Kalel James (+14)
Ela gemia a cada movimento meu, toda vez que eu beijava o rosto dela, ela se inclinava para mais, como se nunca tivesse recebido isso, ela chama meu nome, pedindo mais e mais, e dou mais e mais, dou tudo de mim para satisfazê-la.
Minhas mãos passam por todo o corpo dela, pela cicatriz, por tudo, ela chorou e eu sem entender nada, parei, ela falou que não era para parar e eu fiz isso, com carinho, ouvindo cada respiração dela, cada gemido contra minha boca, ela estava entregue a mim e eu a ela.
Até que ela tremeu debaixo de mim e eu cheguei ao meu limite quase junto à ela, ela não falou nada, apenas me puxou e me abraçou, chorando enquanto sua cabeça estava encaixada no espaço do meu pescoço.
Eu a abracei enquanto ela chorava, eu não entendia o porquê, mas eu estava derretendo toda vez que ouvia ela soluçar, quando eu sentia as lágrimas dela escorrer por mim, ela estava sofrendo.
—Isso foi tão bom, eu nunca recebi algo tão bom assim, nunca foi assim.
Ela diz enquanto me abraçava com mais força.
—Nunca foi assim, nossa.
ela continua falando, ainda abraçada a mim.
—Eu me senti...
Ela fala, mas antes que ela termine eu a interrompo.
—Amada, você se sentiu amada, por que eu amei você hoje e até quando você permitir.
Falo beijando o ombro dela, sentindo ela estremecer de baixo de mim.
—E se você deixar, você se sentirá amada sempre.
Ela explorava toda a casa, enquanto eu a observava passar de um lado para o outro com um saco de salgadinho em uma mão e na outra uma garrafa de vodca, eu ria pra cada descoberta que ela achava na casa.
—Não sei por que ele tem tanto quarto.
Ela diz, se jogando ao meu lado no sofá, sem disfarçar o olhar malicioso em direção ao meu peito nu, já que ela acabou molhando a roupa dela, então minha blusa estava com ela, tampando o necessário.
—São que horas?
Ela pergunta tombando a cabeça para trás, apoiando a cabeça no sofá e me encara.
Olho para o relógio que ficava na parede e me surpreendo com a hora.
—São três horas da manhã.
Falo e volto minha atenção pra ela, que agora estava com os olhos fechadas e com as pernas encolhidas perto do corpo.
—Espero que a Dona Leila não me mate, seria uma grande lástima.
Ela diz sonolenta ainda com os olhos fechados.
—Eu ligo pra eles.
Falo e a puxo para cima de mim e deito junto a ela no sofá. Ela se aconchega no meu peito enquanto passo minha mão carinhosamente pelos seus cabelos, esperando ela adormecer em cima de mim.
Não demorou para que seu corpo ficasse totalmente relaxado em cima do meu, me levando tentando ao máximo não acorda-la e a acomodo no sofá de maneira confortável.
Pego meu celular e vou para a cozinha, ligo para o telefone da casa dela e logo é atendido pela voz sonolenta e preocupada do senhor Leon, que ficou feliz em sabe que ela estava comigo e voltaria amanhã.
Sorrio, olhando para ela enquanto ela dorme de maneira profunda, ela com certeza foi a melhor coisa que me aconteceu depois, depois da morte do meu pai, não sobrou muitas coisas boas para por na lista.
Caminho até a área da piscina e pego as roupas dela que estavam no chão e coloco na secadora.
Antes de retornar à sala, eu tomo um banho e visto uma roupa do Alec, o dono da casa. As roupas cabiam perfeitamente em mim.
Arrumo o quarto de hóspedes e desço para levá-la para o quarto, graças a sua leveza, não deu muito trabalho.
Em poucos minutos eu já estava ao lado dela, cobrindo nós dois em uma única coberta.
A abraço por trás, mas ela se vira, ficando com o rosto próximo ao meu.
—Obrigada.
Ela diz, sem abrir os olhos e se aconchega em meus braços e eu beijo o topo da cabeça dela, feliz por esta ali, feliz por ter feito ela bem.
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Rasos
De TodoSe soubessem o que eu sei, se a conhecem como eu a conheço, não seriam tão cruéis com algo tão singelo. Amber não ligava, se forçava a não sentir mais nada, Amber se quebrava a cada dia e eu, eu vou implorar para que ela não se afogue nisso, se afo...