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Cobra

Deixo a moto em frente da casa da Jade e entro com ela, tava afinzão de saber como tava a Japa.

Jade: Vai subindo lá em cima, vou fazer alguma coisa pra comer, mó larica.- falou indo pra cozinha.

Subi e entrei no quarto, ela estava deitada.

Cobra: Eai Japinha como vai?- sentei do lado dela.

Japa: Tô bem e você?- fala cabisbaixo.

Cobra: Não escutei, tá com uma pica na garganta caralho?- falei alto balançando ela.

Japa: Não força.- fala rindo e se senta.

Cobra: Hoje as 20:00 venho te buscar taokei?- falei me levantando.

Japa: Pra onde?

Cobra: Quero você arrumada, beijinhos.- falei saindo e ouvi ela gargalhar.- Falou Jade.

Sai da casa dela e fui em direção a minha moto, fui em casa e tomei um banho.

Pietro: Ae parceiro, a Tina tá te procurando aqui na boca.- fala pelo rádio.

Porra, faz cota que não vejo a Tina do suvacão.

Cobra: Fala pra ela que eu tô na praia vendendo minhas artes.- falei e joguei o raidinho no sofá.

Sem tempo bro

Coloquei um sonzin e fui limpar a goma.

Nois é bandido mais nois é enjoado

Cobra: Joguei sujo de novo, já cantei um bit olhando no olho provei que a fumaça é responda do fogo...- catei no ritmo do rap.

Corri no som e aumentei no último.

Cobra: Mais se você for fogo, eu posso ser fumaça...- gritei balançando a cabeça.

Voltei a varrer o chão.

Alguém desliga o som e eu fui putasso quem era o filho da puta.

Índio: Os moradores tão reclamando, abaixa esse caralho.- se joga no sofá.

Cobra: Pau no cuzinho de quem não gosta.- ele riu negando com a cabeça.

Aumentei o som e ele destravou a arma apontando pro mesmo.

Cobra: Nem brinca, esse som é caro.- falo na frente do som.

Índio: Relaxa.- gargalhou e guardou a arma.

Cobra: Toma!- joguei um pano pra ele.- Vai secar a louça.

Índio: Ih colfoi?

Liguei o som novamente, ele reclamava de alguma coisa mais eu nem tchum

Termino de colacar o kit e me olha no espelho, hmmm

Cobra: Cara, se eu pudesse eu te dava parceiro.- falo comigo mesmo pelo espelho.

Desci cantarolando e fui em direção a moto, dei aviso pros vapor, pra ficarem de olho na minha goma e piei pra casa da Jade.

A Japa já estava esperando na calçada, com um vestidinho rodado, toda meiga, nem parece o dragão que é.

Olhei pra ela e sorri de lado.

Japa: Nem fala nada.- falou subindo na moto.

Dei partida da moto e ela segurou firme minha cintura.

Desci até a pastelaria, aqui no morro mesmo.

Só a porra que eu ia na pista pra alimentar essa leitoa da cara amassada.

Japa: Um de frango com catupiry, um de bauru, um de calabresa e uma coca gelada.- olhei pra ela enquanto a mesma fazia o pedido.

Isso não é uma barriga, sa porra tem uma lombriga dentro dela.

Cobra: Um de carne seca e uma  cerveja Budweiser.- a moça sai com o pedido na mão.- já me arrependi de ter trazido tu aqui.

Japa: Meu nome é Patricia e eu não sou bagunça.

Nem sabia que essa doida tinha nome, pra mim era Japa e acabo.

Cobra: Quem foi o abençoado que te deu esse nome?- falo em tom de riso.- nome de evangélica 

Japa: Sou crente 

Cobra: Crente do cu quente, só se for.- gastei ela.

A moça trouxe os pasteis e a ogra começou a devorar.

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