. A aula passa em forma de uma tartaruga, vejo que agora era a aula de Educação Física me lembro do Gabriel, saudades daquele beijo, daquela voz daquela amizade que tínhamos queria que ele voltasse e eu aproveitaria mais não como um casal e sim como uma amiga de preferência, sua melhor amiga. Olho pelo espelho do meu celular e vejo meus olhos cheios de lágrimas, fito o teto.
- Você não pode chorar Helô, você é forte. – digo baixinho a mim mesmo e abaixo a cabeça, mas foi em vão uma lágrima maldita pelo menos, caiu.
- Bom dia classe, vamos para quadra? – um professor que também era muito bonito, só que esse eu não teria casos nos chama, todos se levantam e partem pra quadra, ao contrário de São Paulo aqui não tinha aqueles vestiários , nós fazíamos a educação com a roupa que estávamos estando soados ou não, ele dá futebol e os meninos por sua vez, começa... Sento-me na arquibancada e o professor termina de assinar a papeleta e me olha.
- Você deve ser a Heloíse Pereira, certo?- ele checa meu nome.
- Sim. – sorrio
- Prazer, me chamo Marcos professor Marcos. – ele me cumprimenta com as mãos.
- Vai ser um pouco difícil me acostumar, aqui. – sorrio.
- Sei que já faz um mês que estuda aqui, mas só agora tive coragem de me apresentar. – ele sorri.
- Fica tranqüilo. – ele diz.
- Desculpa a pergunta, você namora? – ele diz.
‘’ QUE ATIRADO!’’
- Sou casada, professor. – digo.
- Como assim, casada? – pergunta arregalando os olhos.
- Sou casada tenho vinte anos e uma filha de um ano. – sorrio.
- Nossa, estou ficando velho. – ele sorri branco.
- Faz sentido. – digo e fico mexendo no meu celular
. Logo a aula acaba me despeço e saio depois teve mais três aulas e finalmente acabou. Saio ao lado de Caio e avisto de longe o Gui.
- Só observa o que vou fazer, se eu mandar bem você faz jóia escondido se não você faz sinal com a cabeça que não, ok? – ele diz.
- Olha lá em Caio. – digo.
- Relaxa. – ele sorri e continuamos a andar, deu até medo do jeito que ele falou.
. Chegamos até o Gui, dou um beijo em seu rosto e Caio dá um abraço bem apertado nele, vejo que ele fica sem reação mas retribui o abraço.
- Oi paizão. – ele sorri.
- Não tenho dinheiro. – Gui diz.
- Não quero dinheiro, só quero seu amor. – ele sorri e entra no carro , começo a rir.
- Ele é doido. – digo e entro logo em seguida.
. Meu pai dá partida até ao meu trabalho, Caio me olha e eu faço jóia com a mão, ele vem e me abraça.
- Está carente? – pergunto.
- Vou mudar por você, por mim irmãzinha. – ele diz.
- Isso, começa me dando seu cigarro. – pego do bolso dele.
- Só um. – ele implora.
- Nem dois. – digo e jogo o maço todo pela janela, ele me fuzila com o olhar e logo cai na gargalhada.
- Não vai fazer, falta. – ele diz e fita a rua.
- Eu espero que você não tenha mais, Caio. – olho sério.
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A garota do 169
RomanceCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...