Capitulo Vinte e Nove - Parte III

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. Pierre dormiu aquela noite em casa, estávamos tão felizes, eu estava tão feliz até o meu celular as 03h00min da manhã, tocar.

- Alô. – digo sonolenta.

- Filha?- meu pai diz.

- Pai? – pergunto.

- Sua mãe... – ele diz e eu já começo a derramar lágrimas.

- O que aconteceu com minha mãe? – eu disse, eu já sabia e Pierre acorda.

- Filha, ela morreu. – ele diz chorando do outro lado.

- Onde vocês estão? – pergunto derramando lágrimas inconsoláveis.

- Em casa, ainda... Venha pra cá. – digo.

- Estou indo. – falo e desligo.

   . Coloco minhas mãos em meu rosto e disparo a chorar inconsolável, Pierre me abraça por trás.

- Ela morreu Pierre. – eu dizia em meio das lágrimas.

- Eu sinto muito meu amor. – ele disse dando um beijo em meu ombro.

- Ela não podia morrer, ela tinha que ver pelo menos o meu casamento com você, ela não podia, não podia. – eu dizia desesperada, levanto e vou pro banheiro, enfio minha cabeça debaixo da água da pia, que dor... Eu perdi minha mãe, mesmo não convivendo com ela, ter descoberto há pouco tempo, eu a amava, ela me deu a luz mesmo com tudo o que aconteceu... Depois de quase cinco minutos lá dentro e escutando Pierre quase arrancar a porta com socos, resolvo sair, olhos vermelhos e inchados cabelos encharcados de água, sem ânimo coloquei uma roupa qualquer e desci, Pierre veio logo atrás caminhei aos prantos até a casa do meu pai, chegando lá tinha carro de policia e bombeiros. Procuro por meu pai e ele está sentado ao sofá, aos prantos com Caio aproximo-me deles.

- Pai, Caio. – eu digo chorando e o abraço.

- Ela se foi Helô, minha mãe morreu. – Caio dizia.

- Foi melhor. – meu pai se fazia de forte, mas sempre caia as lágrimas.

- Quero vê-la. – eu disse.

- Ela está no quarto, sendo retirada pelos bombeiros. – meu pai diz e eu subo correndo pro quarto, ela ainda não estava posta na maca, estava na cama, me aproximo ela está de olhos fechados, segurando o porta-retrato que tinha a minha foto.

- Mãe, porque a senhora me deixou? – eu peguei em suas mãos, frias. – Me responde mãe, eu te amo tanto... Queria ter aparecido antes pra evitar tamanho sofrimento. – eu dizia a balançando e um dos bombeiros tocou meu ombro.

- Ela está morta moça, não vai conseguir te responder. – ele disse.

- Eu quero a minha mãe de volta moço, eu quero a minha mãe. – eu dizia chorando e Pierre entrou.

- Amor, vamos descer. – ele me segura e eu surto.

- Eu não quero descer, eu quero ficar aqui... É a minha mãe, vocês não podem levá-la de mim, não é a minha mãe ela está viva. – eu chorava, estava completamente fora de mim. Pierre me pegou no colo e desceu comigo, eu me debatia.

- Amor, se acalme. – ele disse.

- Eu quero a minha mãe Pierre, dói perder a mãe pela segunda vez, dói caralho. – eu chorava tanto que minha cabeça já doía.

- Aqui, dê esse remédio pra ela se acalmar. – uma moça vestida de uniforme de bombeiros entrega um comprimido do tamanho médio e um copo de água.

- Amor, tome isso. – ele me entrega.

- Eu não quero tomar nada. – eu soluçava.

- Amor, não complica... Sei que está sendo complicado, eu te amo... Estou aqui. – ele me faz abrir a boca e me dá o remédio, eu tremia.

   . Bebi o remédio e depois de quase quinze minutos tudo começou a rodar, um sono bateu e eu dormi ali mesmo.

A garota do 169Onde histórias criam vida. Descubra agora