Capitulo Nove - Parte III - O Almoço.

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. Chegamos até o seu carro, ele colocou o Arthur na cadeirinha e como só tinha uma eu fui com Paige no meu colo, fomos conversando o caminho todo até o restaurante.

- Você me disse que ia pra sua casa chorar – ele tosse. – Posso saber o motivo?- ele pergunta preocupado.

- Pode sim, eu larguei do Pierre. – falei e ele freou sem querer.

- Desculpe. – ele diz. – Por quê? – perguntou.

- O peguei com outra hoje, tipo fui chamá-lo pra ir comigo dar a vacina em Paige e quando cheguei lá a porta estava aberta , eu entrei e peguei os dois. – falo e percebo que meus olhos já se enchem de lágrimas.

- Poxa vida, eu sinto muito. - ele me consola.

- A vida nem sempre, é do jeito que queremos. - eu falo.

- Deveria ser. – ele fala e estaciona o carro. – Chegamos. – ele sorri.

   . Nós conversamos tanto que nem percebi que estávamos em um restaurante bem famoso que ficava de frente pro mar e o caminho foi tão rápido... Desci do carro com Paige, peguei sua bolsa, ele tirou o Arthur da cadeirinha e pegou as coisas dele, trancou o carro e entramos.

      . Entramos ao restaurante e alguns olhares caíram sobre nós, o que será que estavam pensando?Que eu era sua esposa e tinha dois filhos com ele, que chato. Procuramos uma mesa um pouco afastada da gente, cada um com seu bebê no colo, e uma atendente chegou.

- Bom dia, o que vão querer de almoço?- ela diz toda sorridente.

- Eu quero uma lasanha. – me adianto.

- Duas, por favor. – Gabriel acrescenta.

- O que vão querer pra beber?- ela diz.

- Uma coca, pode ser?- ele me pergunta e eu assento com a cabeça que sim.

- Ok então, só repassando é uma coca , e duas lasanhas certo?- ela diz anotando.

- Isso. – Gabriel diz.

- Ok, e só pra constar vocês formam um casal muito lindo e seus filhos são fofos. – ela diz toda babona olhando pras crianças, eu olho assustada pra Gabriel que sorri.

- Obrigada. – ele diz e desfaz o sorriso.

- Só é a verdade. – ela diz e sai rebolando, entra na cozinha e eu ainda estou imóvel.

- O que foi isso. – depois de muito tempo respondo.

- Um elogio? – ele diz como se fosse óbvio.

- É eu sei que foi um elogio, mas tipo. – eu arregalo mais os olhos.

- Fica tranqüila. – ele diz tirando as mãozinhas de Arthur que estava louco pra pegar o copo.

- Porque deu corda pra ela? – eu sorri.

- Pra não acabar com as expectativas da garota, tipo é ruim. – ele diz.

- Mas não somos um casal. – eu falo.

- É não somos, mas eles acham, então deixe que achem. – ele diz.

  . Ficamos conversando coisas desnecessárias enquanto o nosso pedido não chegava, e quando chegou percebi que no meu prato vinha um papel branco, não qualquer papel parecia mais um bilhete.

- Aqui está. – a moça diz.

- Obrigada. – eu digo.

- Isso é pra você. – ela me entrega o papel.

A garota do 169Onde histórias criam vida. Descubra agora