Capítulo 40 - Dryko

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Aves e mais aves voava em cima da gente, os olhos da coruja brilhava em um roxo vivo e pelo jeito era um tipo de magia que nos restringia já que nossos poderes não funcionavam, atrás da coruja Agnos reunia suas tropas, iríamos ser exterminados já que os eguns já haviam sido parados e os bonecos de palha destruídos .

" O que faremos ? " - Eu gritei em meio a vários pios.

" Corrram " - gritou Beatriz.

E corremos, o rio ficava atrás do casebre de Ajalá, e Cléo precisava de água para abrir o portal.

" Escutem se essa coruja piar, estaremos todos mortos, o pio dela atrai Ikú e uma onde de morte, temos que sair daqui o mais rápido possível." - Cléo nos explicava enquanto ia cegando algumas aves com o reflexo do espelho.

Então era isso que este monstro fazia, mas ela precisava piar para acabar com o exercito de Agnos mas meus parceiros tinham que sair daqui antes, agora eu entendia a minha missão, assim que acertasse a coruja, ela piasse de dor, Agnos e seu exército seriam destruídos mas eu seria petrificado como aquela mulher em meu sonho havia dito, eu deveria me sacrificar.

" Cléo já estamos próximos do rio, vai na frente com Sébastien e o mestre, nós iremos segurar eles um pouco, assim que tiver aberto corremos para o portal " - Gabriel e Beatriz estavam lado a lado e ambos decidiram dar tempo a Cléo.

" Pode "páh" princesa, eu vou ajudar também" - Eu gritei, já tramando todo meu plano

Atrasar as aves era a missão mais difícil já que estávamos sem poder usar magia graças a coruja demônio, eu não queria preocupar ninguém e eu sabia que o Gabe não aceitaria meu sacrifício, então decidi que no último instante, eu deveria avisa los.

" Gabe, obrigado por tudo que fez por mim, obrigado por me apoiar nas ruas e sempre confiar nos meus planos, obrigado por mesmo sem querer ter sido o meu irmão mais velho " - Eu gritei para o Gabriel.

" Cara eu acho que esse não é o momento, mas não se preocupe você é meu irmãozinho de coração, eu que deveria agradecer por ter me ajudado quando cheguei na gangue, e pare com isso, até parece uma despedida " - Gabriel respondeu enquanto rebatia algumas aves.

Eu observei meu parceiro de rua, e percebi o quanto fui sortudo de encontrar ele, o quanto eu fui sortudo de encontrar uma nova casa na aldeia, por tanto tempo eu me senti sozinho e culpado, e agora eu estava livre da culpa e tinha uma nova família e amigos, será que valeria a pena abrir mão de tudo isso?

" O portal está aberto, vamos pessoal !! " - Beatriz gritou para mim e para o Gabriel.

Começamos a correr mas as aves e a coruja estavam no nosso encalço, algumas até acertavam algumas bicadas aqui e ali, não daria tempo se a coruja nós pegasse estaria tudo acabado, eu parei e apontei minha flecha para o grande pássaro.

" Dryko o que está fazendo ? Não vai dar tempo de fugirmos  " - Gritou Beatriz.

" Vão vocês, eu vou acabar com a coruja e dar tempo pra vocês fugirem, vãooo !! " - Eu gritei decidido, eu estava tentando mirar mas meus olhos estavam marejados demais para eu ver nitidamente.

" Dryko eu não posso deixar você fazer isso, você é meu irmão, cara por favor , para com isso e vamos embora, eu não posso te perder " - Gabriel gritou, eu via a dor em seus olhos, ele olhava de boca aberta enquanto Beatriz tentava puxar ele.

" Vamos Gabriel, Dryko está tentando se sacrificar para nós salvar se você não correr terá sido em vão" - Ela disse para Gabriel.

" Gabe, proteja a aldeia e o velhote, continue lutando e acabe com o Zé roela do Agnos, eu te amo irmão " - Eu não aguentei e deixei as lágrimas caírem, subitamente uma áurea verde me rodeou e galhos impediram que as aves passassem por mim, também impedindo meus amigos de virem até mim.

Eu olhei para Agnos no fundo me olhando confuso e a grande coruja se aproximando mais, então era isso, eu puxei minha flecha dourada e concentrei minha força de vontade e minha fé naquela flecha, a coruja agora estava a metros de mim, com a flecha na mira, eu sequei meus olhos e sorri, ao fundo podia ver Agnos gritando um grande não e abrindo um portal, talvez eu conseguisse levar aquele desgraçado no pio da morte, seria incrível.

Eu virei para trás e o portão dos meus amigos estava se fechando, com muita coragem, eu soltei a flecha, que acertou em cheio o ponto que o senhor Odé disse ser vulnerável, a coruja piou de dor e uma grande onda roxa veio distruindo tudo que tocava mas eu nunca saberia se Agnos foi afetado ou não, aos poucos meu corpo ia endurecendo e se tornando cinza, eu tinha cumprido minha missão e agora estava no meu fim.

" Adeus amigos !! " - Eu fechei meus olhos e então tudo se apagou.

As Marcas do Orun : O Sequestro De Ajalá Onde histórias criam vida. Descubra agora