THOMAS
Já era tarde da noite, para ser exato eram entre dez e quinze. Estava indo na direção de minha casa que estava totalmente destruída pelo exército da “megera”.
A rua estava escura e vazia, o vento que soprava era tão frio que nem minha jaqueta preta era capaz de esquentar meu corpo, a noite era silenciosa e a sola da minha bota arrastava no chão. Era possível escutar as folhas das árvores roçarem entre si, por um lado era bom esse clima sombrio e frio com o ar puro. O cheiro das folhas que caiam no chão com o balançar das árvores no soprar do vento me lembravam cavalos cavalgando e pássaros voando no crepúsculo, era único.
New Dreams é uma cidade muito pequena, mas suas colinas e suas florestas são lindas, se destacam no pôr do sol da cidade. Qualquer morador pode sentir de longe o cheiro das campinas verdejantes quando a brisa suave sopra sobre elas e, naquele momento a brisa fria que batia em meu rosto me trazia esse cheiro, o cheiro da natureza.
Estava em casa, a fita policial amarela estava envolta da porta e era bem visível, tinha uma frase escrita “NÃO ULTRAPASSE”. Rasguei-a e entrei, tinha que procurar pistas.
ㅡ Por que eles não evitaram atirar na minha casa? — Estava indignado, tudo foi pelos ares: o sofá estava destruído e cheio de buracos, eles também se encontravam nas paredes e estavam no teto, provavelmente meu quarto também foi atingido pelas rajadas de energia. Os quadros estavam jogados no chão totalmente quebrados, uma das únicas fotos que eu mais gostava onde minha mãe, meu irmão, meu pai e eu estávamos juntos agora estava quebrado no chão da sala.
Antes do meu irmão ser diretor do Instituto ele era um rapaz bom e todos na família sentiam orgulho tanto dele quanto de mim, mas depois... depois ele era só um babaca.
Não conseguia tirar da minha cabeça o quão idiota ele tinha sido por lançar uma ordem de afastamento minha de Charles, mas pensando bem talvez fosse uma boa ideia, a última pessoa que eu tinha protegido acabou não tendo um final feliz e eu não queria que o mesmo aconteçesse com Charles, eu não ia deixar.
Então escutei passos vindo da cozinha e fiquei em alerta, fui andando lentamente sem movimentos bruscos sobre os cacos de vidros espalhados no chão da sala, fiquei encostado na parede da sala que dava acesso a cozinha e me virei pronto para atacar quem estava produzindo o barulho misterioso.
ㅡ Que merda! — Um homem surgiu, seu braço esquerdo tinha um tom de vermelho vivo e cheio de hematomas, levantou-se rapidamente com um caderninho na mão direita assustado.
ㅡ Q... Quem é você? — perguntei
ㅡ Pergunto o mesmo, quem você realmente é, Thomas? — Ele se aproximou de mim com a voz mais firme, estranhei sua mudança de personalidade então estava preparando para qualquer coisa.
ㅡ Não sei o que você quer dizer.
ㅡ Me chamo detetive Nick, gostaria de algumas respostas.
ㅡ Não tenho tempo para isso. O que você faz na minha casa?
ㅡ Não tente se vitimizar, Thomas. Eu vi aquela coisa que parecia comigo, ela foi rápida e me bateu, eu fui parar do outro lado da rua e eu vi você salvando Charles — Ele estava eufórico, procurava — Ou talvez estava ansiando — Uma resposta como um vampiro pede por sangue quando quer se alimentar.
ㅡ Desculpa detetive, mas acho que você bateu a cabeça forte de mais.
ㅡ Thomas Filliper, não é mesmo? ㅡ parei e olhei para ele por um instante.
ㅡ Thomas Filliper é seu nome e não Thomas Chuzer. Olha, me mudei para Nova York há um ano, mas cresci nessa cidade, alguns dias atrás retornei de viagem e...
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Linhas Obscuras ( Em Breve Versão Física )
Teen Fictionㅡ Já sentiu como se você estivesse dentro de um saco de salgadinhos? ㅡ Claro! - Respondeu ele com uma expressão no rosto de alguém que acabou de responder uma pergunta idiota. ㅡ Eu me sinto assim,mas em meio a todos aqueles pedaços salgados que faze...
