Oito

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Amber Katharine

Caminho em passos lentos para a droga do colégio, na droga de um mau dia.

Levei uma baita bronca do senhor leon, a senhora Leila foi para no hospital, por que a pressão dela aumentou muito, pôs ficou preocupada comigo, porque foi dito a ela que talvez tinham colocado algo na minha bebida e eu não estava acordando, agora estou proibida de ir em qualquer outra festa sozinha.

Tudo culpa do Kalel, pra que contar isso? Ele nem sabe se colocaram mesmo.

Bufo frustada enquanto entro no colégio e sem enrolação entro na sala na qual eu teria aula de química avançada.

Dois tempos de aulas se passaram e nesses dois tempos meus olhos ficaram presos na paisagem por fora da janela transparente, tão verde...

—Aparece no vestiário mais tarde, Amber.

Alguém sussurra no meu ouvido e me viro para ver, Thobias, só mais um jogador que se acha o pegador das galáxias, mas a fama não é boa, tanto quanto a minha.

Sorrio, de maneira provocante o encarando.

—Ãh...Não.

Falo e volto a encarar a paisagem.

—Sério que você transou com o Maxuel e não vai transar comigo? O Maxuel Amber.

Ele diz e eu o olho.

—Mas eu não tive com nada com ele.

Falo de maneira confusa, buscando entender.

—Não é o que ele disse para o time e por algum motivo ele não vai jogar nos três próximos jogos, decisão do capitão.

Ele diz atrás de mim e eu me viro para observar ele, que estava sentando na cadeira atrás de mim, sério que Aquele filho da puta estava espalhando essas merdas ?

—O que ele disse?

Pergunto seria

—Que você implorou pra ser fodida por ele.

Ele diz e meus punhos se fecham automaticamente.

—Aah... -sorrio de maneira sensual. —Sabe que sala ele está?

Pergunto em um tom inocente, assim que sou informada, deixo de lado meu material e caminho até a porta, com passos firmes, decidida.

—Onde a senhorita pensa que vai?

A professora fala, mas eu ignoro, indo em direção à quatro salas depois da minha, eu não bato, abro a porta com tanta raiva que todos os olhares se voltam pra mim.

Mas foco apenas em um, Maxuel Frank.

Fecho meus punhos caminhando até ele, ignorando a advertência do professor.

— O que você está...

Antes que o Maxuel termine de falar, com toda a minha força eu dou um soco no rosto dele, ao ponto de sentir minha mão se ferir, mas sem me importar com a dor eu continuo, até sentir mãos firmes me puxando para atrás.

Olho para Maxuel, atordoado na minha frente, sem saber o que fazer, tento mais uma vez ir pra cima dele, mas os braços firmes e fortes continuam a me segurar.

—Espero que eu tenha Conseguido quebrar a porra do seu nariz, seu imbecil, não é bom o suficiente nem para pegar uma garota se não for a força, inútil.

Falo da maneira mais ácida possível.

—Me solta porra.

Falo e os braços em minha volta se afrouxam, aos poucos como se quisesse ver se eu ainda iria avançar, até que são tirados por completo de cima de mim.

—Pra diretoria.

O professor fala, mas eu ignoro, olhando para trás, dando de cara com os olhos castanhos e furiosos do Kalel em cima de mim.

Passo por ele com passos firmes, deixo meu material de lado e corro pra fora daquele inferno, sentindo meu punho doer.

Sinto as lágrimas queimarem em minha pele e só paro de correr quando eu já estava longe o suficiente para não conseguir mais ver o colégio.

Paro no meio da calçada, para respirar e chorar, olho em volta e tenho o desprazer em ver Kalel vindo atrás de mim.

—Você sabe na merda em que você se meteu, Amber?

Ele se aproximando

—E O QUE VOCÊ TEM HAVER COM ISSO? PORRA.

Grito em direção à ele, que não recua.

—Eu estava tentando resolver as coisas para seu lado, caralho Amber, consegui suspender ele de três jogos e ficar nas aulas extras, agora você sabe o que vai acontecer com você?

Ele diz, mas eu recuo e me viro na direção contrária da dele, na intenção de deixá-lo, mas ele me puxa na direção dele novamente.

—Você vai ser expulsa Amber, você não tem noção?

Ele diz e logo em seguida passa as mãos no rosto.

—Estou pouco me importando.

Sou diretas mas palavras, secando as lágrimas que caiam de pura raiva.

—Você pode por um segundo, pensar em alguém além de você mesma? E seus tutores, como fica? E se Maxuel querer depor por agressão na delegacia? Pensa Amber, pensa no amanhã, pensa nas pessoas que se importam com você, e não só em você.

Ele diz

—Que direito você acha que tem pra me julgar, senhor perfeitinho?

Falo e ele suspira passando as mãos no rosto.

—Não estou te julgando Amber, estou te aconselhando, eu sei que você é mais que isso.

Ele diz e eu rio de maneira debochada

—Você nem ao menos me conhece.

Disparo as palavras e ele me olha de maneira séria.

—Sei mais que qualquer um naquela escola, posso não conhecer mais profundo, mas acredito seriamente em você e eu te levo pra casa.

Ele diz estendo a mão pra mim e eu apenas a encaro.

—Eu sei o caminho.

Então o deixo parado lá sozinho, pensando que mais uma vez ele iria trás de mim, mas ele não faz como o esperado, ele não vem atrás de mim, fica apenas lá parado observando-me enquanto em afasto.

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