𝔔𝔲𝔞𝔱𝔯𝔬: 𝔢𝔲 𝔮𝔲𝔢𝔯𝔬, 𝔢𝔲 𝔭𝔬𝔰𝔰𝔲𝔬

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Quando ele me deixa sozinha, paro para pensar em tudo o que aconteceu. Que merda era aquela? O que tinha acabado de acontecer ali?
Onde eu estava?

Aghhhhh!!!

Me acalmo e dou uma olhada pelo quarto. Era muito bonito e tinha um olhar rústico, e parecia até que eu estava sento de uma árvore. Tinha até um guarda roupa. Bem, se eu estivesse sonhando ou delirando, queria aproveitar. Vai que a discussão mais cedo com as najas era só um sonho e que agora eu continuo sonhando?
Se aquele garoto queria me conhecer, seria uma oportunidade para lhe arrancar informações. E era isso que eu iria fazer. Vou até o guarda roupa e só tem coisas masculinas... vou ter que me virar.
Decido tomar um banho, que até banheiro tinha lá e eu não sabia como.
Entro no banheiro, e percebo que há uma vasilha dourada com um pó dourado nela. Deve ser maquiagem, pensei. Mas... só haviam meninos ali.
Pelo o que eu tinha reparado, então... liguei as coisas.
Uma fada, um garoto com o nome e as características idênticas às que a minha vida contava, esse pó- que suponho eu ser da tal sininho-, os garotos, a árvore...
Será? Não, não podia ser
Ou podia? Ah, que merda!

Eu não sei, mas com certeza vou descobrir.
Mas já que diziam que pó de fada era mágico mesmo, resolvi testar. Peguei o pó e pensei em roupas novas e em roupas íntimas.Também pensei em toalhas, outros itens essenciais e em alguns outros...
E logo depois estava eu, na banheira, tomando um banho quente com lavanda.

Nossa, vai ser assim agora? Eu quero, eu possuo?
...

As sete e meia, já estava pronta. Estava com um short saia saia preto - não tão justo ao ponto de parecer a Johana, por que só aquilo já estava bom para as minhas curvas - uma blusa branca, mais soltinha, e um tênis branco. Gostei e ficou confortável.
Decidi ir de cabelo solto, mesmo. Não era como se eu fosse para um encontro ou algo assim. Não importava.

As oito em ponto, ele chegou.

—— Pontual hein - eu disse
—— Tenho que ser - ele responde e pega meu braço, voltando a trancar a porta que eu nem tinha descoberto que já estava trancada antes.

—— Ei! Vocês me trancaram aqui dentro! Quê isso gente? É sequestro ou o que? - resmungo

—— Sim, foi para sua segurança e não, não é sequestro. Mas se você quiser ser que eu te sequestre de vez em quando não vou me importar. -
Ele diz, safado, e eu reviro os olhos.

—— Meu Deus, cara. Eu acabei de te conhecer - digo e começo a rir, e ele me acompanha.

O lugar ficava muito bonito de noite - e eu nunca tinha visto de dia - e isso era extremamente notável. As árvores cintilavam por causa das fadas que passavam por ali, e era possível ouvir seu modo de se comunicar, se misturando com os sons - do que percebi ser- uma ilha. Tudo junto, se formava uma melodia tranquila e perfeita de se escutar. As estrelas brilhavam no céu e a lua era tão brilhante dali, que se
Podia enxergar tudo, mesmo estando de noite.
Depois de um tempo, nos sentamos em um tronco de uma árvore jogado ali, e eu já estava morrendo a língua de tantas perguntas.
—— Anda, eu sei que quer perguntar. - ele me olha nos olhos e me desafia- só não sei se irei reponder.
Suspiro.
——- Aqui é Neverland? - tosca, mas agora já era
—— Como sabe?
—— Sou eu que faço as perguntas aqui, entendeu? - brinquei
Ele riu, irônico
—— Tá. Vou deixar você se iludir até você entender que quem manda aqui sou eu. - fica sério - mas então, como vai a Wendy?
—— Oi?
—— Wendy, Darling... é da sua família não é?
—— É, minha bisavó. Mas como sabe?
- pergunto. Minha avó sempre falava que o livro se tratava de algo real, mas nunca me falou que realmente tinha vindo para Neverland.
—— Era uma amiga.- reparo que logo em seguida, seus olhos esverdeados assumem um tom cinzento, de mágoa.
—— Ela está bem. Eu acho, pelo menos. Eu iria vê-la ontem, já estava tudo marcado, se aquelas desgraçadas não tivessem impedido.
—— O que? Como assim, você precisa
Marcar algo para ver sua avó?
—— É. A Lucrécia, minha tia, tratou de colocá-la em um hospício. E, sinceramente, não acho que ela esteja louca. Ela era escritora...- começo, mas logo sou interrompida por um murmuro:
—— Então ela não nos abandonou... anos indo naquela mesma casa para procurá-la e não achávamos... agora sei o motivo.- murmura e deixa a postura séria, resolve mudar de assunto.- e o bebê, como vai?
—— Que bebê?
—— A bebê que sua avó sempre trazia para cá com ela. Acho que... ah não.- ele dá uma risada e se aproxima mais de mim. Logo, ele coloca as duas mãos no meu rosto, me analisando. Depois de uns segundos, arregala seus belos olhos, como se descobrisse algo.Suspira e coloca uma mecha do meu cabelo para trás.- Acho que ele cresceu.
E eu com um ponto de interrogação na testa, óbvio.
—— Logo, você vai ver como as coisas funcionam por aqui. Só aprenda do bom modo, não do difícil, que eu mando em tudo aqui, ok? Você talvez saiba de tudo, quando chegar a hora, e quando eu quiser te contar. - ele sussurra próximo ao meu ouvido, me dando arrepios. Logo, ele sobe um pouco mais e logo seus lábios já estão próximos dos meus. Mas... era isso que eu queria com aquele garoto? Não sei. Só sei que eu iria ficar maluca, e só Pan sabe como.
Quando dou por mim, percebo que sua boca macia já está na minha, e nem tenho tempo de pensar. Me entrego ao beijo.
Pan tinha um gosto doce, viciante, capaz de fazer qualquer um necessitar daquilo para sobreviver. Tinha uma pegada intensa, que era do meu tipo.
Ele já está com as mãos na minha cintura e eu o puxo mais para perto. Até nossos corpos estarem colados. Ele vai descendo as mãos para a minha bunda...
—— Ei! Não tão rápido garoto. - digo, e dou uma leve mordida no seu lábio inferior. Com um sorriso malicioso, completo- não vai ser tão fácil assim.
Petter parecia ser o tipo de garoto que todas queriam, e eu não seria tão fácil assim para ele.
—— Um desafio, é? Gosto de desafios, Nora Darling. Mas cuidado, eu quero, eu possuo.- sorri, malicioso, e me dá um selinho lento. Como se fosse me convencer a voltar atrás.

 Como se fosse me convencer a voltar atrás

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—— Veremos.- digo e me retiro. Mesmo não sabendo o caminho completamente, não estávamos tão longe da árvore - em que, surpreendentemente, eu "morava" agora- e eu me virava bem sozinha.
De longe, consigo ouvir seu riso, e seu olhar me queimando por trás.







Genteeeeeeeeee

Morri. Morri mesmo. Tô rachando de rir vendo o Pan bancar a Ariana Grande.

Ah, e Nora na mídia.

𝐃𝐀𝐑𝐋𝐈𝐍𝐆.Onde histórias criam vida. Descubra agora