Conversas amorosas... Ou nem tanto!

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Na manhã seguinte, quando ia para o café da manhã, Draco encontrou Hermione conversando com Harry, Rony e Simas.

-Oi, Granger... Eu...

-Fala logo, Malfoy!-disse Harry.

-Calma, Harry. O que foi, Malfoy?

-Posso conversar com você? É sobre a monitoria.

-Ah, tá bem. Com licença, meninos.

Os dois viraram no primeiro corredor.

-"Coisa da monitoria"?

-Foi a primeira coisa que me veio à mente, e eu tinha que dizer algo que não fosse tão... Estranho.

-Verdade, mas o que você queria falar exatamente?

-Só te perguntar... Você não contou nada ao Potter, né?

-Claro que não! Pode ficar tranquilo, se depender de mim, o Harry nunca vai saber. E eu preciso te perguntar algo também.

-O quê?

-É sério aquilo que você me disse ontem? Sobre estar apaixonado por mim?

-Cada palavra.

-Mas... Porque eu? Você nunca gostou de mim, sempre me destratou, sempre que falava algo comigo, era só coisa ruim...

-Foi de repente, acredite. Meus pais nem sonham que eu me apaixonei por você. Escute... Será que dá pra você esquecer... Não tudo, é impossível, eu sei, mas pelo menos a parte ruim do que já passamos, e lembrar somente das partes boas?

-Esquecer de tudo então, você quer dizer, não é?

-É, eu sei. Nunca fui um garoto muito sociável, acho que você, Potter e Weasley sabem disso, mas... Você poderia me dar essa chance? De te mostrar que não sou esse monstro que você e todos os outros enxergam... Quero mostrar isto a você e ao mundo, mas sozinho... É impossível.

Draco agora chorava, algo que Hermione jamais imaginara ver, e o que aconteceu logo em seguida, ela jamais imaginara acontecer. Ela o beijou num impulso repentino, assustando Draco, que jamais esperava que ela, Hermione Granger, tomasse uma atitude como aquela. Logo nele, que, como ela mesma dissera, sempre a destratou.

-Puxa... Hermione, eu nunca esperava... Mas tenho que admitir, eu gostei. Você... Aceita namorar comigo?

-Aceito sim.

-Merlin, isto é muita loucura!

-Sim. Vai contar aos seus pais?

-Tenho certo receio, mas tenho que contar, eles saberão de qualquer forma... Principalmente o meu pai.

-Te entendo. Eu... Posso te perguntar uma coisa?

-Claro.

-É sobre os nascidos-trouxas... O que você tanto odeia neles... Em mim?

A pergunta pegou Draco de surpresa. Ele não sabia o que responder.

-Puxa... Me pegou de surpresa. Mas tudo bem. Sabe, não dá pra esconder que a minha vida sempre foi... Não consigo explicar. Eu sempre vivi à sombra do meu pai, sabe, tudo sempre teve que ser do jeito dele... Mas eu me cansei disso. Tenho que viver minha própria vida! Preciso descobrir quem eu sou. E mais uma coisa: eu me apaixonei por você na primeira vez em que te vi, bem ali, na escadaria que leva ao salão principal. Eu nunca te odiei de verdade. Mas, como sabemos, o sr. Lúcio Malfoy sempre me influenciou da pior maneira possível.

-Eu te compreendo.

Foi então que eles ouviram vozes.

-Ai, não! Harry e Rony! Estão vindo atrás de mim

-Hermione? Cadê você?-era Harry.

-Ai, não dá pra escapar! Já sei... Me beija quando eles estiverem se aproximando mais!

-Hein?

-Quando eles chegarem e te verem me beijando, vão querer te matar, então vou "brigar" com você, só de mentira, pra afastar eles. E... Agora!

Draco a beijou, bem na hora que Harry e Rony apareceram ali

-Hermione? Malfoy! Afaste-se dela!

-Harry! Ai, Malfoy, o que está fazendo? Ficou maluco? Menos cinco pontos para a Sonserina!-ela deu um tapa no rosto dele.- Harry, Rony, podem ir para lá, eu me entendo com ele aqui.

Os dois saíram dali.

-Ai, doeu...

-Desculpa, não era pra ter sido forte assim...

-Você sempre foi forte, não se lembra do soco?

-Você se lembra?

-Sim...

Os dois começaram a rir.

-Foi a partir daquele momento que percebi que sentia algo diferente por você, eu já gostava, só não tinha coragem de admitir... Até agora. Esperei demais pra te dizer isso...

-Eu sei, mas você não podia dizer com o seu pai solto por aí, pois ele poderia me matar, não é? Com ele preso, você tem liberdade para viver...

A sineta tocou.

-Vamos para a aula.

Eles se beijaram novamente e foram para a aula de adivinhação. A sala ainda estava fechada. Harry e Rony não paravam de olhar, emburrados, para Hermione, que não estava ligando para o que eles diziam sobre a terem visto beijando Malfoy.

Assim que a aula terminou, Draco e Hermione foram dos últimos a saírem da sala, foram ao salão comunal. Mas, na porta, estavam Harry e Rony.

-O que querem aqui?-perguntou Draco.

-Nosso papo ainda não é com você, Malfoy.

-Rony, não fala assim com ele!

-O quê? O que tá acontecendo? O que fez com ela, Malfoy?

-Eu? Se liga, Weasley, desde quando eu faria mal a uma colega de monitoria?

-Draco, entra, vai... Eu resolvo isso com eles.

-Tem certeza disso?

-Tenho, vai.

Draco deu um beijo em Hermione, deixando Harry e Rony espantados, e entrou salão adentro.

-Podemos falar em paz agora. Digam, o que querem?

-Isso foi a maior loucura que já vi! O Malfoy, Mione! Ele te beijou!

-Sei disso, Rony. É natural que dois namorados se beijem.

-Quê? Essa é a maior...

-Ja sei disso, Harry, mas não é para isto que estou ligando. O Malfoy e a Mione, a nossa Mione, namorando!! Desde quando?





-Olha, eu acho que não tenho que ficar aqui dizendo essas coisas a vocês, ok? Só o que precisam saber é que: Eu e Draco viramos amigos, sim. Afinal de contas, o que esperavam? Convivemos juntos todo o tempo, quando não é na aula, é aqui... Tivemos que aprender a conviver. E esse aprendizado se tornou nosso namoro. Bom, boa tarde pra vocês, mas tenho que entrar, com licença.

A vingança de Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora