Vinte e um

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FlashBack

—Você sabe o que fazer se fizeram alguma coisa com você, não é?

Margarida diz enquanto segura minhas mãos, balanço a cabeça em um movimento positivo, mas estou é ansiosa pra descobri quem vai cuidar de mim agora.

Ela acente e me leva até a porta, tocando rapidamente a campainha. Não demorou muito para que alguém a abrisse.

A mulher nos olhava com um um semblante feliz, me fazendo achar que essa vai ser diferente.

♾♾♾

Não foi, eles pareciam feliz em festas e quando saíam, não demorou muito para que eu percebesse a mentira, hoje é o meu aniversário de 15 anos, acho que nem ao menos lembraram.

Sento junto a eles na mesa de jantar, esperando alguma surpresa, que não aconteceu, falavam alegremente sobre as notas do filho idiotas dele, ele tem 18 anos, não tem a capacidade de fazer os próprios trabalhos e paga para que os outros fizessem pra ele.

— Você pensa em fazer alguma faculdade?

O filho deles, Dilton perguntou e de longe eu pude ver a maldade de suas palavras.

—Não.

Minto para ver no que ia dar, para saber suas intenções, ouço a risada baixa de Sarah, mãe dele.

—Já imaginei.

Ele diz com um sorriso nos lábios e eu reviro os olhos e continuo comendo aquela comida com gosto de comida de bebê.

Assim que termino, Eu subo para o quarto que era da filha mais velha deles, que está na faculdade, mas quando volta pra vê-los , o sofá é meu quarto e é óbvio que meu aniversário não foi lembrado.

Acabo adormecendo em meio às lágrimas com lembranças do meu aniversário de 13 anos, o último que tive com minha família.

acabo acordando assustada quando sinto mãos em mim, emburro seja lá quem for da minha frente, com tanta força que eu caio da cama pelo impulso dos meus próprios braços.

—VOCÊ FICOU DOIDO PORRA?!

Grito, me levantando mais rápido do que cai.

Dilton me olha assustado por um momento, mas o sorriso maldoso que ele sempre tinha apareceu.

—Sai daqui.

Falo apontando para a porta, assustada pelo ocorrido, mas estou é com mais raiva por esse idiota ter tocado em mim, ainda mais enquanto eu dormia.

—Ou o que?

Ele diz, passando pela cama, parando na minha frente. Isso fez eu dar varios passos para trás, eu praticamente estava escorada na parede pela falta de espaço que o quarto tinha, mas ele continua se aproximando como se fosse indestrutível, mas eu sei que não é.

—Vamos ver se você é boa como eu imagino.

Ele diz, eu olho em volta em busca de algo para eu me defender, mas ele foi mais rápido que eu, puxando meus cabelos para trás.

Me impedindo de correr ou pegar algo, com um sorriso nos lábios e sem desviar, ele leva uma mas mãos até um dos meus seios, o apertando com tanta força que eu não pude segurar o gemido de dor.

Eu quero gritar, mas não conseguia, eu só conseguia olhar nos olhos dele, minha visão estava sendo borrada pelas lágrimas que queriam cair, mas a raiva que estava em mim é maior do que qualquer coisa.

Ainda puxando meus cabelos ele coloca seus lábios contra os meus, com força e eu contribuo o beijo, com vontade de vomitar da boca dele, mas então eu o mordo com força, força bastante para que imediatamente o gosto metálico de sangue brotasse em minha boca. Ele se afasta rapidamente com uma das mãos no próprios lábios.

—Sua filha da put....- Não dou tempo pra ele terminar de falar e soco o rosto dele, que cambaleia para trás, mas me olha possesso, andando atrás de mim, corro para o outro lado do quarto e pego meu celular, o mesmo que eu usei para bater no rosto dele até ele ficar apagado no chão.

—Babaca.

Falo antes de pegar meu celular novamente, agora para ligar para Margarida.

Falo antes de pegar meu celular novamente, agora para ligar para Margarida

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—COMO ASSIM ELA NÃO VAI SER PRESA?

Sarah Gritou assim que me viu sair do escritório do delegado.

—SUA VAGABUNDA.

Ela diz, avançado na minha direção, porém foi impedida por uns dos polícias que estavam ali.

Margarida me leva até um carro e eu encosto minha cabeça no vidro do carro, cansada disso tudo, cansada das pessoas, cansada dessa vida.

Rasos Onde histórias criam vida. Descubra agora