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  Eu não havia ido a escola, já que não suportaria olhar para Blake ou até mesmo ver a escola toda olhando pra mim, considera do que provavelmente todos sabiam o que havia acontecido.

  Eu ainda sentia raiva e humilhação. E é claro, uma vontade enorme de socar a cara de Blake.
  Ele dizer que tinha sentimentos por mim, realmente não mudava nada. Só havia me dado uma dor de cabeça enorme.

  Faltavam duas semanas para as férias e eu já havia decidido e conversado com os meu pais, então passaria as férias em Londres. Talvez não todos os três meses, mas boa parte.

  No final do dia, eu estava livre daquela dor de cabeça. Tomei um banho longo e relaxante e voltei a colocar meu pijama.
  Havia sido difícil explicar aos meus amigos que eu estava bem e que aquilo não havia me atingido em nada, além de sentir raiva e algumas outras coisas que já haviam passado.
  Eles haviam dito que Blake foi perguntar por mim e todos o ignoraram. Até Loren não falava com ele.
  Loren se desculpou várias vezes, jurando que não sabia de nada e também foi difícil a fazer entender que eu não culpava ela em nada e acreditava no que dizia.
  Mas, no final, ficou tudo bem.

[...]

  — Tchau mãe!

  Gritei quando ouvi a buzina do carro de Joey. Saí de casa e fui para o seu carro. Cameron iria ao médico justo hoje. E eu não queria entrar sozinha na escola.

  — Bom dia! — Falei, tentando soar animada.

  Joey apenas me olhou com a sobrancelha arqueada.

  — Você está bem? Desde quando tem essa animação às sete da manhã? — Perguntou.

  — Não seja estraga prazeres, Matthew — revirei os olhos e Joey resmungou sobre o nome do meio. — Como foi a aula ontem?

  — Ruim. Como sempre — deu de ombros.

  O que eu realmente queria saber era se alguém iria me notar e falar sobre o que aconteceu. Mas não perguntaria assim.

  — O que vai fazer nas férias? — Perguntou.

  — Vou passar as férias em Londres. Eu não disse antes? — Indaguei.

  — Não tinha falado. Vai me trocar por seus amigos antigos — Joey dramatizou. — Mas tudo bem, eu entendo, eles vieram primeiro.

  — Para de drama, é claro que não — Falei, empurrando seu ombro. — Acho que agora que você entrou na minha vida, não pode mais sair, droga.

  — Eu sei que você me ama — Joey falou, parando o carro no estacionamento da escola.

  — Eca, não! — Zombei, saindo do carro.

  — Vou fingir que acredito — ele deu a volta no carro e parou ao meu lado.

  Eu não havia comentado nada sobre não querer entrar sozinha, mas de algum jeito, eu achava que Joey sabia.
  Não dei importância para o que havia acontecido. Eu só precisava esquecer.
  Mas foi difícil não pensar quando todos cochichavam ao olhar pra mim.

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xoxo, gabs


Perfectly WrongOnde histórias criam vida. Descubra agora