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Me virei tão rápida para ele após ouvir aquilo e ele riu. Eu não podia acreditar em tudo isso, se fosse um sonho não queria acordar, e se caso acontecesse, eu iria desejar morrer. Me belisquei e doeu, ele me observou por um tempo com um brilho nos olhos.. o quarto estava lindo, e ele sempre sabia exatamente o que fazer nessas ocasiões.

- Se beliscou pra saber que não está sonhando? - Eu revirei os olhos e ele gargalhou. - Não se preocupe, vou me certificar de que sinta tudo a ponto de não saber se é real ou se está delirando. - Encarei seus olhos, que eram lindos e pretos. Analisei seu rosto, as tatuagens, sua boca.. sua boca era tão convidativa. Quebrei nosso contato visual ao beijá-lo, e diferente das outras vezes, essa era inexplicavelmente melhor, eu não tinha medo de não sentir mais seu toque em mim, eu não tinha medo do que as freiras iam pensar, se a Alexia ia me caçar até no inferno, se minha vida estaria arruinada depois de sair de mãos dadas com ele, eu me sentia tão segura, e mesmo assim meu coração batia rápido como se existisse uma escola de samba em desfile, dentro de mim.

A medida que sua língua tocava a minha eu desejava mais e mais o seu corpo, como se ele fosse uma substância que me daria prazer e felicidade. E ele de fato, era. As coisas que ele causava ao me tocar, a forma como meu corpo reagia, tudo isso era tão intenso e prazeroso. Ele parou de me beijar e me conduziu até a cama, onde me deitou delicadamente.

- Você é muito linda. - Ele disse isso e eu relembrei da nossa primeira vez, da minha primeira vez. - Eu simplesmente nunca vou conseguir me controlar perto de você.

- Sou grata aos céus por isso. - O puxei pelo pescoço, trazendo de volta o nosso contato inicial, e então senti suas mãos explorarem meu corpo, como ele bem sabia fazer, como se de cor já soubesse onde deveria ir. Ainda aos beijos, puxou meu vestido e eu puxei a blusa dele, sentia minhas bochechas queimarem, e eu estava pronta para ter ele dentro de mim novamente, assim tão rápido. Ele saiu de cima de mim e eu o encarei, um riso de lado se formou no canto de sua boca e ele foi até a mesinha, pegar o vinho. - Mika.. - Falei baixo apenas para que ele voltasse e continuasse a me beijar. O observei e como ele é lindo, abriu o vinho e colocou em uma taça, em seguida bebeu um pouco enquanto me olhava.

- Acho que vou te lambuzar um pouco. - Ele colocou mais vinho na taça e andou em minha direção. Minha mente por mais corrompida que estivesse não preveu o que ele ia fazer, sem demora ele me puxou pela mão e tirou meu sutiã com muita facilidade. Se aproximou de mim e com cuidado deixou que vinho escorresse pelos meus seios, me arrepiei devido a temperatura do líquido, e também pela forma como ele me olhava. Com cuidado deixou a taça de lado e me deixou na cama, fechei os olhos e senti sua boca chupar além do vinho que escorria pelo meu corpo, segurei seus cabelos enquanto poderia implorar para que ele chegasse ao ponto, mas isso era bom demais. Senti um beijo em meu pescoço e outro na minha boca.

- Deveria parar? - Ele em provocou.

- Você não é louco. - Disse encarando seus olhos. E ele sorriu.

- Será que não sou? - Ele estava se divertindo. - Poderia pedir, por favor?

- Você quer que eu implore? - Ele não respondeu, apenas pegou a taça de vinho novamente e bebeu mais um pouco enquanto me olhava deitada, apenas de calcinha. - Mika.. - Eu disse baixinho e o sorisso dele se abriu. - Por favor.. - Me levantei um pouco e ele rápido soltou a taça e me fez deitar novamente, dessa vez para tirar a única peça de roupa que havia em meu corpo, ele puxou lentamente, e então eu fechei os olhos, esperando seu toque.. que não aconteceu, abri os olhos e ele estava novamente com o vinho na mão, eu ia morrer hoje, ele ia me matar se não acabasse com minha vontade de tê-lo. Mas antes de expressar qualquer reação, ele enfiou dois dedos no vinho e com cuidado os virou, para que não pingasse do líquido onde não deveria, o olhei nos olhos e ele me fitando, colocou os dois dedos na minha intimidade, eu fechei os olhos o dando total liberdade e confiança para fazer o que quisesse comigo, e quando não contive os gemidos e estava sentindo uma sensação tão boa como se fosse explodir, tremi e ele parou de me tocar. Abri os olhos rápida e o olhei.

