, abaixa a cabeça e fica super sem graça, saio do carro e vou ao seu encontro.

- Calma Gui. – o abraço e ele me abraça forte.

- Me sinto um, trapo. – ele diz.

- Não fala isso, vem vamos embora. – digo pegando em seu braço.

  . Ele entra no carro e eu entro logo em seguida, vamos quietos pela primeira vez ele quem não queria muito assunto, pelo retrovisor vi que chorava queria consolá-lo, Guilherme me chamava atenção pra mim era como se ele fosse a minha família, agora.

   . Chegamos em casa, ele desceu com os olhos vermelhos abriu a porta pra mim, eu desço.

- Vai ficar tudo bem, Gui. – o abraço e dou um beijo em seu rosto ele se afasta um pouco.

- Eu espero Helô. – ele dá um sorriso fraco e eu saio dali.

   . Vou em direção a minha casa, preocupada com o Guilherme ele não merecia sofrer tanto, entro cabisbaixa e Crystal está brincando com Paige no chão da sala.

- Olá, mulheres. – digo.

- Olá linda. – Crystal diz.

- Oi mamãe. – Paige vem engatinhando até a mim, a pego no colo e a encho de beijos.

- Aconteceu alguma coisa? – Crystal pergunta.

- Estou preocupada com o Guilherme. – digo.

- O que tem o Guilherme. – ela arregala os olhos.

- O filho dele o trata muito mal, Crys. – digo.

- A o Caio?É normal. – ela diz.

- Não pode ser normal, eu daria tudo pra ter o meu pai comigo e ele simplesmente desperdiça todo o amor que o Gui dá. – digo.

- Seu pai pode estar mais perto do que imagina Helô. – ela diz um pouco baixo.

- O que? – pergunto.

- Não nada, eu falei coisa a mais, quer comer? – ela desconversa.

- Tudo bem, quero miojo faz pra mim? – faço cara de bebê pidão.

- Ok. – ela sorri e vai pra cozinha, me deixando sozinha com Paige na sala.

- Esse povo é doido, filha. – dou um beijo em sua testa

- Mamãe, te amo. – ela me dá um beijo.

- Eu também te amo meu amor. – jogo ela pra cima e ela cai na gargalhada.

A garota do 169Onde histórias criam vida. Descubra agora