Se soubessem o que eu sei, se a conhecem como eu a conheço, não seriam tão cruéis com algo tão singelo.
Amber não ligava, se forçava a não sentir mais nada, Amber se quebrava a cada dia e eu, eu vou implorar para que ela não se afogue nisso, se afo...
Se eu dissesse pra qualquer um que conheço Liam há 10 anos ninguém acreditaria, no momento nem eu, meu amigo está chorando na minha frente com uma garrafa de vodca na mão.
Amber olha pra mim sem entender nada e eu olho pra Liam, em busca de alguma explicação.
—Liam, Sério que você está chorando porque beijei ela? Você sabe que se rolar alguma coisa você vai saber, mas primeiro precisa acontecer pra eu contar.
Falo, tentando dar uma explicação a ele, para ver se a situação melhorava, mas piorou foi tudo, ele caminha até mim, dando a garrafa para Amber que observava tudo sem entender nada, mas ela pega a garrafa e ele me abraça em um abraço desengonçando.
—Porra cara, eu não estou pronto pra isso, eu só tenho 18 anos, não sei nem o que quero fazer da minha vida.
Ele diz, de maneira arrastada, claramente bebado.
—Mas cara, foi só um beijo.
Falo, mesmo sem entender, tentando consolar meu amigo.
—Ele é gay?
Amber pergunta, mesmo sabendo que não, eu o pergunto, vai que é e ele não confiou em mim.
—Você é gay?
Pergunto a Liam, que ainda estava abraçado a mim, está mais para pendurado do que abraçado, enquanto chora, soluçando.
—Eu adoraria ser gay, mas acho que agora é tarde demais, está feito.
Ele diz e eu o afasto, tentando pensar que merda ele poderia ter feito.
—Que merda você fez, Liam?
Pergunto, preocupado, pôs sei o quão idiota meu amigo pode ser as vezes.
—Ela tá grávida cara, Eu vou ser pai, que inferno de dia que resolvi conhecer ela.
Ele diz pegando a garrafa da mão da Amber e levando até a boca, mas eu tiro a garrafa da mão dele, tentando processar tudo.
—O que? Ela quem? Você está mesmo falando sério?
Ele lança a cabeça, confirmando tudo.
—Puta que pariu.
Amber fala ao meu lado, tão surpresa quando eu.
—Me tira daqui cara, a música está horrível e triste.
Ele diz, tentando pegar a garrafa da minha mão, mas eu não permito.
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Deixo Amber em casa, como prometi ao senhor Leon, deixei Liam no carro, e fui com ela até a porta.
—Bom, obrigada por me levar a festa, apesar de ter que ir embora cedo, eu gostei.
Ela diz, de maneira constrangida, como se não soubesse direito o que falar, eu sorrio por perceber isso.
—Tudo bem, bom, amanhã temos aulas, então não é tão ruim assim vir cedo.
Falo, paramos em frente a porta da casa dela.
—Então é isso, até amanhã?!
Ela diz desconfortável.
—Até amanhã.
Falo, ainda com um sorriso no rosto, eu, Kalel James, deixei Amber constrangida.
—Okay.
Ela diz, mexendo nos bolsos, provavelmente procurando as chaves.
Sorrio mais ainda por deixar ela sem jeito ao ponto de não saber o que fazer, me aproximando, colo nossos lábios e dou um beijo leve e curto bem ali.
Me afasto, vendo as bochechas dela levemente coradas.
—Dorme bem.
Falo, me afastando sem tirar os olhos dela.
—Igualmente e boa sorte com seu amigo.
Ela diz antes de entrar, me deixando sozinho enquanto encaro a porta na qual ela entrou, por alguns segundos.
Balanço a cabeça negativamente e vou para o carro, observo Liam olhando para a janela, totalmente pensativo.
—Nem me pergunte quem é, era só um lance, só estávamos saindo às vezes e a merda aconteceu, ela falou pra não contar pra ninguém pois ainda não sabe o que vai fazer.
Ele diz, com as mãos no rosto.
—Você usou camisinha cara?
Pergunto, ainda sem acreditar.
—Claro, você sabe muito bem minha opinião quanto a isso, mas acho que sou um entre os 3% que ela falha, um filha da puta muito sortudo.
Ele diz e logo bufa alto.
—Você tá ferrado cara.
É a única coisa que falo, antes de dirigir até minha casa.
