Draco estava diante da porta do quarto dos pais. Em sua face, uma expressão raivosa, que fazia seus pais perceberem que ele ouvira as duas últimas frases da conversa antes dele chegar.
-O que Ronald fez? Foi com a Hermione? Se ele machucá-la, eu o mato!
-Lúcio, eu acho que agora podemos contar a ele. Tudo.
-Concordo, Narcisa. Draco, entre e sente-se.
Ele obedeceu ao pai.
-Bom, filho... Como todos nós sabemos, você ficou três anos internado, em coma. Naquela época, Hermione e você ainda namoravam, algo que, de início, eu não aprovei muito. Mas o tempo foi passando, e eu percebi o quanto ela te amava, de verdade. Como ninguém, exceto sua mãe, jamais fora capaz de fazer. Nem mesmo eu. No primeiro ano de seu coma, ela, Harry e Ronald estavam fora da escola, buscando pelas horcruxes de Voldemort, afim de destruí-las e destruí-lo.
-Mesmo assim, Hermione era incapaz de te esquecer, indo, sempre que possível, te visitar. Ela também vivia carregando seu diário, que a fazia se sentir mais próxima de você. Assim foi por um ano, a guerra terminou, ela e Ronald começaram a namorar pois os medibruxos haviam nos informado que sua situação era muito difícil, podendo durar por mais dois, três, até quatro anos. Ronald sentia algo por ela, e ela resolveu dar-lhe uma chance, dizendo que, assim que você acordasse, eles terminariam.
-Oito meses se passaram, sem ela ir te visitar. Ela estava focada em concluir Hogwarts e com o namoro com Ronald ainda no início. Ela achava um tanto estranho, quando ia te visitar, ele nunca ia. Certo dia, eu resolvi conversar sério com ela, ela disse que te amava muito, mas que um possível amor por Rony estava se iniciando. Fui até os Weasley e resolvemos todas as nossas diferenças. Passamos a nos entender.
-Tempos depois, você começou a acordar, se mexia um pouco cada vez que ela lia seu diário.
-Até que, na véspera de você acordar, Rony a pediu em casamento. Fiquei sabendo por Gina que ela e Ronald brigaram pouco tempo antes dela aceitar, brigaram por sua causa.
-Por... Minha causa?
-Sim. Ronald disse a ela que era namorada dele, e que não importava com o que ela sentia por você, que você poderia não acordar daquele coma, nada mudaria o que ele sentia por ela. Ela ficou extremamente abalada, mas depois pensou que seria melhor aceitar o pedido dele. Ela disse sim e, no dia seguinte, você acordou e Ronald nos convidou para sermos padrinhos do casamento deles. O tempo passou. Hermione era acordada por Rony tendo pesadelos, gritando o seu nome. Até que, hoje, ele deu um basta. Ele ficou em Gales e ela...
-E... Onde ela está?
-Foi até Ottery St. Catchpole contar aos Weasley o que acontecera. Quando você passou o telefone para mim, era ela. Está desesperada...
-Eu vou atrás...
-Não! Ela agora já foi até a casa dos pais, onde ela e Ronald estavam.-mentiu ela. Hermione ainda estava na Toca, só ela sabia disso.
Eles ouviram um estranho barulho, mas não foram ver o que era.
Pouco depois que Hermione saiu do quarto, completamente bagunçado, Rony retornara.
-Mione, eu... Abre a porta, vai... Quero falar com você. Te pedir desculpa.
Do outro lado da porta, nada se ouvia. Por um momento, um pensamento súbito lhe passou pela cabeça. Ela não respondia. Será que havia se matado?
-Hermione?? Abre essa porta! Por favor...
Ele fechou os olhos e acabou aparatando para dentro do quarto. Levou um susto ao reparar o quão bagunçado estava, e pior: seu amor não estava em lugar algum. Onde ela foi parar?
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A vingança de Draco Malfoy
FanfictionO sexto ano começara tenso para Draco Malfoy. Ele havia se tornado um comensal da morte após a prisão de seu pai, fora incumbido de matar Dumbledore, mas algo, ou alguém, o faria enxergar as coisas de outra forma. Ele se apaixonara por Hermione Gra...