28 Vinte e oito: Correr ou lutar?

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THOMAS

   Eu estava em uma sala com cinco metros de altura, uma janela de vidro resistente e transparente que tornava possível ver Charles sentado na cadeira perto da árvore a baixo de nós. Era uma cadeira ligada a árvore, uma cadeira feita da casca da árvore.

   Quando a simulação iniciou, meu coração acelerou por que haviam coisas que preferi não dizer a Charles como: A simulação aparece na forma de seu maior medo; existem duas pessoas que ja morreram na simulação então... fique calmo.

   Não pude falar essas coisas por que só iria piorar a ansiedade dele. Sentado na cadeira e agora apagado, a simulação havia se iniciado, uma tela holográfica surgiu e pudemos observar que Charles estava no topo de um prédio, estava na zona de pouso dos helicópteros mas eu não entendia ㅡ Que medo era aquele que Charles tinha? Medo de altura talvez. ㅡ Pensei.

   O edifício começou a desmoronar e Charles caiu com todos os destroços, não existiam palavras para descrever o quão aflito eu estava naquele instante, queria ver meu Charles fora daquela cadeira, queria vê-lo em pé e sorrindo por ter conseguido.

   Os burburinhos de vozes se iniciou nas outras cabines, a grande sala tem um formado quadrado, cada lado tem uma cabine com um vidro transparente cheio de autoridades do instituto de New Dreams City, menos o lado que dava para o leste, ali ficava a porta de entrada e saída da sala em que Charles estava deitado na cadeira reclinável. Finalmente Charles decidiu usar seus poderes, usando a telecinese Charles juntou um destroço ao outro para conseguir fazer uma espécie de escada até o chão ㅡ Bem esperto.

  Quando menos esperávamos, Charles já estava no chão e começou a correr, não resisti e me aproximei do vidro para ver como ele estava.

  Charles estava deitado na cadeira se retorcendo algumas vezes, talvez fosse a agonia de pensar que todo aquele caos fosse real mas, não podia fazer mada por ele. Uma linha cinza começou a ganhar forma e brilhou na sala, Charles era um ser de telecinese.

ㅡ Ok agora vamos tirá-lo de lá ㅡ Disse para Diesel. 

ㅡ Ainda não ㅡ Ele recusou ㅡ Megera está atrás do garoto, ele tem alguma coisa de especial, vamos ver do que ele ainda é capaz.

   Meu medo se intensificou, sabia que Charles iria testar postivo para linhas obscuras, Charles não só usava telecinese como também controlava a natureza, o que botava ele na categoria dos bruxos.

  Olhei para Camila desesperado e ela me retribuiu o olhar, escreveu alguma coisa na sua agenda e me entregou um pequeno pedaço de folha rasgada discretamente. Quando abri estava escrito claramente: Ligue para Andressa agora!

   Não entendi muito bem o por que mas podia deduzir. Se Charles fosse realmente linhas obscuras todos no instituto não mediriam esforços para matá-lo, precisávamos protegê-lo a qualquer custo, principalmente eu que além de protetor sou o namorado dele.

ㅡ Com licença cavaleiros ㅡ Recuei dois passos para trás.

ㅡ Onde pensa que vai? ㅡ Meu pai interrogou

ㅡ Eu... não... ㅡ Gaguejei ㅡ preciso fazer uma ligação.

ㅡ Thomas não consegue ver o namoradinho sofrer pai ㅡ Thom sussurrou no ouvido de meu pai.

   Não esperei mais uma palavra sair da boca deles, fui em direção a porta que se abriu automaticamente e disquei o número da Andresa, veio o primeiro toque o segundo e o terceiro, por um segundo achei que ela não iria atender, estava nervoso pois não tínhamos muito tempo.

ㅡ Oi ㅡ Ela atendeu com sua voz de autoridade, uma voz de poder feminino, Andressa tinha realmente um poder com ela inexplicável.

ㅡ Andressa é o Thomas

Linhas Obscuras ( Em Breve Versão Física )Onde histórias criam vida. Descubra agora