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Jade
Me sento no sofá e coloco as mãos na cabeça, pensando em como iria conseguir tanto dinheiro em tão pouco tempo.
Meu pai esta devendo 10.000 e mais algumas coisas, nem se eu vendesse o barraco daria pra pagar.
Eu simplesmente caguei minha vida, ele vai me matar, e depois vai matar meu pai.
Eu simplesmente to fudida!
Sai de casa e fui na casa da Japa, era uma amiga minha aqui do morro.
•••
Japa: Como tu vai conseguir esse dinheiro todo mona?- fala surpreendida com o valor.
Jade: Não tenho ideia!
Japa: Teu pai consumiu legal em.- falou com ironia.
Jade: Isso não importa agora, eu só preciso de dinheiro.
Ela faz uma cara estranha e se levanta, andando pra um lado e pro outro.
Jade: Tá ciscando?
Japa: Tenho um amigo, ele tem os contatos dele, consegue dinheiro de um dia pro outro, mais não sei se quero te meter nessa.
Jade: Quem é ele?
Japa: É o Lima, um aviãozinho daqui.
Jade: Onde ele fica?- me levanto.
Eu preciso do dinheiro, e eu faço qualquer coisa pra pagar essa dívida!
Japa: Aí Ane, sua vida tá uma bosta mais não quero piorar.- fala nervosa.
Jade: Para de ser besta.- sorrio.- fala, eu preciso disso!
Japa: Tá legal!- fala se sentando e mechendo em uns papéis.
Ela me entrega um papelzinho com um endereço, eu sei onde é.
Japa: Não faz eu me arrepender de tá fazendo isso, cara isso não tá certo!
Jade: Quem tá fazendo sou eu, você não tem culpa.- peguei minha bolsa e corri pro endereço.
Cheguei lá tinha uma sala, com muito gente se drogando, uns vendendo e outros só usando drogas.
Podia ouvir mulheres gemendo ao meu lado, aquilo era horrível.
- Coé mina, tá perdida?
Meu cu trancou, pensei sair dali correndo, voar, mais já tô aqui, não dá pra fugir agora.
Jade: Tô procurando o Lima.- o cara me encara de cima até em baixo.
- Lima, cola aqui!- fala ainda me encarando.
Um cara sai de um quarto arrumando os shorts, provavelmente, esse é o Lima.
Lima: O que tu quer minha jóia?
Jare: Preciso da sua ajuda.
Lima: Que tipo de ajuda?- ele se aproxima, colocou uma mecha do meu cabelo pra trás e beijou meu pescoço.
Jade: Eu preciso de dinheiro.- ele para e me encara.
Lima: Precisa de quanto?
Jade: 10.000.- ele arregala os olhos, mais logo volta ao normal.
Lima: Tenho um esquema pra tu, hoje 00:00, esteja bem vestida, tu já sabe como, te encontro na barreira.
Jade: Qual é o trabalho?
Lima: Já pode tirar ela daqui.
Dois homens me seguram e, praticamente, me jogam pra fora dali.
Eu tô nervosa, sei que vou ganhar dinheiro, mais não sei o que vou fazer, tenho certeza que coisa boa não é.
Mais se for pra pagar essa dívida, eu sou capaz de tudo.
•••
Jade: Essa roupa tá boa?- falo me olhando no espelho.
Japa: Tá parecendo um prostituta, mais pelo menos, tá uma prostituta bonita.- sorri.- Jade, eu sei que fui eu que te dei a ideia, mais não acho que...
Jade: Japa você não tem que achar nada, você tá com seu pai aí, ele tá vivo e bem, você tem sua vida ganha, eu não! Sei que meu pai não é um dos melhores, mais ele é meu pai poxa, eu vou fazer de tudo pra ajudar ele!
Japa: Jade, qualquer coisa me liga, por favor!- segura minha mão.
Jade: Vai ficar tudo bem.- falo confiante, mais sei que não tá nada bem.- tenho que ir.
Nos despedimos e eu fui ao local do encontro.
Vi um carro preto, o Lima acenou pra mim entrar e lá foi eu, parecendo que tava rodando bolsinha.
Jade: Agora me fala, o que eu vou precisar fazer?
Lima: Tá elegante em.- me elogia.
Jade: Não enrola Lima, me fala logo.
Lima: É o seguinte, eu sou um x9 tá ligada? Sou do morro do Pelé, se tu não tá ligada nos papos ele tá preso a dois meses, precisa de visitas intimas tá ligada? Como tu já aceitou, já mandei o papo pra ele, que já tá esperando nois lá na sela. E como ele é do morro inimigo tu não pode falar pra ninguém sobre isso, se o Índio descobre, eu e você morremos, então é melhor tu ficar caladinha, cada visita você ganha dois mil, se o trabalho for bom, cinco.
Caralho, onde eu me meti? Não posso fazer isso, eu vou tá cavando minha própria cova, não vou me prostituir, ainda mais pra um morro inimigo!
Não posso fazer isso.
Jade: Me desculpa, não quero mais fazer isso!- ele ri sarcástico.
Lima: Ainda bem que você não tem escolha, se você não for, eu sou obrigado a te matar!
