Japa
Bati no braço dele, que não parava de rir da menina com a sobrancelha de graxa.
Cobra: Ih colfoi?- falou passado a mão por cima do tapa.
Japa: Para de zoar as pessoas, isso é feio demais.- falo segurando a risada.
- Colfoi japinha, ta na Disney pra ta gargalhado desse jeito?- a mesma vem falar comigo.
Japa: Ta se doendo porque mesmo?
Cobra: Parem crianças.- faz graça e a menina vai toda risonha pro lado dele.
Japa: Já pode sair, teu cheiro já ta exalando, cheiro de catinga do caralho.- faço careta.
Realmente, estava com um mal cheiro da porra.
Ela fez careta e saiu.
Cobra: Barraqueira.
japa: Fica quieto você também.- ele da risada.
Cobra: Mudando de assunto, te chamei aqui pra saber o que ta acontecendo contigo po, tu ta mó afastada ultimamente.
Acaba com o clima, me trazendo de volta a realidade.
Japa: Eu to mal, com tudo que ta acontecendo. Meus pais me falaram umas coisas, e isso me fez ver tudo de uma outra forma.
Cobra: Mais não pode ser assim po, quando acordar olha pro céu, agradece a Deus por mais um dia, vai aproveitar po, ninguém sabe o dia de amanha.
Japa: Me trouxe aqui pra ficar me dando sermão?!
Cobra: Não Japa, to querendo te fazer enxergar as oportunidades de mudar sua vida que tu não ve
Japa: Chega desse assunto!- me levantei e puxei minha bolsa.
Cobra: Colfoi?
Japa: Eu to cansada! todos querem me dizer o que fazer, dizem que eu to fazendo errado, só sabem apontar pra mim e me julgar! Mai alguém veio me perguntar o que eu to sentindo? O que eu penso sobre a minha vida? Não, então acho que vocês deveriam falar menos!
Sai dali praticamente correndo, to cheia dessa porra toda!
Escuto ele me gritar mais não do a mínima, sempre é a mesma coisa!
Julgamentos atrás de julgamentos!
Cobra: Foi mal Japa, só tava falando contigo po.- para a moto do meu lado.
Continuei e boca fechada, não queria falar com esse embuste agora.
Cobra: não vai falar nada?- continuei com a minha postura.
Ele me puxou pela cintura, me fazendo ficar no meio da sua perna, ele ainda estava na moto.
Ele me encarou e sorriu de lado, apenas fiquei parada, ele foi se aproximando e encostou nossos lábios.
Poderia parar aquele beijo, mais não queria, de alguma forma aquilo me prendia e eu queria mais...
Ele nos separa, mais ainda estava apertando minha cintura.
Ele da um ultimo selinho e segura meu queixo
Cobra: Para de ser birrenta po.
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Índio
Teen FictionMesmo quando tudo parece perdido resta sempre um pouco de coragem para dar a volta por cima.