- Sabe o que eu acho?- digo olhando séria pra ele.
- Não, o quê? – ele pergunta curioso.
- Que você deveria sofrer um pouquinho, tipo não sofrer de sofrer, mas pra aprender a não ser tão metidinho por ter quantas empregadas quiser, quantas garotas quiserem como você mesmo disse, acho que você deveria aprender a se virar porque nem tudo é pra sempre Pierre. – falei calma e ele me olhava.
- Nossa essa doeu. – ele disse colocando a mão no peito.
- Não era pra doer e sim pra você acordar. – dei uma piscadela.
- Mas você não deveria importunar assim na minha vida. – ele aumentou um pouquinho o tom de voz.
- Realmente eu não deveria, porém sou sua amiga ou conhecida e espero que abra seus olhos e enxergue realmente o que está à sua frente, você já notou de como lavar uma louça pode ser divertido?Acho que não porque você deve achar isso muito menininha, deve ser machista também e deve achar tediante, mas não... Com a espuma da esponja você faz desenhos incríveis sabia?Pode zoar com ela a vontade e não apenas lavar por lavar. – falei colocando um caderno que estava em cima da minha cama em um criado mudo.
- Você é louca, isso é coisa de garotas. - ele revira os olhos.
- Machista. - falei.
- Realista. – ele disse.
- Não, isso não é realismo homens também podem muito bem lavar uma louça, arrumar uma casa sem ser considerado homossexual.
- Você é uma chata. – ele revira os olhos.
- Se sou uma chata, o que ta fazendo aqui ainda. – falei seca.
- Desculpa, já vou indo. – ele disse levantando e assim saindo, escutei a porta da sala batendo, que garoto estúpido.
- Idiota. – resmungo pra mim mesma e Alyssa entra no quarto.
- O que deu nele?- ela disse olhando sem entender.
- Não aceita as verdades. – falei.
- Que verdades?- ela disse
- Eu simplesmente disse que ele deveria sofrer um pouquinho, ser menos mimado essas coisas todas, mas ele se ofendeu e então só lamento. – respiro fundo.
- Vocês realmente, são opostos um do outro. – ela diz.
- Eu o odeio. – falei nervosa.
- Eu ainda acho que isso vai virar amor. – ela disse.
- Eu duvido, muito!- falei indo pro banheiro.
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A garota do 169
RomanceCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...