Jade
Me levanto e vejo a Japa dormindo do meu lado, dormi na casa dela esses dias, não tô conseguindo voltar lá...
Hoje o Lima vai me da o dinheiro, e com ele vou alugar uma casinha, aqui no morro mesmo, e aos poucos, vou comprando os móveis.
Sai da casa da Japa, fazendo o mínimo de barulho possível, não queria falar pra ninguém onde estava indo, Japa ainda não sabe que eu transei com o dono do morro inimigo.
E cara, na moral, tô lascada lascadinha.
Lima fala que agora sou um deles, por que já sei alguns esquemas, e praticamente sou uma infiltrada aqui no morro, o que é complicado.
Desci o morro e me encontrei com o Lima na barreira.
Jade: Trouxe o dinheiro?- ele me puxa pro canto e me entrega um envelope.
Lima: Pode conferir, tá tudo certo.- apontou com o queixo pro envelope.
Comecei a contar e tava tudo certinho, os dez mil estava comigo.
Jade: Obrigada.- falei saindo, mais ele me puxa pelo braço.
Lima: Ja sabendo, bico fechado, se eu caí eu te puxo!- entendi o recado.
Me soltei dele e sai dali com o cu na mão.
Fui direto pra boca procurar pelo cobra, ele falou que se eu precisasse poderia contar com ele.
- Tá perdida princesa?- um vapor se joga pra cima de mim.
Jade: Não!- sorri falsa.- sei muito bem onde estou, cadê o Cobra?
- Acha que é assim?
Cobra: Sai dai filhote de urubu.- gasta ele.
- Colé.- recebe um tapa do cobra.
Jade: Preciso da sua ajuda.
Cobra: Jaé, brota.- ele me leva até uma sala.- senta aí.
Me sentei e ele me olhou.
Cobra: Solta o papo.
Jade: Tem como tu arrumar uma casa maneira pra mim? To com um dinheiro bom, e queria uma casa, simples.- ele me olha.
Fael: Aqui não é imobiliária mais vou te ajudar.- me gasta- Quanto tu tem?
Jade: Dez mil, mais não posso gastar tudo, tenho que comprar alguns móveis.
Cobra: Firmeza, vou procurar uma goma pra tu se enfiar e qualquer coisa te do um toque.
Jade: Você tem meu número?- arqueei as sombrancelha.
Cobra: Sou o gerente da boca né Jade, tô por dentro de tudo.- se levanta.- Falou, boa sorte aí.
Jade: Obrigada.- ele me abraça.
Sai dali e fui deixar o dinheiro na casa do meu pai, escondi lá direitinho, e antes de sair dei uma última olhada, já me recordando de tudo, sai dali antes que começasse chorar.
Sem querer esbarrei no Índio, ele tava com outros vapores
Índio: Vai pra onde com essa pressa toda?
Jade: E é da sua conta?- cruzei os braços.
Índio: Agora tá assim né? Vou tirar essa sua marra rapidinho.
Reviro os olhos e sai dali, indo pra casa da Japa.
Pego algumas papeladas e vou pra rua entregar currículos.
Índio
Entro na casa do vapor, a reunião de hoje vai ser aqui.
Cobra: temos que dá um jeito logo de invadir o morro do Pelé, eles já deve tá tudo esquematizado pra fuder com nois pô.
Índio: Primeiro nois tem que tá ligado quem é o x9, nois vai pegar o Pelé por eles.
Dudinha: Tô ligado que tem um morador e um vapor, são dois.
Índio: Um morador?- franzi a testa.
Até porque estamos acostumados ser todos vapores, não tem por que um morador ser x9.
Dudinha: Ou moradora né, vou investigar melhor essa parte.
Índio: Quando saber de alguma coisa já me aciona.
•••
Terminamos a reunião e a gente desceu pra um barzinho, aqui dentro do morro mesmo.
Pietro: Fala com a boca, deixa o cu pra cagar.- gasta o Dudinha.
Dudinha já tinha tomado umas, tava parecendo bilingue.
Dudinha: Ô carãio.- fala enrolado.
Índio: Tá pensando muito em cobra.
Cobra: Aí toma conta em.- acenei com a cabeça.- tô pensando naquela Jade, tô procurando uma casinha pra ela, cês sabem de alguma.
Pietro: se eu souber de alguma coisa te falo.
Índio: Tu tá interessado na mina em.- do um gole na minha cerveja.
Cobra: Mina firmeza, sofreu pra caralho
Índio: Todo mundo sofre menó.
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Índio
Teen FictionMesmo quando tudo parece perdido resta sempre um pouco de coragem para dar a volta por cima.