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Lucas e Jade acompanharam Mikael e Mia, e eu com um sorriso no rosto, me aproximei do Castiel que estava mais lindo do que todas as vezes que eu o encontrei. Ele sorriu enquanto me olhava. Seus cabelos estavam em um coque, e ele vestia uma blusa branca colada ao seu corpo, uma calça preta, e seu rosto, nossa é muito bonito.

- Uau.. - Ele disse quando eu estava somente à um passo de proximidade.

- Poxa eu esperava um elogio mais construído vindo do garoto que mais responde as questões dentro do auditório. - Ele riu, de verdade. E eu estava bem, me sentindo leve e nem um pouco envergonhada.

- Você é bela de todas as formas, mas se arrumar toda assim para sair comigo, é um privilégio. - Ele passou a mão na minha cintura e me puxou para si dando um beijo na minha bochecha. - Pra onde você gostaria de ir?

- Me surpreenda. - Eu arquiei uma sobrancelha o encarando. - Na verdade eu só conheço o campus. - Eu ri com sua expressão. - O que?

- Como, só conhece o campus? - Ele colocou a mão aberta próximo da minha e eu a segurei, agora meu coração está acelerado. Esse simples gesto, nunca havia acontecido e pra quem nunca viveu nada, já é muita coisa.

- Eu sou da cidade de Blém.. É no interior então.. - Ele sorriu.

- Só fica melhor.. - Ele apertou minha mão e eu sorri.

- Você com certeza vai gostar do restante.

(...)

  E mais uma vez, contei toda a minha história com as freiras, enquanto estávamos em um jantar  e ele se divertiu, mas me fez pensar em o por quê todas as crianças terem ido para um orfanato e eu, não. Quando ele me fez essa pergunta, senti que também deveria fazer ela à alguma das freiras quando tivesse oportunidade.

- A comida estava ótima. - Ele fechou a porta do restaurante e se juntou à mim.

- O que você tem vontade de fazer, agora que está em liberdade, senhorita?

- Ah... - Eu pensei muito nisso deste que saí, mas são tantas coisas. - Eu, não sei.

- Bom, então eu espero que você saiba dançar.

- Oi?!

(...)
   Há alguns minutos do restaurante existe uma discoteca, não uma boate ou uma balada, uma discoteca. Onde as pessoas vão dançar sem preocupação em como dança ou com quem. Não há drogas ou pessoas bêbadas dentro do banheiro. E eu sinceramente gostei do ambiente apesar de, de longe, eu e o Castiel sermos o casal mais jovem. Ele me puxou para pista de dança e me tratava como se me conhecesse à séculos, e eu gostava disso. Não era como o Mikael, que cada passo era imprevisto e meu coração só faltava correr para longe do meu corpo. Ele parecia gostar de dançar e a cada batida seu corpo bem feito correspondia. Tentei imitar e queria do fundo do meu coração não estar parecendo uma minhoca se contorcendo com o sal.

Ele riu quando eu me desiquilibrei em cima da botinha, e ele me segurou.

- Eu não vou conseguir dançar.. - Eu disse alto demais e ele balançou a cabeça positivamente. Pegou na minha mão me puxando para uma mesa, e então começou a tirar seus sapatos. - O que ta fazendo? - Eu ri.

- Se você não consegue dançar com isso.. - Ele apontou para as botas nos meus pés. - As tire. E antes que você sinta vergonha, farei a mesma coisa, estamos juntos nessa. - Ele me ofereceu uma piscadela e um lindo sorriso. Me sentei na outra cadeira à sua frente e tirei as botas e como era libertador.. Meus pés precisavam disso.

  Voltamos para pista e eu com certeza não tenho muito jeito para dançar, mas ele me conduzia muito bem. Suas mãos eram rápidas e habilidosas e a cada batida ele me girava, e eu caia por cima dos seus braços, rindo, por que a qualquer momento, poderia cair de tonta. E ele também se divertia.. Era nítido. Quando estávamos abraçados, encarei seus olhos, que eram verdes e pareciam ter o poder de enxergar a minha alma. Quando seu rosto inclinou para que nossas bocas finalmente se encontrassem, o nervosismo tomou conta de mim e meu corpo estava fervendo. Me visto assim, demonstro que sou confiante, mas não sei nem como beijá-lo.  Recuei como uma ação automática. E ele, deu um riso amigável.

(...)

- Me desculpa..

- Pelo o que? - Ele me olhou. - Olha, tudo bem.. Eu te chamei pra sair por que sabia que era uma pessoa incrível.. - Eu o olhei. - Não precisa pensar em me recompensar, entende? Só ter estado com você, foi ótimo. - Eu avancei até ele e depositei um beijo, mesmo com medo, era um selinho. E quando me afastei depressa com o rosto queimando, ele sorriu. - Ficou perfeito agora.

(...)

  Castiel me deixou em frente ao bloco A, e antes de seguir para um outro compromisso me deu outro selinho, talvez ele tenha entendido o recado. De que as coisas devem fluir devagar. Enquanto ele se distanciava eu suspirava feito uma boba, segurando as botas. Após subir meus conhecidos vinte e oito degraus, me dei de cara com o Mikael.

-  Uh.. - Ele me olhou dos pés a cabeça. - Conseguiu explicar para seu amigo que nós não tínhamos nada?

- Vai a merda... - Revirei os olhos.

- Eu vi o beijinho de vocês.. Achei fofo. - Eu o encarei. - Não pense que eu estava te espionando, mas enquanto a Mia se instalava no seu quarto, eu estava vendo  movimento das ruas, sabe? - Eu o encarei. Ele estava zombando de algo que era importante pra mim.

- Você é um babaca! - Eu fui tentar sair e ele me segurou.

- Você nunca beijou não é? - Ele sorriu e o seu piercing apareceu. Me causando arrepios, ele causa um efeito em mim que eu nem sei explicar. - Se eu te beijar, seu primeiro beijo vai ser com um cara incrível..

- Você..

- Eu.. - Ele sussurrou perto demais. Me deixando contra parede. - Vou te beijar.

Losin Control (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora