30° Discórdia.

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*Marcelo*

Todos nós estamos inconformados com a perda do bebê, foi uma surpresa para todos.
Agora eu juro, de tudo o que a Lu tá passando, eu nunca imaginaria a seguinte reação dela, nós dois estamos desconfiados da Débora, mas eu não acredito no que ela fez.
Nós estávamos andando de carro, perto da padaria, foi quando a Lu fez eu parar este, e foi em direção a alguém gritando:
-Monstro. Você está vivendo o melhor momento da sua vida não é? Débora você é um monstro, matar uma criança, até para você isso é demais.
Eu me aproximei e vi Luísa brigando com a Débora. Droga!
-Ei, você é fraca e perde seu bebê, agora e culpa é minha.-Débora fala.
-Débora por favor...-digo.-Ela está passando por um momento difícil, na verdade nós dois.
-Os médicos encontraram restos de remédios abortivos.-Luísa diz.
-Então você já tem uma explicação, você está me culpando, mas você mesma matou a criança.-Débora solta seu veneno.
-Sínica!-Luísa gritou e foi para cima de Débora.
A Luísa estava como uma adrenalina, estava impossível segura-lá, foi quando escutamos um grito.
-Soltem a minha mulher.-o homem se aproximou e soltou Débora das mãos da Luísa.
-Meu caro controle sua mulher, você está bem meu amor.-ele disse, em seguida depositou um selinho na Débora.
Eu levei Luísa para a padaria e tentei acalma-la, não deu muito certo...
-Luísa acalme-se...-fui interrompido pelo grito da Lu. Toda a padaria ficou vendo.
-Marcelo você sabe que foi ela, por que não disse nada?
-Amor... Não temos provas e...-ela me interrompe de novo.

-Tchau.

Luísa se levanta e com a chave do carro e vai embora com o mesmo.

*Luísa*

Nós dois sabemos que foi a Débora, mas o fato do Marcelo não dizer nada, isso me irritou profundamente, eu realmente não sei se o que sinto, é ódio, tristeza, ou, sei lá... Eu realmente não estou entendendo mais nada.

Algo que eu percebi, mas resolvi não comentar, é que o homem que estava com a Débora não me é estranho, eu só não sei da onde ele é.

Bom eu me senti culpada por ter deixado Marcelo na padaria, eu achei melhor ligar, se ele ainda estivesse lá eu iria busca-lo, só que escutei o toque de seu celular através da porta. Pelo visto não poderei ajudá-lo.

-Desculpa.-digo abrindo a porta do quarto.

-Não se preocupe, todos estamos com dificuldades para continuar a andar, a pedra ainda está nos bloqueando.-Marcelo disse.

-Oi?-pergunto, ele havia me deixado confusa.

-Esquece.-ele riu, beijou minha cabeça e foi deitar na cama.

-O dia foi longo, e eu não queria ter te colocado naquela situação.

Me deito ao seu lado, colocando minha cabeça sobre seu peitoral, ele me abraçou forte e... Eu consegui me sentir segura novamente. Foi quando comecei a chorar, naquele momento me veio a lembrança de nosso filho, ou filha, não saberemos mais o que iriamos pegar no colo, sinceramente... Por que eu fiz tanto drama? Isso era tudo que eu sempre quis, a minha família, Poliana e agora joão, meu grande amor, Marcelo, e um bebê, fruto do nosso amor, mas agora isso não vai se tornar realidade, é igual um conto de fadas, a família se acerta, a princesa fica com o príncipe, mas no final... É só eles... 


Voltando a Amar. (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora