Jade
Algumas semanas depois...
Acabei de receber alta, tô no carro com o Índio e o Cobra.
Cobra: Tu vai fazer o que com ele?- se refere ao Pelé.
Eles encontraram ele, vapores foram buscar ele.
Índio: Dois tiros na cara.- olho pra ele, que me olha pelo retrovisor.- nem adianta tu me olhar assim, é o sistema gatinha.- me gasta.
Revirei os olhos e me encostei na porta, já dormindo.
Acordei já em frente da casa do cobra, com o Índio me dando tapinha na cara.
Jade: Sai daqui, vou saber onde tu enfiou essa mão!- dei um tapa na mão dele.
Ele me olhou e arqueou a sombrancelha, iria dizer algo, mais a Japa veio pra me abraçar.
Japa: Pensei que não ia vir mais pô.- me ajuda a sair do carro.
Jade: Não sou eu que mando.- falei sorrindo de lado.
Entramos na casa dela e me sentei no sofá.
Japa: E teu namorado?- arqueei a sombrancelha.- Índio foi te ver todo santo dia, tá ligada.
Senti minha bochechas corarem e sorri de lado.
Índio olhou de lado, mais não expressou nenhuma reação.
Cobra: Fim de semana vai ter baile, em comemoração a você.- franzi a testa.
Jade: Consigo nem andar só e você me quer em um baile?- falei irônica.
Cobra: Tu por mim, eu por tu, fico do teu lado pô.- neguei com a cabeça sorrindo.
Índio: Fé, vou pra boca, teus dias ao meu lado acabou gatinha.- fala puxando meu queixo.
Jade: Chega de gastação, gatinho.- dei ênfase no "gatinho" e ele saiu rindo.
Cobra: Japa, fica aí com ela vou na boca falo? Qualquer coisa me liga, tem comida no armário.- fala saindo.
Japa: Lá só tem cocaína, acha que não vi?- murmura mais eu pude escutar.
•••
Os meninos inventaram de fazer uma "janta" aqui.
Tão queimando carne lá em baixo.
Me vesti e desci.
Cobra: Meu suricato desceu!- comemora.
Já tava quase bebado, esse povo não sabe beber e quer inventar.
Me sentei perto deles e fiquei escutando as merdas que eles diziam.
Índio: Quer cola lá na base?- sussurra pra mim.
Jade: Se liga Índio, nunca ficaria contigo.- falo bebendo suco.
Índio: Noza.- coloca a mão no peito, me fazendo rir.- só queria assistir uma Netflix.
Jade: Caio mais nessa não
Índio: Grosseria, meu Deus.- do risada.
Japa: Vaza fio.- empurra o índio da cadeira, que empurra ela de volta e quase cai em mim.- filho da puta.
Ela sai correndo atrás dele, e eu olhando essa patifaria bebendo meu suco de uva.
Cobra: Você tá bem aí?- se senta do meu lado.- queria falar contigo.
Jade: Tô bem.- sorri já com medo do que ele ia dizer.
Cobra: Tipo assim, nunca fui de ficar falando essas baboseira, mais queria te pedir desculpa, de coração mermo, não ouvi teu lado e já quis te julgar, tava de cabeça quente e...- interrompi ele.
Jade: Não precisa pedir desculpas, eu errei, você errou, e é isso, só trabalhar pra não repetir os erros, e vida que segue.- abracei ele de lado.- só não chora
Cobra: Toma no cu!- fala rindo.
Índio passa todo nervosinho e chama o cobra pra ir com ele.
Esses meninos são tudo doido, eu hein.
Japa: Mona, nem te conto.- lá vem.- meus pais voltaram.- abri a boca surpresa
Jade: Caralho, conte mais conte.- falo e ela cai na gargalhada, me atualizando de tudo que aconteceu no morro.
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Índio
Teen FictionMesmo quando tudo parece perdido resta sempre um pouco de coragem para dar a volta por cima.