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  Havia passado uma semana desde que Blake e eu matamos aula. E eu estava de castigo, sem celular por tempo indeterminado.

Estava na terceira aula do dia, cuja matéria era álgebra. Tentei raciocinar o que o professor explicava, mas falhei miseravelmente.

  — Ei, Joey — o chamei baixo e o mesmo se virou para mim. — Está entendendo?

  Ele negou com a cabeça e fiquei minimamente aliviada, já que não era só a mim.
  Um papel amassado foi jogado em minha mesa. O abri e o mesmo dizia:

"Vou matar aula. Quer ir?"

  Olhei para trás e procurei o dono do bilhete, mesmo sendo óbvio. Blake.
  Ele arqueou uma das sobrancelhas como se esperasse a resposta. Neguei com a cabeça e o gesto fez com que ele revirasse os olhos.

Blake arrancou outro pedaço de papel, escreveu algo e o jogou na minha mesa.

"Para de ser chata."

"Ao contrário de você, quero estudar. Aliás, está me desconcentrando."

  Joguei de volta e ele riu.
  Não era totalmente verdade.

  — Senhorita Dallas, que tal fazer a próxima conta? — O professor falou de braços cruzados e senti minhas mãos gelarem.

  Eu não havia entendido nada. Nada.
  Neguei com a cabeça e o professor riu, sem humor.

  — Não foi uma pergunta — grosso.

  Me levantei e fui até a lousa, pegando a caneta com o professor. Olhei para a conta e quase senti meu cérebro gritar.
  Como eu faria aquilo?

  — Professor, eu não entendi. Pode explicar de novo? — Ouvi a voz do Joey e suspirei aliviada.

  — Vá se sentar, senhorita Dallas. Espero que dá próxima vez preste atenção — o professor falou e assenti.

  — Claro — me virei para voltar ao meu lugar.

  Murmurei um "obrigado" para o Joey, mesmo sabendo que isso não passaria em branco depois.

  O professor explicou de novo e dessa vez, com muito esforço, entendi.
  Minutos depois, enquanto fazíamos algumas atividades, o sinal do intervalo soou.
  Peguei meus livros e saí da sala, junto com Joey.

  — Essa foi por pouco. Mais não vai passar em branco, me deve uma — ele falou e assenti. - Vou guardar minhas coisas no meu armário. Nos encontramos no refeitório.

  Joey falou já se afastando e concordei, indo em direção ao meu armário. Guardei minhas coisas e voltei a andar, quando chamaram por mim. Me virei e encontrei Sean... Acho que era Sean o seu nome.

  — Ah, oi — falei e o mesmo sorriu.

  — Oi. Se lembra de mim? — Ele perguntou franzindo o cenho.

  Havíamos nos conhecido na festa de início das aulas, na casa do Sammy. Conversamos pouco.

  — Claro. Seu nome é... — que seja Sean, por favor. — Sean.

  Minha voz deu a entender que era uma pergunta. Droga. Ele me observou por um tempo e cogitei a ideia de esse não ser seu nome.

  — Isso mesmo — Sean disse por fim, sorrindo. — Bom... Não sei se ficou sabendo mas sábado é aniversário do Mark, ele tem aula de história com você.

  — Acho que sei quem é — falei me lembrando vagamente sobre ter ouvido esse nome na chamada.

  — Então, como eu disse, é aniversário dele e ele vai dar uma festa. Quer ir comigo? — direto ao ponto.

Perfectly WrongOnde histórias criam vida. Descubra agora