- Ainda não... - Ele beijou minha boca e em seguida, distribuiu beijos pelo meu pescoço, meus seios, minha barriga, minha intimidade. Apenas um beijinho, que fez meu corpo ferver mais do que aguentaria, revirei os olhos e o olhei, e ele estava se divertindo.

- Termina isso.. - Disse tão baixo, e tão lentamente, eu não estava aguentando. Minha respiração já estava desregulada, fechei os olhos e então senti o líquido gelado sendo derramado, gemi.. mas antes que isso fosse o suficiente senti sua língua então me contorci, não demorou para a mesma sensação boa inundar o meu corpo, com as mãos agarradas nos lençóis, esperava para o que quer que fosse aquilo acontecer. Ele se afastou.

- Está na hora.

Eu não sabia de quê, rápido tirou as calças e posicionou seu corpo magro e musculoso em cima do meu. Devagar e me fazendo surtar, ele se colocou dentro de mim. Abri os olhos para admirar sua beleza de perto, e ele estava me olhando, em movimentos de vai e vem, finalmente parecia que o fogo estava saindo de dentro de mim, mas não era tudo. Quando ouvi um gemido rouco do Mikael meu corpo tremeu, fechei os olhos, a explosão. Eu me sentia tão aliviada e feliz, e ele... tínhamos gozado juntos. Ele gargalhou e se jogou ao meu lado relaxado, e eu o olhei. Nossa conexão era emocional, física e elevada ao nível espiritual, por ter me feito tocar no céu e voltar em alguns minutos.

(...)

Após tomarmos banho juntos, entre água, beijos e sabonete, fomos tomar café e assistir a um filme. Ainda eram nove da manhã e tínhamos o dia todo para ficarmos juntos. Enquanto ele buscava incansavelmente um filme a qual fosse interessante, eu recebi um telefonema.

- Oi Jô... - Falei feliz demais. Mas por que relamente estava.

- Como você está? Megan, querida. - Eu sorri sozinha, enquanto encarava meu anel.

- Nas nuvens, Jô.. - Ela riu do outro lado da linha.

- As férias vão acabar, finalmente! - Ela me lembrou e eu suspirei pesado. - Sei que terão mais uns dias de aula, e após isso o recesso entre um período e outro.

- É... Sim. - Eu me lembrei do cronograma da faculdade. - Fiz simulados, e tirei notas boas, as provas são após essa pausa de quinze dias. - Ela apenas murmurou um "hurum" do outro lado da linha. - E como estão todos?

- Ah, muito bem. O Billy tem se esforçado no piano.

- Ah, que maravilha! - Eu me lembrei de o quanto ele era esforçado e gentil sempre que estava comigo.

- Todos vão ficar felizes quando você voltar!

- Esqueceram a ideia de vir me visitar após esse recesso?

- Sim.. na verdade seis crianças precisam da nossa ajuda, estamos procurando orfanatos disponíveis mas todos estão lotados no momento. Como você precisa estudar e focar no que realmente importa, decidimos que deixaríamos você vir até nós.

- Sinto pelas crianças..

- Claro que sim...

- Acredito que a Rita saiba dessa ligação.

- Ah sim, afinal é de manhã. - Eu ri. - Inclusive hora do café da manhã, eu preciso ir, nos falamos depois?

- Sim, claro.

- Ainda tem que me contar sobre a viagem. - Eu ri, você se espantaria se soubesse Joselyn...

- Claro, tudo bem! - Ela se despediu e desligou, enquanto o senhor crítico ainda não havia achado um filme a qual o agradasse. - Suponho que nunca iremos ao cinema..

- Por que? - Ele me encarou com o cenho franzido e em seguida voltou a apertar freneticamente o botão, enquanto as inúmeras opções passavam tão rápidas, que não dava tempo de decidir se era interessante ou não.

- Você está aqui a séculos, procurando um filme para nós dormirmos no meio. - Ele riu.

- Você não dormiu naquele dia no dormitório do Lucas.

- Por que um incoveniente estava sentado do meu lado. - Ele gargalhou e me empurrou em cima da cama. Peguei o controle da mão dele, e comecei a olhar as opções. Após selecionar um de ação, nos deitamos de conchinha na cama, e enquanto assistíamos os minutos iniciais do filme ele mexia nos meus cabelos.. até que seu celular tocou.

- Richard, você não pode fazer isso. - Automaticamente parei de prestar atenção no filme e tentei escutar a conversa. Mika se levantou com o celular no ouvido e eu me levantei para o olhar. - Se você matar ele, eu mesmo me encarrego de te matar.

Losin Control (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora