. O dia passou super rápido depois de tudo que conversei com o Pierre, quando deu cinco horas da tarde, fechei meu computador e peguei rumo ao carro, Guilherme já me esperava.
- Boa tarde, Gui. – digo.
- Boa tarde, Helô. – ele diz sorrindo e eu entro, mais uma vez esperaria Pierre, que tormento coloco meu fone de ouvido e fui ouvindo a mesma música que vim até chegar em casa, desci do carro com Pierre e Guilherme foi pro estacionamento da casa, sim eram tão ricos que tinham um estacionamento exclusivo aos seguranças naquela mansão. Quando ia entrar, Pierre segurou meu braço.
- Leu meu papel? – ele diz.
- Eu deveria ler? – pergunto.
- Sim, poxa. – falou ele com ar de derrota.
- Se eu li ou não, é desnecessário, fui. – digo entrando deixando-o com cara de tonto no portão, entro na minha casa e Paige está engatinhando.
- Princesinha da mamãe, está querendo dar seus passinhos?- eu a pego no colo.
- Mamãe, mamãe. – ela diz a frase completa.
- Agora sim. – eu dou um beijo em sua testa.
- Oi Crystal linda. – desço Paige do meu colo e vou abraçá-la.
- Olá, Helô princesa. – ela sorri com um elogio.
- Está dispensada se quiser. – eu digo.
- Tudo bem, tchau. – ela me dá um beijo no rosto e um beijo na Paige e sai, fui tão sem educação que nem a levei na porta.
- Bebê, cute-cute da mamãe. – faço voz de bebê pra brincar com ela, a pego no colo e subo, ela vê o quatro nosso na parede.
- Mamãe e papai. – ela aponta com os dedinhos.
- E Paige. – eu aponto.
- Eu. – ela diz rindo.
- Sim amor, você. – a encho de beijos.
- Já tomou banho, princesa?- digo.
- Titia deu banho e eu. – ela dizia toda enrolada.
- Mamãe, vai tomar banho. – eu digo deixando-a no chão pra brincar e saio, deixando a porta aberta pra eu ouvir seu choro caso ela chorasse.
. Estou lá me ensaboando, quando vejo duas mãozinhas pequeninas no Box de vida, era Paige, abro devagar e ela cai sentada, acho que com a dor do seu bumbum ela começou a rir pra não chorar.
- Sossega bebê. – eu falo e ela desfaz o sorriso.
. Termino de tomar banho e ela ficava encarando, terminei me enrolei na toalha e a peguei no colo, caminhei até a cama onde a deixei e fui pegar roupa.
- Quietinho amor. – falo séria e ela sorri.
. Vou até o closet, pego a minha roupa quando me viro pra vestir ela tinha descido da cama e estava rindo deitada no chão, fazendo gracinha pra mim.
- Paige. – eu digo e logo caio na gargalhada.
- Mamãe ama, eu. – ela diz sorrindo.
- Sim, mamãe ama garotinha debochada. – coloco o short e a blusa, penteio meu cabelo e ela começa a querer pegar minhas coisas, não curtia que as pessoas mexessem nas minhas coisas, ela puxou o fio da chapinha que caiu com tudo no chão, ela me olha assustada.
- Ops. – ela diz brincando com o fio.
- Dá pra mamãe, dá. – peço o fio.
- Não. – ela diz.
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A garota do 169
RomansaCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...