36° A Verdade.

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*Marcelo*

Até Iuri achou estranho... Como eu consegui ver aquilo?
Basicamente na câmera mostrou o que eu e a Lu... A Luísa desconfiamos, realmente foi ela, foi a Débora quem matou a minha menina, no vídeo é possível ver claramente, a Débora, ou melhor... Debônia, ela nos prejudicou, principalmente a Luísa que teve que sentir aquelas dores.
Bom no vídeo mostrou a Débora colocando um pó na garrafa de água da Lu... Ou seja, tenho certeza, aquele era o remédio abortivo, ali estava a prova. Pedi para Lindomar voltar a fita de novo, quando ele fez isso eu peguei meu celular e comecei a gravar, preciso mostrar isso para a Luísa, mas não por ligação, vou ligar apenas para não chegar de surpresa, preciso ao menos prepará-la. Sai dali correndo a ligação só dava caixa postal, resolvu deixar para outro dia, amanhã abordo ela aqui na escola.

No outro dia...
-Bom dia macho.-falo para João enquanto preparo o café.
-Bom dia.-ele responde com uma carinha de sono.
-Dormiu bem?-pergunto.
Eu perguntei... Mas acabei ficando sem resposta, o João recebeu uma notificação no celular, estranhei sua reação e perguntei:
-Más notícias?
-As piores... Pelo visto a tia Luísa não vai mais dar aula na escola.
-Não?-derrubo umas colheres no chão.
-Calminha... Vai piorar... Ela vai trabalhar na Onze.
Eu me desesperei com aquelas palavras, na hora peguei meu celular e voltei a ligar para a Luísa, novamente... Caixa postal, o jeito é pegá-la desprevenida, tomara que ela esteja em sua casa depois do meu serviço, não faço a menor idéia de até que horas vai o expediente dela.
E foi isso que eu fiz... Assim que terminei de trabalhar fui até a mansão D'Avila, ainda estou bravo com a Lu... Mas ela precisa saber...
Toquei a campainha e demorou até que Nanci atendesse:
-Boa tarde senhor Marcelo.-ela estava com cara de quem escondia algo.
-Preciso falar com a Luísa.-digo tentando entrar, mas ela me bloqueia.
-Sinto muito... Mas a dona Luísa proibiu sua entrada, e ela também não está.-Nancia fala tirando a mão do batente da porta.
Ela realmente não quer ve ver... Mas não vou desistir, ainda vou falar com ela.

[*]

*Luísa*

Trabalhar na Onze está sendo muito bom, lá eu sempre trabalho junto a Cláudia e a Joana, e nos divertinos muito...
Só tem um problema, hoje eu vou fazer o boletim de ocorrência na polícia-por causa do homem que tentou me sequestrar, embebedar, sei lá-mas esse não é o problema, o problema é que só o Pendleton viu o que aconteceu, eu vou precisar chama-lo, eu não lembro o rosto do agressor, sei que arranhei ele e vi seu rosto, mas a bebida me impede de lembrar quem era.
Hoje o Pendleton estava na Onze, não seria tão difícil falar com ele, difícil seria tomar coragem e pedir para ele. Eu bati na porta, e ele deixou eu entrar:
-Com licença.-digo abrindo a porta.
-Algo grave? Já está quase no horário de almoço.-ele se levanta pegando papeis de cima da mesa.
-Bom eu estou indo fazer o boletim de ocorrência, será que você poderia ir comigo, afinal você que viu ele, eu não lembro de nada.
-Claro, vamos então?-ele abre a porta do escritório.
Peguei minha bolsa e descemos, ele me convenceu a irmos no mesmo carro, ele disse que seria mais rápido.
Nós chegamos lá ele contou o que aconteceu... Eu realmente não lembro de nada.
Já estava acabando o horário de almoço e eu comecei a me preocupar, mas ele garantiu que não teriamos problema, afinal estou na presença do grande chefe Otto.
A caminho da Onze...
-Por que está agindo assim?-pergunto.
-Como?-ele pergunta sem tirar o olho do trânsito.
-Pendleton... Você não pode negar que sempre foi um pouco frio.
-Realmente... Mas a Poliana não fez bem só a você, as conversas que temos me fazem bem.-ele estaciona na empresa.-Luísa você sabe que foi dificil para mim ficar sem a Stella, por isso eu comecei a me fechar, mas a Poliana me ajuda com isso.
Aquilo de certa forma refletiu algo em mim, pelo visto eu e o Pendleton temos mais em comum do que eu pensei.

Voltando a Amar. (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora