EPÍLOGO - Serpente Hipnotizada

308 35 35
                                    

BOA LEITURA!!!

	Respiro fundo ao fechar os olhos, me concentro para escutar os sons ao redor; pássaros assobiando e cantarolando, vento balançando as plantas, a correnteza do riacho mais a frente batendo nas pedras

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Respiro fundo ao fechar os olhos, me concentro para escutar os sons ao redor; pássaros assobiando e cantarolando, vento balançando as plantas, a correnteza do riacho mais a frente batendo nas pedras. Um esquilo em uma árvore e carros pela rodovia até o som do motores e pneus sumirem.

Com o tempo reabro os olhos notando a tranquilidade, embora o barulho natural da natureza. Uma paz relaxante e acolhedora. Sabia que esse lugar seria ótimo nos verões, para fugir das confusões das cidade grandes.

— Acordou mais cedo do que ontem! — Isaac chama a minha atenção.

Viro-me vendo-o parado na porta, sem camisa, a cicatriz da marca de Caim brilhar por conta do suor que desce pela garganta. Estico os lábios para um sorriso preguiçoso ao vê-lo juntar as sobrancelhas. Isaac joga as pontas do cabelo para trás quando cai sobre os olhos, deixando mais desgrenhados.

— O mesmo sonho? — Pergunta ao se aproximar, beija-me na testa e se senta no lugar vazio do balanço.

— Dessa vez foi mais logo… ainda era o mesmo campo aberto, o vento parecia mais real. Às três mulheres… eram… mais reais… como se eu pudesse toca-las. E às duas crianças ainda estavam lá… — Suspiram confusa. — Não sei porque esse sonho se revive desta maneira.

Nos últimos dois meses um sonho me perturba, não é um pesadelo, no entanto é um sonho que não me dar respostas. Sonho com três mulheres em um campo abeto, como fosse bosque, uma imensidão verde e calma. Elas são belas, incrivelmente bonitas. Toda vez fico surpresa pela aparência das três. Elas conversam comigo sem que eu escute uma palavra, além disso, surge duas crianças, uma menina e um menino que na primeira vez não conseguia diferenciar o que eram. Por último uma porta brilhante surge e sou obrigada a passar por ela, depois disso mais nada, acordo lembrando apenas dos fragmentos.

— O que pensa que significa? — Pergunta-me massageando minha nuca com as ponta dos dedos.

— Não sei… já fui em várias bruxas que pudessem me explicar e ninguém conseguiu.

— E as irmãs de seda?

— Elas não me permitiram entrar… não consigo falar com elas desde a última vez que barganhamos minha alma. Nem me explicaram porque ainda estou viva. Sumiram, assim, de uma hora para outra.

— Será que são elas que lhe mantém viva?

— Não sei… estava tudo certo para morrer depois de matar Atila. Não sei porque revivi. — Estralo a língua no lobato. — Ninguém consegue me explicar… se o sonho tiver ligação com minha ressuscitação? O que você acha?

Rose Victória - A Duplicata (Vol 2°)Onde histórias criam vida. Descubra agora