5° Eu Devia Ter Acreditado Nela.

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*Marcelo*

Eu fiquei perplexo com as palavras do Bernardo, não podia acreditar no que eu fiz... Eu não acreditei na Luísa.
Estávamos na recepção depois que nos expulsaram do quarto, Luísa me encarava como quem havia dito a verdade. Mas esse não era o maior problema... Quando eu ia abrir a boca para me desculpar com ela... Uma triste notícia chegou a nós... Bernardo teve um ataque cardíaco, e mesmo Luísa não sendo amiga dele, pude ver sua tristeza, e ao tentar consolá-la, posso ter piorado a situação.
-Lu não fique assim. Tenta jogar o jogo do contente e...-ela me interrompeu, enquanto me aproximava para abraça-la.
-Marcelo, por favor... Não faça isso, nós nem amigos somos direito, e a respeito de Bernardo... Toda alma tem seu valor, eu fico triste por ele partir tão cedo!
-Luísa... Você está certa, é melhor eu ir.-digo a ela depositando um beijo em sua cabeça, milagre ela ter deixado.
Cada um seguiu seu rumo, e no caminho para casa meu celular toca, era meia noite... Sim ficamos lá por bastante tempo. Enfim era Luísa que ligava.

*Ligação On*

Lu: Oi, então Marcelo... Com essa correria você acabou esquecendo o João aqui.


Eu: Aí desculpa Lu to indo buscar ele agora.

Lu: Não! É melhor não, já está tarde, ele dorme aqui e amanhã cedo você vem buscá-lo.

Eu: Ok o melhor para você.

*Ligação Off*

No caminho os meus pensamentos ocuparam o vazio do carro.
Pensar na minha relação com a Débora, é ter à vontade me jogar do carro em movimento, não estamos indo muito bem, e eu tive certeza disso quando cheguei em casa.
-Qual o seu problema? Eu estava ligando para polícia, que merda Marcelo.-Débora diz desligando o celular.
-Calma Débora, eu fui na casa da Luísa e...-Marcelo seu idiota, por que você falou da Luísa.
-Pera, você estava com a Luísa.
-Sim..., mas eu e ela...-ela me interrompeu de novo.
-É tudo culpa dela, mas ela vai ouvir.-ela pega a bolsa e vai em direção a porta, mas consigo a segurar.
-Chega Débora, eu não vou deixar você ir incomodá-la, ela tá sofrendo o bastante para você ir atormentar ela, e outra olha o horário.
-Já vai proteger a ex né! Ela está sofrendo por que estou com você, e até esse horário você estava com ela, fazendo o que? Que eu saiba eu sou sua mulher.
-Débora... O Bernardo morreu tá... E você não é minha mulher, por sua escolha.
-Agora sou só a namoradinha?
-Não agora você não precisa mais falar da Luísa, você está mesma situação que ela, por enquanto.
-Como assim Marcelo?
-Acabou Débora, eu não quero mais viver na ilusão, de ficar pensando que você é a mulher da minha vida, porque não é!
-Isso tudo culpa da Luísa.
-Não, à culpa é nossa, nós estragamos nossa relação, por brigas assim eu não que quero mais ficar com você.
-Desculpa Marcelo, realmente eu me exaltei, não precisamos ter... Espera você acreditou nas palavras do Bernardo?
-Oi?
-Olha eu espalhei o boato... Eu admito, não devia ter dito que a Luísa te traiu e... -dessa vez eu a interrompo.
-Então foi você Débora! Eu não acredito, por que fez isso?
-Você não sabia?
-Como pude ser tão idiota, você me separou da mulher da minha vida!
-Então você admite está terminado comigo por causa da Luísa!?
-Ela não tem nada ver com isso... Quer saber não vou ficar aqui para ouvir suas lamúrias, você tem duas semanas para sair daqui, e eu não vou voltar atrás na minha decisão.
Subo as escadas e arrumos algumas coisas minhas e do João, desço e quando abro a porta Débora me pega pelo braço.
-Ondo você vai?-ela pergunta.
-Até você sair daqui vou ficar na casa da minha mãe, é melhor que você não apareça lá.

Voltando a Amar. (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora