19 Dezenove: Ela morreu

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THOMAS

   Estava acontecendo um certo tipo de movimentação no Instituto, agentes especiais com aparelhos que pareciam dispositivos celulares avançados exclusivos para busca de seres sobrenaturais. Minha família era importante nesse mundo, não por sermos arcanjos, mas por meu irmão Thom Felliper Louise ser o grande diretor do Instituto de New Dreams City.

ㅡ Filho! ㅡ Meu pai corria em minha direção com um terno preto e uma calça social, ele segurava em sua mão um dos aparelhos. ㅡ Onde você estava?

ㅡ No colégio com Charles, pai, você sabe disso.

ㅡ Verdade, me desculpa é que...

ㅡ Tudo bem, alguma notícia da mamãe? ㅡ Perguntei seguindo ele.

ㅡ Estamos fazendo o máximo possível, seu irmão está bem triste com tudo o que está acontecendo com ela, ele está uma pilha. ㅡ Isso era mentira, Thom não ligava para ninguém a não ser seu status idiota de diretor do Instituto. Lembro muito bem da nossa última discussão, falei que em uma situação de vida ou morte onde Thom tivesse que escolher entre o Instituto e sua família, ele escolheria o Instituto. Não acreditaram em mim, principalmente meu pai, ele vê um certo tipo de desapontamento em mim e um orgulho enorme de Thom, principalmente depois que perdi minha última protegida, não gosto de lembrar.

ㅡ Thomas. ㅡ A voz triste era de Thom, que me chamava no andar de cima, ele estava apoiado na grade, olhando para baixo. ㅡ Poderia vir aqui por favor?

ㅡ Claro. ㅡ Mas o que era aquilo? Thom não se importava, nunca se importou, era alguma façanha dele, conseguia sentir isso de longe. Optei por subir pelas escadas, me dava tempo para pensar qual seria a conversa que teríamos: sobre Charles ainda não ter começado a treinar, sobre megera ter capturado nossa mãe ou ela ter fugido por controle mental dela, era complicado.

ㅡ Entre na sala por favor. ㅡ Thom pediu com classe e delicadeza.

ㅡ O que você quer? ㅡ Perguntei friamente. ㅡ Thom apertou uma das teclas de seu computador que projetou um holograma, um vídeo onde Charles e eu estávamos na porta de entrada do Instituto, lembrei o dia, a primeira vez que trouxe Charles para o Instituto, eu estava ajudando ele a descer da moto, logo após ficamos sussurrando alguma coisa um para o outro, nos beijamos. Nosso primeiro beijo, uma conexão tão inexplicável e tão forte, aconteceu em tão pouco tempo, nem nos conhecíamos direito, na verdade não nos conhecemos ainda muito bem, mas sei que... Não, acho que não, mas a conexão blipane não mente.

ㅡ Um beijo. ㅡ Thom disse em um tom de gozação. ㅡ Você achou que eu não ficaria sabendo?

ㅡ Não acho que isso seja da sua conta. ㅡ Encarei Thom mais rígido.

ㅡ Não, mas sabe que sua reputação está por um fio, e se você fizer alguma besteira isso irá sujar o nome da nossa família. ㅡ Thom irritado se parecia mais comigo do que eu podia imaginar, não somos tão parecidos no caráter mas, somos ruivos e de pele extremamente branca. Ele tem algumas sardas no rosto o que diferencia ele bastante de mim, mas fora isso, é o suficiente para as pessoas pensarem que somos gêmeos.

ㅡ Foda-se, eu não ligo. ㅡ Eu disse severo e frio.

  Thom avançou até mim me agarrando pela gola da jaqueta e me levantando em uma força e velocidade sobrenatural contra a parede.

ㅡ Você não deve ligar, mas eu sim, estou falando da porra da minha reputação, e se você não colaborar terei que dar um jeito e te tirar da classe dos arcanjos. Aliás, ㅡ Ele exclamou mais alto ㅡ você quase já não é um, correto? ㅡ Chutei Thom com meus dois pés unidos o jogando contra sua mesa, o impacto fez os documentos e o computador caírem no chão.

Linhas Obscuras ( Em Breve Versão Física )Onde histórias criam vida. Descubra agora