Índio

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Cobra

Jogo a garrafa de bebida no canto e peço outra pro garçom.

Pietro: Tá assim por que pô? Tu não é desse jeito, completamente diferente disso que tu tá vivendo.- se senta do meu lado.

Cobra: Viu o site de fofoca hoje?- ele nega com a cabeça e eu pego meu celular pra mostrar.

" De cobra foi pra boi, Japa, namorada do nosso gerente foi flagrada indo de rolê com Gabriel, Biel nosso novo vapor da favela."

Mano, de cobra foi pra boi?!

Ta de tiração pô, a Japa nunca faria alguma coisa comigo!

Pietro: Você vai mesmo acreditar no site de fofoca? Cadê o cobra de antigamente? Acreditava no que via, no que ouvia se fingia de surdo.

Cobra: As coisas mudam, eu amo pra caralho a Japa, como nunca amei ninguém! E ver uma mensagem dessas me deixa um pouco desconfiado, e eu tenho medo, de fazer alguma merda, tanto pra mim quanto pra ela.

Pietro: Você não tem que ter medo pô, e a viajem que tu tava marcando com ela? Pega a mão dela e vão pra longe, vão esfriar a cabeça.

Cobra: Isso se eu e ela ainda estivermos juntos né.- rio sarcástico.- ela foi atropelada pô, tu foi ver ela? Porque eu não.

Pietro: Nunca é tarde pra mudar as coisas cobra, vai atrás do que é teu, você ama ela e tu vacila desse jeito? Você tá dando espaço pra outro, ela vai procurar na rua o que não recebe em casa.- encaro ele.

Ficamos mais um tempo conversando, pago minha conta no bar e vou pra casa da Jade, falar com a Japa.

Entro, a Jade e o Índio estavam se pegando no sofá.

Cobra: Opa.- grito e eles me olham, se desgrudando.

Índio: Quem tá vivo sempre aparece!

Cobra: Cadê a Japa?- pergunto pra Jade.

Jade: Ela tá lá em cima, mais acho melhor...- quando ela fala já estou subindo as escadas.

Entro no quarto com um sorriso no rosto, Pietro me fez acordar pô, eu amo a Japa, e o resto é só detalhe.

Cobra: Japa?- encaro a mesma beijando o Gabriel.

Meus olhos se encheram de lágrimas assim que eu vi aquela cena, aquilo doeu mais que um tiro no peito.

Japa: Cobra, não é isso que...- interrompi ela.

Cobra: Relaxa.- seco as lágrimas.- já sabia que isso ia acontecer, meu erro foi ter confiado em você!

Saio do quarto e bato a porta, Jade e Índio me olham, nem do corda e saiu dali voando.

Eu só queria morrer, eu confiava mais nela do que em mim, pra no final ser traído?!

Traição é um bagulho foda, você sabe que a outra pessoa que tá no erro, mais você se sente culpado.

Fico me perguntando onde eu errei? Sempre fui uma pessoa boa com ela, a Japa mudou meu ponto de vista, em tudo.

Fiquei uma semana mal, uma semana! O suficiente pra ela ir atrás de outro.

Agora me fala, isso é amor? Porque se for eu tô lascado.

Prefiro morrer sozinho do que ter que ficar com uma pessoa falsa.

Bagulho me machucou, de verdade.

Não queria mais nada, minha mente tava a mil, tudo girava, e a cada segundo eu aumentava mais e mais a velocidade da minha moto.

Sai do morro que nem vi, desci pra praia e fiquei vendo o mar.

Sinceramente, ainda não caiu a ficha que a Japa fez uma coisa dessa comigo.

Espera ser traído por qualquer um, qualquer um, de verdade, mais nunca por ela!

Eu a amava, e vi isso acabar em questão de segundos, e quer saber?

Desejo toda a felicidade pra ela, mais quero ela o mais longe possível.

- Para aí vagabundo!-. Policial me rende e me deita na areia.- Foi bom de encontrar Patrick!

Ele me algema e me coloca em uma viatura.

- O que tu acha delegado? Mandamos ele pra prisão ou matamos ele aqui mesmo?- fala com um tom de riso.

- Vamos levar ele pra uma cela, assim podemos mandar nele, iremos brincar por um bom tempo senhor Cobra.- eles riem alto.

***

Esse é um capítulo "extra", por eu não ter postado nada ontem, peço desculpas por isso, é que eu não tava bem.

E se for pra escrever nada com nada acho melhor nem publicar nada com vocês.

Hoje vai sair o capítulo, normal taokei?

E desculpa por não ter dado sinal de vida ontem kk