Capítulo 36 - Sébastien

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Kanan vinha andando em minha direção, não existia mais batalha, existia apenas nos dois, eu sentia tanto poder que seria capaz de enfrentar Agnos sozinho mas isso seria imprudente e além do mais Kanan era o líder dos macacos, acabando com ele teríamos um grupo a menos na batalha, eu observava o meu redor e não via Agnos em lugar algum, a última vez que eu o vi, ele conversava com uma mulher pássaro e estava entrando em um portal, a mulher estava feliz demais para ser bom seja lá o que eles planejavam.

" Então você resistiu até aqui, seu humano insolente, você é um carrapato insistente, mas eu irei acabar com você aqui " - Kanan parou mostrando suas presas amareladas.

" Eu esperei muito tempo por essa revanche, eu não sei porque mas você me é familiar, a sua voz me lembra algo, já nos cruzamos antes ? " - No nosso primeiro encontro eu não havia percebido mas agora com mais calma a voz dele era muita familiar e me trazia um grande desconforto.

" Você não se lembra? Hahahahahah eu lembro como se fosse ontem, aquele verme se pondo em frente da bela esposa querendo proteger ela, eu sentia seu cheiro mas Agnos queria você vivo então o deixamos mas aquele casal desprezível, hahaha nos vimos o último suspiro dele e também vimos sua marca se acender "

" Isso é mentira !!! " - Eu gritei com uma irá descomunal,

" Não, não é, a grande mãe tinha muitos planos para você cria de ferro pena que você não quis vir para o nosso lado e agora irá ser morto."

Por anos eu me culpava por não sair daquele alçapão e depois eu comecei a caçar a minha vingança e agora o culpado de tudo estava na minha frente mas por mais que meu corpo tremesse eu não conseguia me mover, eu não entendia o por que e não sabia como reagir.

" Por ... por que?" - Eu balbucinei.

" Eu não sei porque garoto, mas você era importante para a grande mãe, mas como eu disse " Era" , agora eu irei destruir você "

Kanan sorria e eu sabia que era por causa da minha confusão, mas eu não deixaria isso em vão, eu ergui meu facão e ataquei.

Foi mais rápido até do que eu imaginei, Kanan por pouco não conseguiria desviar, as minhas memórias surgiam com força, eu no alçapão, as gotas grossas molhando meu rosto e meu corpo, os bandidos rindo enquanto meu pai se desesperava tentando proteger a minha mãe, a cada nova lembrança eu sentia mais fúria, eu era tomado por um ira que eu nunca via, eu golpeava Kanan com fúria, ele saltava e eu saltava atrás, eu percebia que diferente da última vez que nos enfrentamos, agora ele temia não ganhar, já que os atributos que o fazia superior a mim com o manto de sangue constante não existiam, eu sorria como um louco, minha boca espumava, eu sentia o gosto de sangue, do meu próprio sangue, os golpes que Kanan tinha me acertado estavam sangrando mas eu não me importava, eu morreria mas levaria o algoz da minha vida comigo.

" Desista criança, eu vivo a séculos não poderá me matar " - Mas não tinha mais a famosa arrogância em sua fala, talvez, medo?

" Você irá pagar seu maldito por tudo que fez comigo e com minha família "

Eu estava começando a perder o controle do meu corpo, então invoquei várias correntes do chão e segurei Kanan, seria o golpe derradeiro, eu o olhei acorrentado e percebi que a anos eu treinei, me fortifiquei, tudo para ter a minha vingança, eu via os macacos se aproximando percebendo que seu líder estava em apuros, eu não teria tempo para o golpe se os macacos chegassem.

" Não foi só eu, não terá sua vingança se me matar apenas uma parcela da mesma, mas se me libertar eu lhe direi quem são os outros "

" Eu descobrirei sozinho seu maldito" - E num golpe certeiro eu cortei a cabeça do primeiro assassino dos meus pais mas no mesmo momento os macacos pularam em mim, eu já cansado, não conseguia ativar o manto de sangue, eu olhei para os lados e todos estavam ocupados na batalha, prevendo meu destino, eu sorri, e empunhei meu facão de novo, sim eu morreria, mas como filho do deus da guerra eu morreria lutando.

Vários e vários macacos saltaram sobre mim, eu golpeava e lançava correntes em vários mas eram muitos, eles também queriam vingança, mas nem tudo estava perdido, eu olhei para o lado e vários espíritos saiam de algo que parecia um portal, atrás dele empunhando seu machado vinha Gabriel e no alto sobrevoando os fantasmas vinha minha melhor amiga que olhava para mim com uma espada em punho e com um grito todos os macacos sumiram atingidos por uma grande chuva de raios, eu sorri e olhei para Dryko e Cléo que comemoravam enfim os reforços haviam chegado.

As Marcas do Orun : O Sequestro De Ajalá Onde histórias criam vida. Descubra agora