O Extermínio - Contato

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JACOB

Praticamente corri até o rádio, meu coração batia tão rápido que eu sentia como se ele batesse contra as minhas costelas. Isso não é coisa da minha cabeça, não pode ser, eu não fui o único a ouvir... Era ela, tinha que ser! Alcancei o microfone do rádio o puxando com brutalidade até a minha boca.

— Nessie! É você? – nada, nem sequer estática saiu dos alto-falantes – Nessie! – mais uma vez sem resposta. Será que realmente imaginei isso? Não, não! O Edward também ouviu! – passei a mão no rosto sentido meu corpo tremer.

— Jake...

— Nessie!?

— Sou eu... Oi... – senti como se todo o ar tivesse sido sugado dos meus pulmões – Eu ouvi a sua mensagem...

— Onde você está? Como você está!? – perguntei quando novamente senti o ar em meus pulmões.

— Eu estou bem... Nós estamos bem... – pude dizer que ela sorria e chorava – Diz oi pro papai, filho...

— Oi – meu corpo voltou a tremer e eu me apoiei na mesa para conseguir chegar a cadeira mais próxima e me sentei – Mamãe, poque você tá choando?

— Por que eu estou feliz, meu amor...

— Aonde você está? Me diga eu vou mandar te buscar agora mesmo! – voltei a falar.

— Você deve ter coisas mais importantes acontecendo, não precisa se preocupar comigo...

— Como não me preocupar com você, Nessie pelo amor de Deus! Não existe nada mais importante do que vocês!

— Eu sei, não se preocupe OK... Nós estaremos aí com você em breve.

— Nessie...

— Nós te amamos muito... – a voz dela estava tão chorosa que meu peito se apertava e ficava difícil respirar.

— Nessie! – chamei-a, mas ela não respondeu mais. Respirei fundo cobrindo minha cabeça com as mãos.

— Jacob?! - alguém me chamou, mas eu não me dei ao trabalho de olhar.

— Me deixem à sós... - falei tão baixo que quando o silêncio sucedeu minhas palavras me perguntei se eles tinham me ouvido, mas ouvi um suspiro bem próximo a mim seguido de:

— Vamos dar um tempo a ele... - reconheci a voz da Leah, a sala se inundou com passo e após ficar tudo em silêncio outra vez levantei minha cabeça suspirando. Ela está viva e bem, e é isso que importa! E o Thomas... meu... filho... Voltei a pegar o microfone do rádio.

— Nessie... você pode me ouvir? - suspirei quando não obtive resposta – Se puder... por favor me responda... eu... eu senti tanto a sua falta... tive tanto medo que algo tivesse dado errado e você e o nosso filho estivessem mortos... Eu preciso escutar a sua voz mais um pouco... por favor...

— Eu estou aqui...

— Nessie! Onde você está? Tem noção do quão preocupado eu fiquei quando soube que o bairro em que você estava havia sido destruído! Eu quase não conseguia pensar em mais nada...

— Eu sabia que o lugar seria destruído... saí de lá um pouco antes das bombas começarem a explodir... logo depois que Thomas nasceu...

— Ele nasceu naquele dia... eu sinto muito não está com você nesse momento...

— Não sinta... eu sei que você estaria se pudesse...

— Me ir até você... por favor...

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