Índio
... Empurro ele com força, que cai no chão sangrando.
Por sorte, parece que pegou de raspão.
Índio: Tá louco caralho?!- sacudi o corpo dele.
Ele vai fechando os olhos aos poucos...
Índio: Pietro?!- me viro e vejo ele chorando no corpo do dudinha.- não vamos deixar ele morrer, bora...
Ele me encara e seca as lágrimas, fecha a cara e busca o carro.
Coloco o cobra no banco de trás e me sento ao lado dele.
Índio: Vem...- coloco ele na marca e vou levando pra sala de cirurgia.
- Você tem que fazer registro do paciente, não podemos fazer uma operação tão grave sem sua assinatura.
Índio: Um b.o de casa vez, moro?- olhei pra ela e deixei visível minha arma na cintura.
Ela me encara com medo e chama uns cirurgião.
- O senhor não pode entrar aqui...- fecha a porta na minha cara.
Passo a mão pelos cabelos e suspiro.
Tanto b.o pra resolver, mais esse.
Me sento com o Pietro na sala de espera e eu recebo notificação no raidinho.
•••
- Os vermes vieram aqui, tão recolhendo os corpos e a imprensa tá colando aqui também.Índio: Fica suave, mais não vacila, eles não vieram pra prender ninguém.
•••
Desligo o rádio e fico pensando no que vou fazer.
Pietro: Os médico estão encarando a gente, melhor voltarmos pro morro.- fala se levantando e encarando uma enfermeira.
Índio: Não vou deixar o cobra sozinho.
Pietro: Melhor tu espera em casa do que na cadeia.- fala e eu suspiro.
Vou em direção a minha moto e sigo pro morro.
Os vermes já tinham saído, mais o morro tava com um ar tão pesado, ruim.
Marcas de sangue na calçada, pessoas chorando e gritando, marcas de tiros nas paredes...
E eu só quero agradecer, por mais uma chance.
Eu poderia ta morto agora, milhares de pessoas morreram e eu estou aqui.
Parceiro, é um sentimento embasado pra caralho você ver todos ao seu redor mortos e você poder fazer nada.
Rato: Foram 284 mortes no total.- fala cabisbaixo.
Índio: Amanhã as 00:00, vamos fazer uma reunião com a favela, vamos ver se trazemos um pouco de felicidade pra alguns...- falo entrando em casa.
Rato: Acho difícil alguém ir...- olhei pra ele.- estão todos com ódio de você.
Não culpo ninguém, até eu estou com raiva de mim.
Eu sou o dono dessa porra, e não impedi nada, fui o primeiro a ser parado!
Todas as mortes por certa parte é culpa minha, mais agora não adianta sentimento de culpa.
Vamos se erguer e seguir em frente.
Índio: Vai dá tudo certo!
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Índio
Teen FictionMesmo quando tudo parece perdido resta sempre um pouco de coragem para dar a volta por cima.