Jade
Acordo, estava em um quartinho, só tinha uma cama de solteiro, a que eu estava deitada.
Eu tava meio tonta, tava dopada.
Vou até a porta.
Jade: Pelé?- falo em um tom alto, o máximo que podia, estava fraca.
- Vai deitar, tu precisa de repouso.
Jade; O que vocês fizeram comigo?- me sento no chão.
- Só te dei um remédio pra tu ficar sussa, fica suave.
Jade: Cadê o Pelé?
- Não é da sua conta, vai deitar e para de me atrapalhar, tô jogando praga.- fala impaciente.
Me levantei e deitei novamente na cama, tava com um sono que só a porra.
•••
- Acorda!- joga uma bolsa em mim.- se veste, rápido.
Jade: Por que?- falo me sentando na cama.
- Tu vai ela pra sua nova casa, sua e do patrão.
Jade: Eu não vou pra lugar nenhum!
- Se você não se vestir, eu mesmo vou fazer isso!- fala com as mãos na cintura.
Jade: Então vaza pra mim me trocar!- falo pegando a bolsa.
- Não - sorrio falso.
Ele se virou e eu comecei a me vestir.
Eram roupas largas, masculinas, e um boné.
Sou fugitiva agora é?
- Tá lindinha.- fez careta e pegou no meu braço.
Jade: Olha a agressão!- sai de perto dele.
- cala a boca e vem!- me levou pra fora da sala.
A gente tava em uma casa, ou na boca, ou sei lá.
Pelé: Pode deixar ela comigo.- me abraça.
Me afastei fazendo careta.
O vapor saiu, deixando só que eu e ele.
Jade: Pra que você tá fazendo isso Pelé? Tu não precisa disso.
Pelé: Não, eu não preciso, mais quero você, te amo de verdade, você também me ama, mais ainda não sacou.- fiz cara de riso.
Jade: Não é assim que você vai conseguir as coisas cara, você acha que se me sequestra, me levar pra um sítio eu vou me apaixonar por ti?
Pelé: Você não tá vendo que tô fazendo isso por nós?- segurou meu rosto.- isso só vai ser um passo que a gente vai dá, ali a gente vai viver, casar e ter nossos pivetes.- gargalhei alto.
Jade: Tu tá viajando cara.- me virei.
Pelé: Tu vai ver, agora vamos.- me puxa.
Ave Maria, é um puxa, puxa.
Euhein.
Ele me colocou em um carro, um Corolla todo preto.
A gente não estava no morro, não sabia onde era.
Era um galpão, bem afastado.
Ele deu partida no carro e colocou umas músicas clichê, de uma pasta.
" Música de viagem com a loira"
Esse era o nome da pasta.
Ele viaja demais
No caminho acabei dormindo, ainda tava meio dopada.
Mais acordei com o Pelé gritando.
Pelé: Colé, como assim?!- fala no telefone.
Tava no viva voz, então escutei tudo, era aquele vapor.
- Não sei como, Índio descobriu tudo, tá invadindo o morro com o Cobra!- uma felicidade enorme toma conta de mim.
Automaticamente um sorriso enorme apareceu, Pelé me encarou feio
Pelé: Vaza daí, ele vai te torturar até tu falar onde tô.- fala tranquilo.
O vapor não responde...
Pelé: Wil?- arqueou a sombrancelha.
Índio: Teu amiguinho tá comigo, agora estamos kit.- fala e desliga o celular.
Pude ver Pelé entrar em desespero, ele começou acelerar o carro, em um nível absurdo.
Cada carro que ele ultrapassada meu coração ia pra boca.
Jade: Vai devagar Pelé!- falo apertando o cinto.
Pelé: Era o que tu queria né?- acelera mais ainda.- Agora teu amorzinho tá vindo te buscar!
Jade: Tu tá delirando, você vai matar a gente Pelé!- grito enquanto ele ultrapassava os carros em alta velocidade.
Pelé: Você acha que vou deixar ele te levar de mim?- me olhou e sorriu.
Ele tirou as mãos do carro e fechou os olhos.
O carro bateu em outro, tudo começou a girar, e um barulho enorme toma conta do lugar.
Ali, ja tava vendo porra nenhuma.
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Índio
Teen FictionMesmo quando tudo parece perdido resta sempre um pouco de coragem para dar a volta por cima.