Amber Katharine
Após o meu pequeno surto, me indicaram um especialista, mas neguei porque o que eu escutei do doutor, foi que seria bom eu procurar um caso acontecesse mais vezes, em casos isolados não era necessário.
Bom, acho que eu nunca senti tanto medo como ontem, medo de morrer, a três anos atrás era o que eu mais queria, mas agora que pareceu está tão perto, não foi agradável.
Ouço a escada do sótão sendo puxada, não faço questão de olhar, já que agora querem até trazer comida aqui em cima depois do ocorrido, como se eu realmente estivesse doente e incapaz de descer para comer junto com eles.
—Essa era sua família?
Levo um susto com a voz atrás de mim, viro-me rapidamente para vê-lo, totalmente surpresa com Kalel, mais uma vez aqui no meu quarto.
—O que você está fazendo aqui?
Falo, observando o porta retrato nas mãos dele e volto a minha atenção para o rosto dele, que me olhava de maneira estranha, com um sorriso no rosto.
Ele deixa o porta-retrato de lado e me entregando uma sacola que eu ainda não tinha visto com ele.
—O que é isso?
Pergunto antes de pegar a sacola
—DVDs, doces e batatas.
Ele diz e eu abro a sacola para conferir, e de fato era, encaro ele ainda sem entender o por que disso.
—O filme que lançou ontem, era um filme de luta, odeio filme de luta.
Ele diz sorrindo, ele achou mesmo que eu ia ao cinema com ele?
—Obrigada, pode ir agora.
Falo com a sacola na mão.
—Nem pensar, comprei vários filmes pra gente ver, não posso ir embora sem assistir ao menos um.
Ele diz indo em direção à minha cama, eu o olho indignada, o que faz ele da uma leve risada, na qual causou uma enorme vontade de xingar essa rosto bonito.
—Escolhe um e leva embora, aí você vê na sua cama, no seu quarto, na sua casa.
Falo e ele revira os olhos,
—Eu falei "Pra gente ver".
Ele diz, se jogando na cama de maneira folgada.
—Quanto mais rápido você aceitar, mas rápido irei embora e se você se fazer de difícil mais uma vez, eu darei um jeito de sair daqui só a noite, acredite, seus tutores me amam.
Ele diz de maneira convencida, caminho com a sacola até a minha cama, me sentando afastada dele.
—Pega o notebook.
Falo, já que o notebook estava ao lado dele e assim ele faz, mas agora ele se acomodou do meu lado, muito mais perto.
—Sério isso?

VOCÊ ESTÁ LENDO
Rasos
CasualeSe soubessem o que eu sei, se a conhecem como eu a conheço, não seriam tão cruéis com algo tão singelo. Amber não ligava, se forçava a não sentir mais nada, Amber se quebrava a cada dia e eu, eu vou implorar para que ela não se afogue nisso, se afo...