CAPÍTULO 49° - Os olhos sem vida (últi's cap)

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BOA LEITURA!!!

	Dois guardas me levam para o salão em que ele está

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Dois guardas me levam para o salão em que ele está. Cada um, em cada lado mantendo atenção em meu andar, mesmo que não olhem diretamente para meus pés. Não os julgo, pois, não fazem nada do que eu já não fiz. Acontece quando temos que escoltar uma pessoa não confiável. Cá para nós; se eu fosse eles, não confiaria mesmo em mim.

Enfim, dias atrás, com ajuda das irmãs de sedas encontrei o Mont Korab, depois de pagar por serviços de outras bruxas — na quais já formam um coven —. São a minha proteção e minha maior arma.

Sinto-me confiante.

Observo com minudência o interior do lugar; por dentro é maior do que parecia ser quando olhei o castelo por de fora. Estilo medieval, a não ser pela luz elétrica, mesmo assim, toda a decoração é primitiva.

Depois de parar e esperar a permissão para entrar  — como se eu estivesse marcando uma rara audiência com a rainha da Inglaterra —. Sem gentileza sou empurrada como fosse uma prisioneira sendo levada para abate. Ao longe, no fundo do salão, vejo-o sentado em seu altar, minha mente por milésimos de segundos fantasia uma de minhas mãos dentro da cavidade torácica de Atila, esmagando o coração inútil lentamente, porém os milésimos se passam e minha sensatez faz-me voltar a realidade.

O primeiro vampiro sorrir assim que a distância entre a gente se torna menor. A felicidade falsa se estampa em sua face magra, mesmo assim, seus pequenos olhos me analisam minuciosamente. Pouco atrás dele, dois de seus filhos também me encaram; Rafael segura o cabo de sua espada, presa a cintura sem retirar os olhos de mim. Eu também o encaro, como fosse um desafio de quem é o último a piscar.

Eu poderia ficar nesse jogo pelo resto do dia se não fosse Atila me fazendo olha-lo. 

— Somos inimigos? — E a sua primeira pergunta.

A curiosidade em seu tom é patético.

— Recordo-me bem que lhe juramentei lealdade! — Respondo inexpressiva.

Atila ergue a sobrancelha desconfiado.

— Uma de minhas filhas matou seu irmão e sua lealdade continua? — Faz a segunda pergunta como tudo dependesse de minha resposta.

— Um Banne sempre cumpre a sua palavra! — Entestei.

Lhe ajuramentei lealdade, entretanto, antes jurei mata-lo; um Banne sempre cumpre a sua palavra!

— Humm! — Guturaliza me olhando dos pés a cabeça. — O que realmente veio fazer aqui, Rose Victoria? Lhe conheço pouco, mas sei que não vai esquecer a morte de seu irmão tão facilmente, muito menos deixará de lado.

Admito meneando a cabeça na positiva.

— Estou sendo verdadeira quando falo que minha lealdade ainda é sua. — Minto. — Porém, não estou aqui apenas por isso. — Dou um passo a frente vendo seus filhos puxarem suas espadas em minha direção. Sem me amedrontar continuo. — Para me ter do seu lado preciso que me der algo em troca.

Rose Victória - A Duplicata (Vol 2°)Onde histórias criam vida. Descubra agora