THOMAS
Eu tinha acabado de acordar, tomei meu banho e coloquei minha roupa: uma calça apertada com uma blusa branca e uma jaqueta do time da escola nova, que o diretor tinha me dado como boas-vindas. Ele queria muito minha presença no time porém, aquilo não ia rolar. Tinha certeza.
Desci as escadas de minha nova casa e me deparei com meus pais ocupados como sempre e sem demonstrar sentimentos. Sérios em sua conversa, olharam para mim e caminharam em minha direção.ㅡ Está pronto, Thomas? — Perguntou meu pai com aquele terno preto que o deixava com uma aparência formal.
ㅡ Estou...
ㅡ Thomas seja direto com seu objetivo, traga o garoto até nós e o instituto irá ensinar tudo para ele.
ㅡ Pai eu sei, não precisa ficar repetindo...
ㅡ Cale a boca! — Ele falou desta vez mais firme ㅡ Não aceitaremos fracassos como da última vez, sabe o que aconteceu com a alma dela, não é? — Fiquei em silêncio por uma fração de segundos.
ㅡ Foi comida pelos demônios e agora ela está morta! — Ele foi frio com suas palavras.
ㅡ Seu pai está certo filho, você foi um pouco descuidado da última vez e tem uma tendência a se apaixonar por seus protegidos. — Falou minha mãe um pouco mais carinhosa.
ㅡ Eu sei o que deve ser feito, não quero ninguém no meu pé.
Entrei em meu carro preto e fui em direção à escola. Tinha somente uma foto da pessoa que eu iria proteger, depois do que aconteceu com a outra protegida meus pais nunca mais me deixaram fazer o trabalho por completo, eles acham que sou insuficiente.
Saí do carro e peguei um papel que o diretor já havia me entregado antes das aulas começarem. Olhei para ele tentando me localizar na escola quando um rapaz louro se aproxima de mim.ㅡ Oi, tudo bem? — Ele me recepcionou calorosamente.
ㅡ Olá...
ㅡ Observei que você é novo e está perdido. Bom, como muitos dizem sou os olhos e ouvidos deste local, eu sou o supervisor dos alunos. Prazer, Dylan.
ㅡ Prazer, Thomas — Apertamos a mão um do outro, a minha estava quente e a dele fria
ㅡ Então Thomas, pelo que vejo em sua folha você só tem os números das suas salas, mas não tem o mapa. Eu tenho uma foto do mapa no celular, se quiser eu te envio.
ㅡ Claro, ficaria grato — Então Dylan retirou seu celular do bolso e, em sua tela de bloqueio continha a foto dele com outro rapaz e por pura coincidência o rapaz da foto era exatamente o mesmo da foto que eu tinha.
ㅡ Você... Conhece esse rapaz? — tentei ser discreto, mas falhei.
ㅡ Sim ele é meu... — Dylan evitou ao falar.
ㅡ Namorado? — Terminei sua frase quase excitando a completar.
ㅡ Não e sim... É complicado. A propósito, já mandei a foto, se precisar de mim é só procurar.
Dylan saiu e continuei meu caminho. Entrei na escola e me deparei com todos me olhando. Bom, meus pais deixaram um currículo interessante sobre mim. O cara jogador que pega todas as meninas, criaram um conta falsa nas redes sociais, postaram fotos minhas com várias garotas do instituto dando a perceber que eu seria um rapaz galanteador. Como se já não bastasse todas essas informações falsas e artificiais sobre mim, aquela não foi a novidade do dia. Eu tinha acabado de encontrar o garoto da foto, não sabia seu nome, porém já sabia que ele estava perto. Sentei ao seu lado e observei ele falar palavras lindas respondendo a pergunta do professor.
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Linhas Obscuras ( Em Breve Versão Física )
Teen Fictionㅡ Já sentiu como se você estivesse dentro de um saco de salgadinhos? ㅡ Claro! - Respondeu ele com uma expressão no rosto de alguém que acabou de responder uma pergunta idiota. ㅡ Eu me sinto assim,mas em meio a todos aqueles pedaços salgados que faze...