Capítulo 39 - Dryko

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A batalha estava tão intensa e "qualé" eu estava dando um duro danado para conseguir nos proteger, tá bem que fui eu que começou mas aquele maldito não poderia falar assim do velhote Orunmilá,  eu conheci ele a pouco tempo mas mesmo que os kares não fizessem da casa de Odé a minha casa, Orunmilá sempre fez da aldeia o meu lar e desde muito tempo eu não sentia incluso e por isso agora eu iria proteger meu novo lar.

" Dryko, Ajalá vai fazer um feitiço consegue segurar as coisas um pouco ? " - Cléo me perguntou enquanto corria com uns ingredientes.

"  Pode "páh" faz seu corre aí que eu seguro aqui" - Eu respondi.

Eu segurei meu Ofá, que era minha arma sagrada, um arco mágico que nunca errava  e uma aljava que nunca ficava vazia, e com as árvores ao meu lado eu seguraria eles.

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Minutos depois, eu senti minha marca arder e tombei, (mas que merda acontecia agora) mas olhando ao lado eu via Cléo e mais a frente Sébastien cair também, ao fechar meus olhos eu senti o poder das matas, me senti conectado com as árvores, com os animais, era como se a natureza fosse conectada a mim e eu fosse uma parte dela, era isso que Odé se sentia sempre? Era maravilhoso.

" Algumas vezes sim, mas já estou acostumado meu pequeno !! " - Essa voz parecia com ...

" Senhor Oxossi? É o senhor mesmo? " - Eu questionei.

" Ouça pequeno Adriano, não temos tanto tempo, vocês são nossos marcados mas não precisam repetir nossa história, vocês podem fazer diferente."  - A voz disse.

" Como assim " parceiro" ? Eu tenho que matar a coruja não é? É sobre isso que o senhor havia comentado? " - Eu já imaginava isso desde a noite do sono, mas queria a confirmação.

" Meu pequeno, a coruja não pode ser morta mas sim atrasada e só possui um único ponto vulnerável, um pequeno ponto que apenas uma pessoa com um bom olho acertaria " - A voz calmamente me explicava.

" Eu tenho um arco mágico, eu não irei errar" - Eu gritei brandindo meu arco.

" Nem sempre a magia lhe ajudará meu pequeno, entenda que tudo depende da sua ajuda, estarei olhando você, até breve meu escolhido " - E a voz foi sumindo.

" Nãoo, senhor Odé eu tenho mais perguntas" - Eu gritei mas foi em vão.

Quando abri meu olhos, estava na batalha de volta, só que agora com mais força e energia como nunca, Cléo havia invocado um humanoide dourado, feito de água e luz e Sébastien estava atacando o homem leopardo com seu manto de sangue.

" Que seja o que eles quiserem " - E sem pensar eu parti para a batalha também.

Pareceram horas mas depois de um tempo, um portal se abriu e de lá saíram vários e vários fantasmas, sobrevoando eles vinha Beatriz toda de branco e embaixo meu parceiro Gabriel vinha liderando uns bonecões de palha, eu sorri e gritei.

" Aeeee tava na hora, Reforços Cléo " - Eu gritei chamando a atenção de Cléo que também sorria.

Em alguns instantes eles já estavam entre nós e aí chegou o maldito causador de tudo, Agnos.

" Não estavam indo embora né ? Quero apresentar uma amiga a vocês " - Ele sorria com desprezo para nós.

Mas o pior era a sombra que pairava sobre ele, eu achei que o senhor Odé era um sonho ruim, mas aquele bicho tava ali para mostrar que não, atrás de Agnos estava a maior coruja que eu já tinha visto na vida, seus olhos eram negros e profundos, era inacreditável que um ser daquele tamanho existisse.

" Conheçam a Iyamí mais poderosa, A deusa Oxorongã" - Agnos riu enquanto a coruja gigante abria seus braços liberando várias outras aves sobre nós.

As Marcas do Orun : O Sequestro De Ajalá Onde histórias criam vida. Descubra agora