Perfectly Wrong

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  BRYCE E eu havíamos conversado por mensagem e nos resolvemos. Mas do mesmo jeito, ele havia me evitado no dia seguinte a festa e hoje. Ele estava bêbado quando foi a festa. Eu não disse nada por não querer ser chata, mas isso me incomodava. Talvez eu estivesse sendo chata por me incomodar com isso. Eu havia repassado nossa conversa em minha mente e nenhuma das vezes fez isso ter algum sentido.
 

  E ao que parece ele não se importa com isso, já que nem mesmo recebi um pedido de desculpas.

  Era segunda, eu estava prestes a sair de casa para ir até a escola. Me despedi da minha mãe, indo até o carro onde no meio do caminho, me lembrei de que minha mãe iria me dizer algo, três dias atrás. Todas as vezes em que estávamos juntas, eu esquecia de perguntar sobre o que era.
 

Teria que fazer isso depois.

 
  — Como vão as coisas com Bryce? — Joey perguntou enquanto íamos para a primeira aula. Eu havia contado a ele o ocorrido.

  — Conversamos, e achei que estava tudo bem. Mas ele tem me evitado. — Fomos para os nossos lugares de sempre. — Pelo o que eu te disse, eu não estava errada, não é?

  Joey me olhou com tédio enquanto arrumavamos nosso livros.
  Nossa amizade não era a mesma, mas ele fora a única pessoa a quem procurei para conversar sobre Bryce. Acho que não precisavamos estar juntos o tempo todo, mas ainda assim íamos nos apoiar e ajudar um ao outro.
   Ele ainda enrolava para pedir Lexi em namoro.

  — É claro que não, Sam. Ele foi um idiota, procurou por uma discussão sem motivo algum. E estava bêbado — ele revirou os olhos. — Qual é a sua com garotos babacas?

  Joey falou brincando, pude ver pelo seu sorriso, mas no fundo, era uma pergunta real.

  — Bryce não é babaca, ele só... — Tentei procurar por alguma justificativa. — Eu não sei o que aconteceu, ok? Mas ele não é um babaca. Só estava bêbado.

  — Se está dizendo — deu de ombros. — Ainda assim não vou com a cara dele.

  — Não precisa, você tem a sua. — Uma piada idiota, eu sabia. Mas pelo o menos tirou um sorriso de Joey.

  — Você é uma criança — falou, mesmo enquanto sorria.

  — E você é outra — falei, fazendo uma careta para o garoto.

  Joey iria gostar dele, só precisavam se conhecer melhor. E então veria que Bryce era uma pessoa legal.
  Eu achava.

  [...]

  Na aula de educação física, consegui sair de lá por um momento e ir até a biblioteca. Matar aula era errado e eu era contra isso, na maioria das vezes. Mas hoje... Hoje fora uma exceção.

  A bibliotecária não se importou em perguntar se eu estava em horário de aula ou se era uma aula livre, então apenas passei por ela e fui até os livros.
  Não procurava por nada em especial, apenas gostava de ver os livros.
  Andei por entre as prateleiras por alguns minutos antes de ouvir por meu nome.

  — Ver você matando aula me enche de orgulho, sabia? — a voz de Blake soou atrás de mim.

  Resisti a vontade de me virar e o encarar, a concentração ainda nos livros.