Aqui sem você.
. Haviam se passado um mês desde que conheci meus pais biológicos, desde que descobri que por falta de um tenho três irmãos, continuo trabalhando meu relacionamento com Pierre está cada vez melhor nos pegamos sempre que nos vemos e não abrimos exceção pra nenhum móveis, a gente já transou em cima da pia da lavanderia, aqui o sistema é bruto... Paige está cada vez mais arteira e só me dá dor de cabeça cada dia ela quebra alguma coisa em casa e só diz ‘’ Ops. ’’ Mesmo assim a amo, vou visitar minha mãe com freqüência, ela ainda está muito ruim e me parte o coração ver que talvez ela nem levante daquela cama e deixe aquele lixo cheio de vômito, de lado. Acordei com o celular despertando, hora do colégio... Rastejo-me pro banheiro ainda com sono, dormi mal a noite passada tive alguns pesadelos que agora, prefiro não comentar... Desfaço-me das minhas roupas as coloco no cesto, ligo o chuveiro e deixo a água cair depois de quase dois minutos brisando começo a me ensaboar logo saio, coloco o uniforme do colégio, uma sapatilha preta faço um coque mal feito no meu cabelo, pego minha mochila e vou até o quarto de Paige como de costume. Chego lá ela está mamando.
- Bom dia princesas. – digo dando um beijo nela e na Crystal.
- Bom dia mamãe, já sei segurar a mamadeira sozinha, olha. – ela me mostra fazendo graça.
- Que linda, a bebê da mamãe está crescendo. – sorrio.
- Dormiu bem, Helô. – Crystal pergunta.
- Não muito, eu tive pesadelo. – suspiro.
- É normal. – diz ela pensativa.
- Bom, vou pra escola amo vocês. – dou um beijo na Paige e um na Crystal
. Minha rotina agora era estudar cedo e trabalhar no período da tarde, pedi ao senhor Reginaldo que me deixasse trabalhar até as oito da noite já que não trabalharia na parte da manhã e ele recusou, disse que tenho uma filha e por causa disso não me deixaria estender senão ficaria ausente na vida da garota, eu aceitei de boa menos trabalho até ajuda.
. Saio e vou rumo ao carro do Guilherme, era estranho chama-lo de pai, mas chamava para ver um sorriso em seu rosto, ele já me esperava por sinal.
- Bom dia, pai. – digo.
- Olá, filha. – ele sorri pra mim e eu entro no quarto.
- Como está minha mãe? – pergunto preocupada.
- Cada vez, pior... Hoje ela tem médico. – ele diz.
- Queria poder acompanhá-la, mas não posso. – falo.
- Não se preocupe te mando noticias se não se importar. – ele fala.
- Claro que eu não me importo, qualquer coisa é só me ligar. – digo e logo chegamos à escola.
- E lá está o seu irmão, fumando mais um cigarro. – ele suspira e faz cara de triste.
- Isso ainda vai mudar pai, eu espero tchau. – dou um beijo em seu rosto.
- Eu também espero por essa mudança, te amo Helô. – ele diz e eu sorrio agradecida.
. Coloco a mochila nas costas e encaro meu irmão que logo me vê e revira os olhos, garoto rebelde! Entro na escola e sento no pátio, várias pessoas perambulando pra lá e pra cá, chegava a dar até dor de cabeça, piriguetes as sete da manhã cheia de pó na cara e com a blusa do uniforme amarrada pra aparecer suas gorduras, depois quer respeito...
. O sinal bate e eu vou beber uma água antes de entrar pra sala, quando termino de beber noto que alguém me observa, viro e vejo que é Caio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A garota do 169
RomanceCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...