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  A festa de início do ano era algo anual, feito pelos alunos. Esse ano, Harvey Cantwell daria a festa.
  Confesso que eu não estava cem por cento confortável em ir, mas seria uma ótima oportunidade para me divertir com meus amigos.
  Já estava prestes a sair de casa quando meu celular tocou. Era Loren.

  — Loren? — Disse ao atender.

  — Oi Samela parecia estressada. — Já saiu de casa?

  — Estava saindo agora — me despedi de minha mãe e fui até o carro.

  — Pode passar na minha casa? — Indagou. — Harvey não pode sair de lá e eu iria com Blake, mas ele está insuportável.

  Loren enfatizou "insuportável", provavelmente seu irmão estava por perto.

  — É claro. Já estou saindo de casa — respondi.

  — Muito obrigada, amiga! Agradeceu, parecendo aliviada. — Até mais.

  — Atéencerrei a ligação, ligando o carro logo em seguida.

  O caminho até a casa de Loren não era muito demorado e em poucos minutos eu já a esperava do lado de fora de sua casa.
  Ela saiu de casa e entrou em meu carro.

  — Oi — ela se sentou ao meu lado. — Obrigada de novo.

  — Tudo bem — sorri.

  Loren, como sempre, estava muito bonita. Usava um vestido branco, justo, tênis e seu cabelo estava solto.
  Eu usava calça jeans mom e uma blusa preta justa, de gola alta e tênis. Meu cabelo estava bonito, com cachos definidos e solto.

  — Blake está a cada dia mais chato — revirou os olhos.

  — Vocês brigaram? — Indaguei, mesmo que fosse um tanto óbvio.

  — Como sempre — ela concordou.

  Imagino o quanto Blake deve ter a irritado, já que Loren é quase sempre uma pessoa calma. A capacidade dele de tirar alguém do sério é grande.

  — Hãn... Sam? — Loren chamou. — Pode ser que no meio da discussão eu tenha dito que você estava saindo com um cara de Londres.

  — Por que? — Indaguei, franzindo o cenho. — Acho que nem estávamos saindo, de verdade, foi só uma vez.

  — Porque eu queria o irritar. Desculpa, sei que você não tem nada a ver com a nossa briga — ela disse.

  — Não tem problema — respondi. — Só não acho que tenha funciona, certo?

  Blake não se importava se eu estava com outro cara. Nunca estivemos juntos.
  Talvez aquilo só ferisse o seu ego.
  Eu havia acreditado que ele poderia gostar de mim quando disse, mas depois de mais de dois meses, se sentia a menor coisa que fosse, já não existia mais.
  Não foi nada mais que uma aposta, onde quer ele perdesse ou não, eu poderia sair mal.

  — Acho que ele sentia algo por você — Loren disse, me olhando de soslaio. Neguei com a cabeça. — Mas e aí, o garoto de Londres?

  — Nos conhecemos em uma festa, dei meu número a ele e então ele me mandou mensagem. Conversamos o dia todo hoje. Ele é legal — eu disse e pude ver o sorriso no rosto de Loren. — E na real, ele nem é de Londres, é daqui. Só estava passando um tempo com amigos.

  — Será que vai dar certo? Está mais perto aqui — disse, animada.

  — Não sei. Aliás, nem sei se quero que dê certo — disse, refletindo por um momento. — É o meu último ano na escola, quero apenas me preocupar em passar de ano com notas boas e me divertir com meus amigos.

Perfectly WrongOnde histórias criam vida. Descubra agora