. Acordei sentindo algo me observar, abro os olhos lentamente e vejo que estou na cama do Pierre, minha cabeça dói e eu tento respirar, meu nariz está entupido isso dificulta, e ao meu lado está ele todo lindo que abre um sorriso fraco pra mim.
- Oi meu amor. – ele me dá um selinho.
- Oi, eu quero minha mãe. – eu disse derramando uma lágrima já cedo, ele a secou.
- Quer ir ao velório? – ele me pergunta.
- Porque ela tinha que ir, Pi? – pergunto derramando mais uma lágrima.
- Amor à vida é assim, a gente nasce, cresce se reproduz e morre, vai ser assim pra todos. – ele suspira tentando me explicar.
- Ela era tão, nova. – lembro da feição da minha mãe, mesmo doente.
- Quer ir ao velório? – ele pergunta.
- Não quero ir. – eu abaixo a cabeça.
- Tudo bem. – ele fala.
- Cadê a Paige? – pergunto.
- Dormindo com Crystal. – eu falo.
- Que horas são? – pergunto.
- Oito e meia da manhã, quer comer algo? – ele diz, era super prestativo.
- Não, só quero ficar quietinha, chorando pela morte da minha mãe. – digo e ele deita ao meu lado, me abraça fico deitada em seu peito, ele faz carinho e beija minha cabeça.
- Vai passar, eu te amo. – ele diz e me dá outro beijo na cabeça.
- Quando? – pergunto.
- Não sei. – ele abaixa a cabeça pelo que noto.
- Amor. – eu digo.
- Oi? – ele diz.
- Posso te falar uma coisa? – eu falo.
- Pode. – ele espera.
- Acho que estou grávida. – digo.
- SÉRIO? – ele fica tão animado que me deixa bater a cabeça com tudo na cama.
- Não. – eu falo sorrindo fraca.
- E porque falou que acha que está?- ele diz.
- Pra ver sua reação, vai que um dia eu fico ai já sei que vai ficar com cara de tacho e vai deixar sua noiva bater a cabeça com tudo nessa cama, dura. – eu digo.
-Desculpas. – ele me dá um selinho e fica em silêncio. – Mas eu queria. - ele fala.
- Ter um filho ou me deixar bater a cabeça? – pergunto.
- Ter um filho... – ele diz.
- Bom saber, vamos dormir de novo. – digo e volto a dormir.
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A garota do 169
RomansaCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...