27. Odiar é uma palavra muito forte

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Voltamos a pé para a minha casa, ou melhor, eu voltei sendo quase que carregada pelo Felipe.

Minhas pernas pareciam feitas de gelatina e o meu mundo estava girando.

Quando estávamos chegando na porta da minha casa, Felipe me ofereceu um halls, por mais que ainda tivesse resquícios de náusea no meu corpo eu aceitei de bom grado.

Então quando avistamos a porta Felipe me olhou e disse:

- Encomenda entregue com sucesso?
- Está me comparando a uma carta?
- Estou te comparando a aquela encomenda que a gente faz pela internet e fica ansiando para chegar...

Não sabia o que falar, então fiquei apenas quieta. Então Felipe resolveu cortar o silêncio perturbador me perguntando:

- Lembra de quando a gente ficou?
- Na festa de quinze anos?

Eu fiz que sim com a cabeça.

- Eu sempre quis relembrar, foi bom demais, nós dois juntinhos...
- Eu achei que você me odiasse... Depois de toda a confusão
- Odiar é uma palavra muito forte...

Revirei os olhos. Ele quase se matou por minha causa e vem me dizer que "odiar era uma palavra muito forte". Patético o rumo que aquela conversa estava tomando, para dizer o mínimo...

- Ah tá... Eu quase destruí sua família e você vem dizer que patético é o mínimo? Conta outra...
- Deixa o passado no passado, Ana... Vamos focar no presente.

Aquela conversa estava totalmente sem sentido, mas eu não queria acabar com tudo porque estava gostando da mão dele na minha cintura.

- Eu quero muito te dar uma coisa, mas não quero que fique brava...
- O que você quer me dar?
- Só fica parada...

Nem se eu quisesse eu poderia me mexer, o encarei e, então ele se aproximou, colocou o meu cabelo atrás da orelha, me fez um carinho na bochecha, me encarou e então nossos lábios se tocaram.

Eu não me lembrava do nosso beijo ter um encaixe tão perfeito, era como nos contos de fadas que a gente lê por aí.

Comecei a enroscar meus dedos no cabelo da nuca dele e só queria trazê-lo mais para perto de mim.

Eu não achei que estivesse precisando tanto assim de um carinho, talvez fosse a embriaguez falando mais alto.

Não sei quanto tempo o nosso beijo durou, só sei que quando nossas bocas se desgrudaram aquele clima de constrangimento não pairou no ar.

Ficamos nos encarando em silêncio por alguns momentos. Então ele sussurrou no meu ouvido:

- Eu ansiava por isso desde que cheguei na capital.

Olhei para os seus olhos, eles eram castanhos esverdeados. Olhei para a sua boca carnuda e então perguntei:

- Quer entrar?
- Hoje não, eu quero que você lembre de cada detalhe assim como eu vou lembrar desse beijo para sempre.

Então abriu a porta do meu apartamento, me ajudou a largar minhas coisas no aparador e me colocou no sofá onde eu apaguei, colocando um fim à noite mais louca da minha vida.

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Vocês estão gostando da história? Eu estou amando. Finalmente os pombinhos tiveram o seu primeiro beijo...

Eu espero de coração que o meu ex nunca leia esse livro na vida dele porque o Felipe tem muito dele e o nosso primeiro beijo foi mais ou menos desse jeito.

É isso

Até o próximo capítulo

Até o próximo capítulo

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Proibido para mim - Livro 06 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora