Capítulo 35 - Sébastien

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Graças ao Dryko agora estávamos em um combate direto contra Agnos, o que não era nada fácil já que o marcado de Exu era quase intocável, Dryko e as árvores atacavam Agnos com flechas e espinhos mas eram raras as que Agnos não rebatia, Cléo tinha sumido atrás do mestre Ajalá e eu atacava Agnos diretamente, mesmo eu e Dryko o atacando juntos ele nos superava em velocidade, agilidade e força.

" Cansei de brincar com vocês !! " - Agnos se afastou e abriu os olhos, sua marca na nuca brilhou forte, e seus olhos brilharam em negro.

Atrás dele um grande portal se abriu e de lá saíram os vários e vários macacos que nos atacaram no começo de nossa louca jornada, mas não foi só isso, o homem leopardo que eu odiava também estava no meio deles, mas se não bastassem tudo várias e várias aves saíram do portal, juntos com vários humanóides feitos de palha, madeira e uns até de pena ( é sério !! )

" O que é isso ? " - Eu gritei.

" Você é um guerreiro e não entendeu ainda, é uma pequena tática de guerra, juntei minha pequena tropa em um único lugar mas só depois de dividir vocês, e com força total eu destruiria os peões do Orun, quais são suas últimas palavras Sébastien? "

Agnos sorria friamente, e ele estava certo, os eguns sempre foram uma armadilha pra nos separar e pior ainda nos destruir sozinhos, será que Beatriz havia sido derrotada? Olhando a minha frente não existia maneira possível de vencer, seria um massacre, a derrota seria certa mas na hora que me virei, Dryko ainda estava em pé com mais e mais árvores ao redor dele, ele confirmou com a cabeça que estaria comigo até o fim e era disso que eu precisava para perseverar

" Lutaremos até o fim " - Eu encarei Agnos nos olhos e ativei meu manto de sangue, e eles atacaram.

Eu me posicionei e esperei mas eles nunca chegaram, em nossa frente vários macacos e bonecos rodopiavam no ar, eles tentavam se aproximar mas um forte vento os tiravam do chão, eu já sorria por achar que era Beatriz e que ela estava bem mas do meio do vendaval não surgiu minha amiga, e sim 9 mulheres vestidas de brancos com armaduras de cobre e bonecos de palha, em volta de nós o que seria a parede de vento eu via que era 9 fantasmas conversando e discutindo entre si.

" Igbaléééééééééé " - A mulher do meio gritou e todas as outras acompanharam ela.

" Viemos ajudar vocês, graças a sua amiga Beatriz e também porque queremos o sangue dessas aves para nosso ibá, Igbalés ataquem " - A senhora do meio deu a ordem e cada uma das mulheres foi com um fantasma e se jogou na batalha, por fim a que no caso seria a líder me olhou e sorriu, pegou o último fantasma e foi também para a luta.

Dryko agora sorria já que tínhamos ajuda e uma forte ajuda, as mulheres balançavam seus chicotinhos e espadas e todos os tipos de desastres naturais aconteciam, e com a líder no comando todas as forças inimigas tinham combatentes a altura, Dryko as ajudava como podia, suas árvores se espalharam e agora elas destruíam as partes pequenas da batalha como os macacos e humanoides.

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Buuuuuuuuuuum  !!!!

A batalha por um instante parou e ao olhar para o lado eu pude perceber o motivo, a pequena choupana tinha ido para os ares e agora um boneco de água gigante e dourado brilhava, só podia ser a Cléo !!!!

Dryko correu até lá abrindo caminho com as árvores e suas flechas, ao chegar lá, ele fez um paredão enquanto Cléo comandava o bonecão e ajudava Ajalá em alguma coisa que eu não sabia o que era mas que quando começou a sair fumaça derrubou nos três no chão, minha marca queimava como nunca mas quando a dor passou, eu só sentia poder, uma onda massiva de poder.

Era como se eu estivesse com o manto de sangue mas sem estar, meus sentidos estavam mais aflorados, minha percepção maior e desde minha luta contra o homem leopardo, eu sentia que dessa vez eu teria chances de vitória, eu estava de novo mais que confiante.

Então sorrindo eu encarei Kanan no meio da multidão e comecei a andar até ele, quando me aproximei o suficiente eu ativei meu manto de sangue e me preparei para minha revanche.

As Marcas do Orun : O Sequestro De Ajalá Onde histórias criam vida. Descubra agora