Revanche:
Por: Helô.
. Depois que Pierre foi embora ai que eu não consegui conter as minhas lágrimas mesmo, ele me disse coisas vamos se dizer verdadeiras, eu sentia sua falta. Agora eu não tenho mais ninguém além de Paige, era hora de vencer o orgulho além do mais sentia falta de Alyssa também. Peguei meu celular depois que ceceei as lágrimas e com receio disquei o número dela , que logo atendeu.
- Alô? – ela diz
- Alyssa?- eu digo.
- Helô? – ela fala.
- Sim, sou eu... Não viu meu número na tela não? – eu pergunto.
- Eu tive que excluir. – ela diz um pouco triste.
- De boas, sem problemas. – eu falo.
- Mas sem ser grossa, porque me ligou? – ela diz um pouco ansiosa.
- Eu queria saber se minha melhor amiga pode vir até a minha casa, com dois potes de sorvetes mais chocolates pra me consolar. – eu volto a chorar.
- A melhor amiga é eu? – ela diz animada.
- Não idiota, é o Dunha... Vem logo, tchau! – eu digo e desligo.
. Não posso ser ingrata em falar que não me senti bem ao falar com Alyssa, sim eu me senti muito bem. Voltei pra cozinha e vi que Paige dormia toda torta no carrinho, que dó a pego e coloco em seu berço e fui pro banheiro tomar um banho , sem lágrimas talvez. Tomei um banho super rápido, sai coloquei uma bermuda xadrez curta de ficar em casa, e um top já que ficaríamos somente nós três, eu, ela e Paige.
. Enquanto escolhia o filme que iríamos assistir escutei minha campainha tocar, meu coração disparou, eu tinha duas opções... Ou era meu professor, ou era o Pierre, ou era Alyssa... Fiquei em transe e minha campainha tocou mais duas vezes, na terceira corri pra abrir, era Alyssa por minha sorte que sorria pra mim igual uma criança.
- Oi. – ela diz.
- Oi. – eu falo sorrindo. – Entre! – eu falei e ela entrou.
. Colocou as coisas em cima do balcão da cozinha e me olhou.
- Me abraça. – eu digo me aproximando dela que rapidamente me abraçou, as duas começou a chorar.
- Senti tanta sua falta. – ela fungava em meu pescoço.
- Eu também senti muito a sua falta Alyssa, promete pra mim que nunca mais vai pagar de falsa? – eu digo.
- Sim, eu prometo. – ela me abraça mais forte.
. Ficamos abraçadas por longos minutos, era aquele abraço que me confortava, Alyssa foi a única pessoa que eu tive depois que meus pais faleceram é como se fosse minha irmã e eu não podia deixar nossa amizade escapar pelos vãos dos dedos.
- O que iremos assistir?- ela diz.
- Eu não sei, to em dúvida. – eu falo.
- Você sempre tem dúvida. – ela diz.
‘’ É eu sempre tive dúvida meu coração podia ser duvidoso também e optar por escolher meu professor e não Pierre Silver. ’’
- Cartas para Deus, pode ser?- pergunto.
- Sim, pode! – ela diz.
- Então enche nossos copos de sorvete, enquanto eu coloco o filme. – eu digo e elas assentiram com a cabeça e eu fui pra sala. Coloquei o filme e pausei, ouvi o chorinho de Paige.
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A garota do 169
RomanceCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...