Índio
Tava a Japa, Cobra, um garotinho e a Jade, que me olhava disfarçando.
Pietro: Vai vim jogar não lixudo?- grita com o Cobra
Ele manda dedo e pega o menininho do colo da Japa, vindo pro campo e jogando com a gente.
Japa: Mostra o que é jogar Igor!- grita com o moleque.
Continuamos o jogo, o menininho cheio de marra mané.
Igor: Passa pá mim!- fala cambaleando.
Joguei a bola devagar pra ele, que chutou pro gol e os meninos deixaram ele fazer gol.
Índio: Ae moleque!- peguei ele no colo e coloquei no meu ombro.
Cobra: Golaço menó, melhor que esses cabaços.- gasta os meninos.
Pietro: Cheio das graças.- cruza os braços e pega o menino do meu colo.- na próxima não passa.
Igor: Tô nem aí se sou meior que tu.- fala embolado e eu do risada.
Japa: Chega Igor, bora.- pega o menino.
Cobra: Teu filho?- ela olha pra ele.- Vai saber né
Japa: Cobrinha nem começa.- fez careta.
Igor: Quero fica...- aponta pra mim.
Dudinha: Deixa o menino aí, depois levo ele pra tua goma
Japa: Não, hoje não.- fala saindo.
Cobra: Até parece que essa cabacinha ia deixar o menó com vocês, cês viaja em.- fala tocando a bola.
Índio: Vou pra goma, fé.- falei indo em direção a minha moto.
Piei pra goma e esbarro com a Ester, fazia cota que via ela.
Índio: Ala.- joguei a moto em cima dela.
Ester: Atropela cacete!- sorri de lado.
Índio: Tá fazendo o que aqui?
Ester: Andando, não tá vendo?- cruza os braços.
Índio: Não é porque eu te conheço a tempos, que eu não tenho coragem de descer aqui e te dar uma porrada.- falo já bravo.
Ester: Como se eu tivesse medo de tu né?- faz cara de ironia e eu avanço no pescoço dela.
Índio: Tu tá cheia de marra né?- aperto com mais.
Ela já está vermelhona, sem ar.
Do um selinho nela e a solto
Ester: Idiota! O que você tem?- dei partida na moto e dei na bota.
Entrei em casa, tomei um banho demorado e me vesti. Desci e peguei uma garrafa de Skol, bebendo e sentindo a geladinha descer.
Dudinha: Calor da porra!- entra se abanando com os outros meninos que jogavam no campo
Índio: Podem sair da minha casa, o cece já exalou.- falo indo pra lá
Cobra: Desce uma?- pega cerveja na geladeira e eu o encaro.- Colfoi?
Índio: Dão no pé, bora!
Cobra: Vim trocar um lero contigo.- se senta no meu sofá.
Meu sofá limpinho, caraio mermo hein.
Indio: Solta o verbo, bora.
Cobra: O baile, sai quando?
Índio: Ia ser esse sábado, mais o morro tá em alerta, esqueceu tapado?
Cobra: Não esqueci, mais pô, já tava tudo combinado.- faz careta.
Índio: Se quiser fazer, colocar o morro todo em um lugar, pros menor invadir e matar todo mundo, firmeza.
Cobra: Porra, eles não vão invadir em dia de baile, Colfoi Índio?
Pietro: Tuts Tuts...- faz uma dancinha estranha.
Índio: Não pode ver uma vergonha que já quer passar, Alá.- neguei com a cabeça.- sem baile.
Cobra: Porra Índio, Colfoi?
Índio: Quer fazer? Faz, mais não é minha responsabilidade morô? Tu é gerente, deveria ter consciência no bagulho!- falo puto.
Cobra: Relaxa irmão.- pega no meu rosto e eu viro a cara.
Porra mano, ele quer fazer baile com o morro em alerta?
Quer pedir pra morrer, só pode.
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Índio
Teen FictionMesmo quando tudo parece perdido resta sempre um pouco de coragem para dar a volta por cima.